Com o aumento da procura por inteligência orientada a dados, empresas de diferentes tamanhos têm procurado alternativas que unam rapidez, escalabilidade e simplicidade de integração com outras ferramentas.
Focado principalmente em contextos empresariais, o Amazon Redshift disponibiliza um leque de recursos que possibilitam desde a utilização de painéis em tempo real até análises preditivas fundamentadas em machine learning, com adaptabilidade para diversas cargas de trabalho e situações de negócios.
Mas como o Redshift funciona na prática? Quais são seus componentes, vantagens e limitações? E como ele se posiciona em comparação a outras soluções do mercado? Vamos explorar em detalhes como ele pode ser integrado à arquitetura de dados da sua empresa, seus principais casos de uso e pontos de atenção.
O que é o Amazon Redshift?
O Amazon Redshift é o serviço de data warehouse da AWS. Ele foi projetado para realizar análises de grandes volumes de dados com alta velocidade, utilizando uma arquitetura colunar, altamente paralela (MPP – Massively Parallel Processing) e com recursos de compactação e otimização de armazenamento.
Isso significa que, em vez de processar os dados linha por linha como bancos relacionais tradicionais, o Redshift armazena e acessa os dados por colunas — o que reduz drasticamente o tempo necessário para responder a queries analíticas.
Ele é compatível com SQL e pode ser facilmente integrado com ferramentas de BI como Tableau, Power BI, Amazon QuickSight, entre outras. Além disso, o Redshift pode se conectar a diferentes fontes de dados, como o Amazon S3 (via Redshift Spectrum), bancos relacionais e serviços de ETL, ampliando o alcance das análises.
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Principais características técnicas
O Redshift combina diversas camadas de tecnologia para oferecer alto desempenho e disponibilidade. A seguir, destacamos os componentes e recursos mais importantes:
➡️ Armazenamento colunar
Permite compressão de dados e acesso eficiente a grandes conjuntos de informações, ideal para operações de leitura intensiva.
➡️ Processamento paralelo massivo (MPP)
Cada nó do cluster Redshift executa partes da consulta em paralelo, acelerando o tempo de resposta mesmo em consultas complexas.
➡️ Compactação automática e encoding
O serviço aplica algoritmos de compressão automaticamente, reduzindo o volume de dados armazenado e otimizando custos.
➡️ Redshift Spectrum
Recurso que permite executar consultas diretamente sobre dados armazenados no Amazon S3, sem precisar importar para o Redshift.
➡️ Integração com AWS Lake Formation e Glue Catalog
Facilita a governança, descoberta e catalogação de dados em um ambiente centralizado.
➡️ Redshift Serverless (sem clusters provisionados)
Disponível desde 2022, o Redshift Serverless permite executar queries sem a necessidade de configurar e escalar clusters manualmente.
Casos de uso comuns do Redshift
O Redshift é altamente aplicável em contextos corporativos que demandam análise em grande escala. Entre os principais casos de uso:
BI e dashboards empresariais
Empresas que usam Tableau, Power BI ou QuickSight podem integrar o Redshift como fonte de dados para paineis dinâmicos e atualizações em tempo real.
Data lake analytics (com Redshift Spectrum)
Para quem já possui grandes volumes de dados não estruturados no S3, o Redshift pode ser usado para consultas diretas, sem ETL prévio.
Modelagem e predição com machine learning
Integrado com o Amazon SageMaker, o Redshift pode servir de base para treinar modelos de ML com dados já organizados e otimizados para análise.
Análises multidepartamentais
Ideal para empresas que precisam oferecer acesso a dados por diferentes áreas (marketing, financeiro, produto), com segurança e segregação de acessos.
Modernização de data warehouses legados
Organizações que utilizavam Oracle ou SQL Server em ambiente local têm adotado o Redshift como alternativa cloud-native.
Diferença entre Redshift provisionado e serverless
O Amazon Redshift oferece duas abordagens distintas para atender diferentes perfis de uso e maturidade em análise de dados: o modo provisionado e o serverless.
A escolha entre eles depende do padrão de consumo da empresa, da previsibilidade da carga e do nível de controle desejado sobre os recursos computacionais.
1. Redshift provisionado
É o modelo tradicional de implantação, no qual a empresa configura manualmente os nós de computação e armazenamento de um cluster. Essa abordagem oferece controle total sobre a infraestrutura, permitindo otimizações específicas conforme o perfil das consultas.
A cobrança é feita por hora, com base no tipo e quantidade de nós alocados. Por isso, é mais indicada para empresas com volume de dados constante, workloads previsíveis e times que já possuem familiaridade com tuning e gerenciamento de clusters.
2. Redshift Serverless
No modelo serverless, a AWS assume a responsabilidade pelo provisionamento, dimensionamento e paralelização da infraestrutura. O cliente apenas executa consultas, sem se preocupar com instâncias ou configurações técnicas.
A cobrança é feita com base no tempo de execução das consultas, medido em Redshift Processing Units por segundo (RPU-s), o que torna essa opção mais econômica para cargas esporádicas, picos de demanda ou ambientes de testes e descobertas.
Além disso, o modelo serverless facilita a adoção por times que ainda estão começando a construir sua estratégia de dados, reduzindo a barreira técnica inicial.
Modelo de preços do Amazon Redshift
A precificação do Redshift é baseada nos seguintes componentes:
Clusters provisionados:
- Instâncias por hora, variando conforme a classe (por ex.: dc2.large, ra3.xlplus, etc.)
- Armazenamento SSD incluso em algumas instâncias
- A partir de USD 0,25 por hora para clusters menores
Redshift Serverless:
- Cobrança baseada em Redshift Processing Units (RPUs) por segundo de execução
- Custo inicial de USD 0,375 por hora por 128 RPUs provisionadas
Redshift Spectrum (consultas no S3):
- USD 5,00 por terabyte de dados lidos
Armazenamento gerenciado (RA3):
- Armazenamento separado, cobrado por GB/mês (a partir de USD 0,024)
A AWS também oferece um nível gratuito para Redshift, com até 750 horas mensais de uso por dois meses em instâncias dc2.large.
Alternativas e complementaridades
Embora o Redshift seja uma solução robusta, empresas podem combinar seu uso com outros serviços da AWS para obter maior flexibilidade:
- Amazon Athena: para consultas ad-hoc em arquivos no S3
- Amazon EMR: para processamento big data em Spark ou Hadoop
- Amazon OpenSearch: para análise de logs e textos não estruturados
- AWS Glue: para preparação e ETL dos dados antes do Redshift
Por que considerar uma consultoria especializada?
O Redshift é uma ferramenta poderosa, mas extrair o melhor desempenho, controlar custos e garantir segurança exige conhecimento técnico e visão estratégica.
Empresas que tentam adotar o serviço sem apoio técnico costumam enfrentar dificuldades de performance, problemas com configuração de segurança, além de custos acima do esperado.
Como a UDS pode ajudar
Como AWS Advanced Partner, a UDS tem experiência comprovada na implementação de arquiteturas robustas em Redshift e outros serviços de análise da AWS. Atuamos em projetos críticos para setores como financeiro, saúde, varejo e mídia, entregando soluções escaláveis, seguras e eficientes.
- Nossos serviços incluem:
- Arquitetura personalizada para Redshift
- Estratégias de governança e segurança
- Migração de data warehouses legados
- Otimização de custos e performance
- Integração com data lakes, ML e ferramentas de BI
Entre em contato e descubra como tornar o Amazon Redshift um ativo estratégico para os dados da sua empresa.