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Estrutura de Dados: o pilar fundamental da ciência da computação

Descubra o que é estrutura de dados, seus principais tipos e por que ela é essencial para sistemas de alta performance. Veja como aplicá-la em projetos de software no Brasil para otimizar tempo de execução, reduzir custos e melhorar a eficiência técnica.

Toda aplicação digital depende de uma base sólida de lógica e organização. Por isso, compreender estruturas de dados é fundamental para desenvolver sistemas performáticos, escaláveis e seguros.

Neste artigo, você entenderá como as estruturas de dados funcionam, quais são os tipos mais usados e como aplicá-las para otimizar projetos de software, especialmente no contexto tecnológico brasileiro.

O que é estrutura de dados?

Em termos simples, estrutura de dados é uma forma de organizar e armazenar informações em um sistema, de modo que elas possam ser acessadas e manipuladas de forma eficiente.

Quanto mais bem estruturados forem os dados, melhor será o desempenho da aplicação. Por exemplo, bancos digitais, e-commerces e plataformas de streaming no Brasil dependem de estruturas otimizadas para garantir rapidez e confiabilidade.

Na prática, a escolha da estrutura correta não apenas otimiza o tempo e o espaço dos algoritmos, mas também pode ser a diferença entre um programa lento e ineficiente e uma aplicação rápida e robusta. 

Além disso, existem várias categorias de estruturas de dados, desde as simples, como variáveis individuais, até as mais complexas, como listas, árvores e grafos. Cada tipo oferece métodos específicos para inserir, remover, buscar e ordenar dados. Dominar essas técnicas pode ser o que diferencia um bom desenvolvedor de um excelente. 

Em resumo, as estruturas podem ser classificadas em várias categorias, como:

  • Simples: variáveis individuais (inteiros, caracteres, etc.);
  • Compostas: arrays e registros;
  • Lineares: listas, pilhas e filas;
  • Não-lineares: árvores e grafos.

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Por que estruturas de dados são importantes

  • Performance: reduzem o tempo de busca e processamento de informações;
  • Escalabilidade: facilitam o crescimento de sistemas complexos;
  • Organização: tornam o código mais limpo, legível e fácil de manter;
  • Economia de recursos: ajudam a reduzir custos com servidores e armazenamento.

Esses benefícios impactam diretamente a experiência do usuário e o retorno do investimento em tecnologia.

Principais tipos de estruturas de dados

Antes de tudo, é importante ter em mente que a escolha da estrutura ideal não é aleatória e depende de vários fatores, como o tipo de dados, a eficiência desejada e a forma de organização necessária. 

Ou seja, entender essas diferenças pode ser o segredo para desenvolver soluções de alta performance.

1. Arrays (Vetores)

Para começar, temos os arrays, uma das estruturas de dados mais simples e populares. Eles consistem em uma coleção de elementos homogêneos (todos do mesmo tipo), armazenados de forma sequencial na memória. 

Essa organização permite um acesso rápido e eficiente aos dados, mas cuidado: arrays têm tamanho fixo, determinado no momento da criação, o que pode ser uma limitação em situações que exigem flexibilidade. Pense nos arrays como uma estante de livros, onde cada livro ocupa um espaço específico e pré-determinado.

Figura ilustrativa de estrutura de dados arrays.

“Representação de um vetor (array unidimensional)”. Reprodução: Blogson

2. Listas Ligadas

Agora, se a flexibilidade é o que você precisa, considere as listas ligadas. Diferente dos arrays, as listas ligadas são dinâmicas e permitem fácil inserção e remoção de elementos. Cada elemento, ou “nó”, contém um valor e um ponteiro para o próximo nó na sequência. 

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Existem variações interessantes, como as listas duplamente ligadas, onde cada nó aponta tanto para o próximo quanto para o nó anterior, proporcionando ainda mais flexibilidade. Portanto, para entender melhor, imagine uma cadeia de elos, onde você pode facilmente adicionar ou remover um elo sem perturbar os outros.

Figura ilustrativa de estrutura de dados Listas Ligadas

3. Filas

Em situações onde a ordem é crucial, as filas entram em cena. Elas seguem a regra FIFO (First In, First Out), ou seja, o primeiro elemento a entrar é o primeiro a sair. Em outras palavras, pense em uma fila de espera onde o primeiro a chegar é o primeiro a ser atendido. 

As filas são indispensáveis em aplicações como o gerenciamento de tarefas, onde a ordem de processamento é essencial. Variantes como filas de prioridade permitem que certos elementos “furem a fila”, sendo processados antes dos outros com base em sua importância.

4. Pilhas

Por outro lado, se a última ação é a mais relevante no seu projeto, as pilhas são a estrutura ideal. Funcionam sob o princípio LIFO (Last In, First Out) e são amplamente utilizadas em contextos como análise de expressões e gerenciamento de chamadas de função. 

Em resumo, imagine uma pilha de pratos, você sempre pegará o último prato adicionado. Desta maneira, essa característica é particularmente útil em situações onde a reversão de uma ação é necessária.

Figura ilustrativa de estrutura de dados de pilhas

5. Árvores

Quando o assunto é hierarquia, as árvores são a escolha certa. Elas representam dados de forma hierárquica, com um nó “raiz” que se ramifica em “nós filhos”. Exemplos incluem as árvores binárias e árvores de busca binária, que são essenciais em tarefas como a organização de grandes volumes de dados e busca eficiente. 

Pense em uma árvore genealógica, onde cada pessoa (nó) se conecta a seus descendentes (nós filhos). Assim, as árvores são fundamentais para estruturas complexas e são amplamente utilizadas em bancos de dados e sistemas de arquivos.

estrutura de dados de Árvores

6. Grafos

Por fim, mas não menos importante, os grafos são essenciais para modelar relações complexas entre objetos. Por serem compostas por nós conectados por arestas, essas estruturas podem ser direcionadas ou não, dependendo da direção das conexões. 

Funcionam como um mapa de metrô, onde cada estação é um nó e cada linha que conecta as estações é uma aresta. Portanto, são vitais em problemas que envolvem conexões e interações, como redes sociais e sistemas de transporte.

estrutura de dados de Grafos

Qual é a relação entre algoritmos e estrutura de dados?

Diferente do que muitos pensam, a estrutura de dados não é o que desenvolve um algoritmo, mas sim o que amplifica e potencializa ele. Diante disso, vamos esclarecer que ao falarmos em algoritmo, estamos nos referindo a um conjunto de regras ou passos utilizados para processar e manipular dados em um sistema.

Portanto, esses conceitos se complementam e impactam os objetivos de um determinado projeto com:

  • Maximização da eficiência do algoritmo, o que fornece a estrutura ideal para o processamento dos dados;
  • Simplificação da implementação do algoritmo, alinhando-o com a estrutura de dados escolhida;
  • Otimização da manutenção e escalabilidade do sistema, o que garante uma maior coerência entre a estrutura de dados e o algoritmo.

Tipos de algoritmos

  • Busca: pode ser linear ou binária. Quando linear, percorre cada elemento até encontrar o desejado. Já na binária, efetiva em listas ordenadas, divide a busca pela metade repetidamente;
  • Ordenação: baseia-se em diferentes técnicas (Bubble Sort, Quick Sort, Merge Sort) para ordenar listas de elementos, cada uma com vantagens e desvantagens em termos de complexidade de tempo.
  • Grafos: existem 3 tipos, onde o Dijkstra encontra o caminho mais curto em um grafo ponderado, o Bellman-Ford funciona para grafos com arestas de pesos negativos e o Floyd-Warshall encontra caminhos mais curtos entre todos os pares de nós.

Aplicações práticas e tendências das estruturas de dados

As estruturas de dados são fundamentais em diversas áreas da tecnologia, garantindo eficiência e desempenho em sistemas complexos. 

  • Bancos de dados: permitem a organização e recuperação rápida de informações;
  • Inteligência artificial: são usadas em algoritmos como árvores de decisão e grafos, essenciais para tarefas de classificação e modelagem de relações;
  • Redes de computadores: estruturas como tabelas de roteamento e filas asseguram a transmissão eficiente de dados;
  • Programação: estão presentes em todas as linguagens, como C, Java e Python, otimizando o desenvolvimento de software e a gestão de dados.

Geovana Moura

Analista de Inbound Marketing e Conteúdo SEO na UDS Tecnologia. Comunicóloga com MBA em Gestão de Marketing.

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