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Como calcular e gerenciar custos no Managed Blockchain AWS

Aprenda a calcular custos e gerenciar redes Hyperledger e Ethereum no Managed Blockchain AWS com exemplos práticos e guia passo a passo.

Managed Blockchain AWS deixou de ser um sonho distante para grandes empresas, hoje, qualquer organização pode criar uma rede distribuída robusta sem investir meses em infraestrutura. Com esse serviço gerenciado, nasce uma promessa tentadora: inovação rápida, mas com os custos sob controle. Parece simples, mas será mesmo?

Estrutura de custos do blockchain gerenciado na nuvem

Ao contrário dos modelos tradicionais, aqui você não adquire hardware nem licencia software indefinidamente.

Você paga pela criação da rede, seja ela permissionada, privada ou aberta. Além disso, existem tarifas para nós dedicados, manutenção dos peers, armazenamento de dados e transferência de informações.

Esses custos mudam conforme o tipo de protocolo utilizado. Hyperledger Fabric e Ethereum, por exemplo, têm precificações e recursos diferentes.

Embora a quantidade de detalhes possa assustar, há um benefício claro: você paga apenas pelo que usa.

Opções de pagamento e modelos flexíveis

O serviço oferece dois caminhos principais:

  • Modo provisionado: você define previamente quantos nós e recursos deseja. É ideal para quem busca previsibilidade. Os custos são mensais ou por hora, conforme a configuração dos nós;
  • Modo serverless: você não precisa se preocupar com a infraestrutura. Paga somente pela execução de transações e chamadas de API. Essa modalidade é especialmente útil para quem está começando ou precisa de alta flexibilidade.

Nesse contexto, a escolha entre eles depende diretamente das demandas do negócio e do estágio do projeto blockchain. O segredo está em ajustar o modelo à real necessidade de uso e não ao desejo de uso.

Calculando os custos: a calculadora como aliada

Para evitar surpresas, a AWS oferece uma calculadora específica que permite simular, testar e antecipar os investimentos. Com ela, basta informar:

  • Quantidade de nós (peer nodes) necessários;
  • Volume de transações esperadas;
  • Protocolo utilizado (Hyperledger Fabric ou Ethereum);
  • Requisitos de armazenamento e transferência de dados.

É possível criar diferentes cenários. Por exemplo, uma rede permissionada com 3 nós de alta disponibilidade custa mais do que uma rede básica com apenas um nó. Tudo pode ser ajustado, inclusive a escolha de regiões geográficas, que também impacta os valores finais. Essa simulação é essencial para evitar sustos no fim do mês.

Tipos de associação e impacto no orçamento

Ao configurar sua blockchain, você escolhe entre association types que influenciam diretamente as tarifas. As principais opções são:

  • Membros (Members): participação ativa, com direito à tomada de decisões e execução de transações;
  • Clientes (Clients): apenas consultam informações, sem atuação direta na governança.

Se houver muitos membros operando simultaneamente, os custos mensais tendem a ser mais altos. Afinal, cada um mantém sua própria camada de infraestrutura. Já os clientes geram menos impacto no valor final.

Funcionalidades: hyperledger fabric e ethereum

O serviço oferece suporte para dois protocolos robustos: Hyperledger Fabric e Ethereum. Ambos têm características e modelos de precificação diferentes.

  • Hyperledger Fabric permite segmentação de canais, contratos inteligentes e alta personalização. Sua cobrança é baseada em horas de uso de nós e quantidade de armazenamento.
  • Ethereum é ideal para redes públicas e aplicações descentralizadas. Utiliza o modelo serverless, com cobrança por pacote de transação e chamadas de API.

Portanto, a diferença nas funcionalidades influencia diretamente as decisões técnicas e estratégicas. Fabric pode ser melhor para consórcios restritos. Ethereum, por outro lado, atende bem projetos com acesso público.

Public vs. private: blocos e permissões

Uma dúvida comum é se a infraestrutura suporta blockchain pública e privada. A resposta curta é: sim. Você pode criar ambientes totalmente privados (com acesso apenas por convite) ou redes abertas, em que qualquer pessoa pode acompanhar e interagir, conforme as regras do protocolo.

O conceito de permissão é flexível. Você pode definir desde o início quem pode:

  • Submeter transações;
  • Ler dados;
  • Administrar a rede.

Isso interfere diretamente na segurança, no modelo de cobrança e nos recursos técnicos necessários.

Criação, gerenciamento e escalabilidade: passo a passo

  1. Planejamento: mapeie a aplicação, escolha o protocolo e defina os requisitos de permissão.
  2. Simulação financeira: utilize a calculadora de preços para prever os custos mensais.
  3. Implementação inicial: crie a rede, convide os membros e configure os nós.
  4. Desenvolvimento: construa e teste contratos inteligentes adaptados ao negócio.
  5. Testes: simule transações reais para validar performance e orçamento.
  6. Escalonamento: ajuste em tempo real a quantidade de nós ou a capacidade de processamento.
  7. Monitoramento: acompanhe métricas, gastos e gargalos com os recursos da AWS.

Esse caminho não é necessariamente linear. Muitas vezes, será preciso fazer ajustes especialmente quando o uso cresce mais rápido do que o previsto.

Experiência da Consultoria Cloud UDS com projetos críticos

Calcular e gerenciar custos nesse serviço exige, antes de tudo, entender o próprio negócio. O que parece caro à primeira vista pode se mostrar econômico no médio prazo, dependendo da utilização real e da flexibilidade obtida.

Com os modelos pay-per-use, os recursos de segurança avançados e a liberdade de escalar, as empresas podem criar redes blockchain eficientes sem comprometer o orçamento. Para quem deseja segurança extra, personalização e infraestrutura robusta, vale destacar a importância de uma consultoria especializada.

A UDS, como parceira AWS com experiência em projetos críticos de blockchain e serviços financeiros, pode ser o apoio necessário para transformar uma ideia em uma operação escalável e controlada. No fim das contas, testar, medir e ajustar é o único caminho seguro. Afinal, cada projeto é único e o equilíbrio entre agilidade, valor e segurança é o que faz a diferença.

Perguntas frequentes

Como funciona o Managed Blockchain da AWS?

O serviço gerenciado de blockchain funciona criando, operando e escalando redes distribuídas sem que a empresa precise se preocupar com manutenção de servidores físicos ou configurações complexas. Ele automatiza tarefas como provisionamento de nós, monitoramento, amplia ou reduz recursos conforme o uso e oferece integração rápida com Hyperledger Fabric e Ethereum. Você foca na aplicação e nas regras do negócio, enquanto toda a infraestrutura é cuidada pela plataforma (Amazon Managed Blockchain (AMB)).

Como calcular os custos no Managed Blockchain?

O cálculo de custos é feito simulando a necessidade de nós, armazenamento, tipo de protocolo (Hyperledger Fabric ou Ethereum) e volume de transações. Recomenda-se usar a calculadora de preços oficial, onde você insere seus parâmetros e visualiza o valor simulado para cada componente. Assim, consegue estimar quanto será o gasto mensal e fazer ajustes antes de implementar na prática (Calculadora de Preços da AWS).

Quais são os principais benefícios dessa solução?

Entre os benefícios estão a eliminação da necessidade de gerenciar infraestrutura, flexibilidade para escolher entre modelos provisionados ou serverless, cobrança por uso, alta disponibilidade, recursos de segurança nativos, e facilidade para integrar novas aplicações. Você pode criar redes permissionadas para consórcios restritos ou redes públicas abertas, dependendo da estratégia do negócio.

O Managed Blockchain AWS é seguro?

Sim, o serviço foi projetado para atender rigorosos padrões de segurança. Oferece isolamento de redes, autenticação e autorização detalhadas, monitoramento constante e ferramentas para auditoria. Permite configurar quem pode operar, transacionar ou apenas visualizar dados, aumentando a confiança em ambientes empresariais multiusuários.

Como posso reduzir custos no Managed Blockchain?

Para reduzir custos, monitore sua utilização real, ajuste o número de nós conforme a demanda, prefira o modelo serverless para projetos experimentais ou de volume baixo, e desative recursos que não estejam em uso. Use a calculadora de preços para revisar cenários e repense periodicamente a arquitetura. Pequenas otimizações, como limitar participantes ativos e monitorar transações desnecessárias, ajudam a controlar o orçamento.

Geovana Moura

Analista de Inbound Marketing e Conteúdo SEO na UDS Tecnologia. Comunicóloga com MBA em Gestão de Marketing.

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