Nada de executar somente funções simples, os softwares estão cada vez mais complexos e as empresas responsáveis pelo desenvolvimento de softwares necessitam de projetos bastante estruturados e robustos para a sua elaboração.
O profissional responsável por esta estruturação do programa é o arquiteto de software, alguém capaz de conectar componentes (módulos) e descrever mecanismos de interação, além de conhecer técnicas para gerenciar configurações e controlar versões.
A importância da arquitetura de software na transformação digital das empresas se traduz na crescente valorização dos profissionais dessa área: o arquiteto de software foi um dos profissionais que tiveram os maiores aumentos de salário entre 2020 e 2021, segundo o Banco Nacional de Empregos (BNE).
A arquitetura de software, dependendo de como for realizada, pode impactar, positiva ou negativamente, o resultado de um programa. Mas qual é a sua real importância? E quais os principais modelos arquiteturais? Continue a leitura para descobrir!
Afinal, o que é arquitetura de software?
Da mesma forma que o projeto arquitetônico de um imóvel, os modelos de arquitetura de software são replicáveis em outros projetos e possuem estilos variados.
O Arquiteto de Software estabelece padrões técnicos a serem seguidos durante o desenvolvimento do sistema. Tais padrões incluem a arquitetura do software, a qual engloba definições cruciais para a sua segurança, escalabilidade e performance.
Esse profissional apoia a tomada de decisões técnicas durante o desenvolvimento do sistema e trabalha em colaboração com os programadores. Além de um profundo conhecimento técnico, deve possuir soft skills, como inteligência emocional, empatia e colaboração.
A Importância da Arquitetura de Software
O impacto da escolha de um ou outro modelo arquitetural afeta de forma relevante o resultado final. Essa escolha influencia aspectos do software como a performance, qualidade, facilidade de manutenção, portabilidade, flexibilidade e escalabilidade.
Portanto, é uma tomada de decisão que definirá tanto o grau de satisfação dos usuários com o produto final como também o cumprimento dos objetivos da empresa ao solicitar o software.
A arquitetura também deve suportar futuras mudanças de software e funcionalidade que possam ser exigidas pelos clientes a qualquer momento.
Outros aspectos relevantes que precisam ser levados em conta durante a estruturação da arquitetura são os protocolos de comunicação, atribuição de funcionalidades, gestão de qualidade (QA) e a estrutura de controle.
A busca pelo modelo arquitetural mais adequado ao software deve ser uma preocupação constante não só do arquiteto de software, mas também para a gestão da empresa desenvolvedora.
Modelos de Arquitetura de Software
Arquitetura em camadas (Layered pattern)
Neste padrão de arquitetura, os componentes são organizados em camadas horizontais onde cada uma desempenha um papel específico na aplicação, estes componentes são interconectados, porém independentes entre si.
A requisição enviada a uma determinada camada segue para a imediatamente posterior. Cada uma dessas camadas cumpre uma função específica no software.
Não há número fixo de camadas a ser aplicado em todos os projetos: normalmente, aplicações pequenas possuem por volta de 3 camadas e aplicações mais complexas em torno de 5 ou mais.
Arquitetura cliente-servidor (Client-server pattern)
Arquitetura de aplicação distribuída: as tarefas são atribuídas entre os fornecedores do serviço (servidores) e requerentes do serviço (clientes). Um cliente não compartilha de seus recursos, mas solicita o conteúdo de um servidor ou função de serviço.
A comunicação entre clientes e servidores é geralmente feita através de uma rede de computadores, sendo que cada um opera em hardwares distintos, mas tanto o cliente quanto o servidor podem também residir no mesmo computador.
MVC (Model-view-controller)
O MVC é o mais conhecido e empregado entre os desenvolvedores profissionais, focado no reuso de código e a separação em três camadas interconectadas: modelo (manipulação da lógica de dados), a visão (a interface do usuário) e o controlador (fluxo de aplicação).
Arquitetura de microsserviços (Microservices pattern)
Uma arquitetura de microsserviços consiste em uma coleção de pequenos serviços independentes, sendo que cada serviço é uma base de código separado e deve implementar uma única funcionalidade comercial em um contexto limitado.
Em geral, os microsserviços comunicam-se entre si através de APIs e são escritos e gerenciados por equipes de tamanho reduzido.
Pipe-And-Filter (PF)
Arquitetura de sistemas operacionais como o Linux e Shell, é formada por uma cadeia de componentes computacionais que operam como dutos e filtros: a saída de um elemento é a entrada do próximo, o que cria um fluxo de dados.
Peer-to-Peer (P2P)
Peer-to-peer ou P2P é uma arquitetura de rede computacional em que a troca de dados ocorre entre computadores sem um servidor central. Um exemplo emblemático de compartilhamento de arquivos em P2P são os Torrents.
Service-Oriented Architecture (SOA)
Service Oriented Architectures, ou Arquitetura Orientada aos Serviços em tradução livre, é um padrão de arquitetura de software de baixo acoplamento, onde os componentes são reutilizáveis e também são disponibilizados na forma de serviços (unidade ou conjunto de funcionalidades de software independente).
Publish-Subscribe (Pub/Sub)
Este modelo é baseado no envio de mensagens dos Publishers (Publicadores) para Subscribers (Assinantes) em um processo feito de forma assíncrona. Os subscribers tendem a receber os tipos de mensagens dentro de interesses expressos. Redes sociais como o Instagram e Spotify foram arquitetadas neste modelo e vários fornecedores de cloud a oferecem (Google Cloud, Amazon AWS e Microsoft Azure).
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