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experiência do usuário e os impactos no desenvolvimento de apps
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UX para Desenvolvimento de Aplicativos: descubra os segredos da experiência do usuário

A experiência do usuário (UX) é uma área do design que se concentra na criação de produtos e serviços que sejam eficazes e fáceis de usar. No contexto de Desenvolvimento de Software, a UX é responsável por garantir que os usuários possam interagir com os produtos digitais de forma intuitiva e sem obstáculos, atingindo seus objetivos com facilidade.

Os ganhos para empresas que investem em soluções com boas experiências são muitos: fidelização, redução de custos, queda no churn rate (taxa de cancelamento de serviços ou produtos), além de maior possibilidade de lucro. 

Quer entender mais sobre essa área e descobrir quais os pontos de atenção quando o assunto é Desenvolvimento de Aplicativo com uma UX ótima? Continue a leitura!

A origem da Experiência do Usuário (User Experience)

A experiência do usuário (UX) é uma disciplina que se preocupa com a forma como os usuários interagem com um determinado produto ou serviço. Ela engloba a percepção geral que os usuários têm ao utilizar um website, aplicativo, dispositivo eletrônico ou até mesmo um serviço físico.

O termo foi cunhado pelo professor da Universidade de Stanford e cientista cognitivo Don Norman, na década de 1990. Descontente com as limitações dos nomes “interface de usuário” e “usabilidade”, ele preferiu o termo User Experience para se referir ao seu trabalho na Apple nos anos 1990.

A área é multidisciplinar, e abrange uma variedade de disciplinas, incluindo design, psicologia, ergonomia e ciência da computação. No Desenvolvimento de Software, ela pode envolver  também conhecimentos em áreas como Arquitetura da Informação, Design Thinking, Design Sprint, entre outros. Tudo para garantir a usabilidade e o sucesso de produtos digitais. 

A importância da UX desde o início

Quando abordamos a experiência do usuário, o ponto de partida é compreender que cada produto tem um propósito específico a ser alcançado ou uma ação a ser executada. O papel da UX consiste em guiar o usuário para realizar a ação desejada e atingir o objetivo de maneira fluida, sem enfrentar obstáculos ou dificuldades.

Dessa forma, ela é importante em todo o processo, mas especialmente no início de um projeto, pois é nessa etapa que decisões essenciais são tomadas, como planejamento de estrutura, fluxos de jornada e a própria concepção de qual experiência busca-se proporcionar.

💡 Quando a UX é não só considerada, mas também vista como central no desenvolvimento, o produto digital é mais propenso a ser bem-sucedido no mercado.

Para algumas aplicações, isso pode significar vender mais produtos, como em um e-commerce; ter mais tempo de acesso e uso, como em redes sociais; ou fechar mais contratos, como em serviços financeiros de crédito.

Por outro lado, quando a UX é negligenciada, o produto pode ser difícil de usar, frustrante e inviável, uma vez que usuários podem desistir antes mesmo de tentar executar uma tarefa. 

É nesse contexto que as equipes de UX trabalham diariamente, garantindo que o usuário tenha a melhor experiência possível, sem gerar frustrações e aderindo aos princípios fundamentais de uma boa usabilidade.

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“Pensar na experiência do usuário desde o início do desenvolvimento é como construir uma estrada suave em vez abrir caminho por uma trilha inóspita. 

Uma equipe especializada, mesmo que externa, atua como os engenheiros e arquitetos, ajudando a evitar obstáculos e tornando a jornada e a construção do caminho mais rentável e intuitiva.

Essa abordagem não apenas melhora a usabilidade, mas transforma a interação com o software em uma experiência fluida e eficiente, adicionando um valor significativo à utilidade em sua forma mais básica.”

Tércio Santana 

UX/UI Designer UDS

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Por dentro das etapas de desenvolvimento de um produto 

Para compreender como uma boa experiência do usuário vai muito além do desenvolvimento de um sistema ou aplicativo em si, vamos conhecer as etapas de trabalho de UX Designers no Desenvolvimento de Software. 

Etapa 1 – Pesquisa

A fase de pesquisa é fundamental para o design de interação centrado no usuário. O objetivo é entender as necessidades e expectativas dos usuários. Para isso, é comum realizar entrevistas, pesquisas online ou grupos focais.

Etapa 2 – Ideação

A fase de ideação é quando os designers começam a gerar ideias para o produto ou serviço. É importante explorar uma variedade de opções para encontrar a melhor solução.

Etapa 3 – Prototipação

A fase de prototipação é quando os designers criam uma versão inicial do produto ou serviço para que os usuários possam interagir com ele. Isso permite que os designers obtenham feedback dos usuários e façam melhorias antes de lançar o produto ou serviço final.

Etapa 4 – Teste

Realizar o teste proporciona a oportunidade de avaliar a eficácia da solução proposta. Essa etapa crucial pode envolver a interação direta com usuários reais ou a condução de testes específicos com grupos cuidadosamente selecionados, representando assim o público-alvo identificado.

Etapa 5 – Reprodução

A análise dos resultados obtidos nos testes oferece insights valiosos para aprimorar a solução. Com base nesses dados, é possível efetuar ajustes e implementar melhorias significativas no design ou na funcionalidade.

Etapa 6 – Implementação

Quando a solução é validada e refinada ao longo dos testes, chega o momento de dar vida à versão final do produto ou serviço. A implementação envolve a transição da solução aprimorada para um ambiente de produção, garantindo que ela esteja pronta para ser disponibilizada ao público-alvo.

Cada fase do design de interação é importante para garantir que o produto ou serviço seja bem-sucedido. A pesquisa ajuda os designers a entender as necessidades dos usuários, a ideação ajuda a gerar ideias criativas e a prototipação ajuda a testar o produto ou serviço com os usuários.

Mas, afinal, como criar uma boa experiência do usuário? 

Lembra daquela sensação inicial ao usar um novo dispositivo ou software? Não é incomum se sentir meio perdido no começo, especialmente com a transformação digital tornando esses encontros cada vez mais comuns. 

Com tantas ferramentas sendo usadas diariamente, até mesmo um simples eletrodoméstico exige uma curva de aprendizado. Para aliviar esse processo, os especialistas na área trabalham para reduzir o tempo que um usuário leva para se familiarizar com um produto e realizar ações sem dificuldades.

Pensando nisso, em 1990, Nielsen e Rolf Molich lançaram as famosas Heurísticas de Nielsen, princípios que revolucionaram como a usabilidade é aplicada para otimizar a experiência do usuário. Esses princípios são hipóteses que precisam ser validadas para garantir que o projeto atenda às necessidades para as quais foi criado. 

Vamos conhecer alguns deles?

1. Visibilidade de status:

É preciso dar ao usuário controle sobre em qual etapa de um determinado processo ele se encontra.

Guia definitivo da Migração para Nuvem.

2. Correspondência entre o sistema e o mundo real:

Oproduto deve falar a linguagem do usuário, com palavras, frases e conceitos familiares, em vez de termos orientados ao sistema.

3. Liberdade e controle do usuário

O usuário precisa ter a liberdade de circular, voltando para passos anteriores. Oferecer opções claras de “desfazer” e “refazer”, por exemplo, dá ao usuário um senso de controle.

4. Consistências e padrões:

Os produtos de uma marca devem ter elementos da interface que sigam convenções e padrões já estabelecidos. A consistência ajuda os usuários a construir um modelo mental sólido do sistema.

5. Prevenção de erros:

Para promover uma boa usabilidade, é necessário mapear as possibilidades de erro e orientar o usuário.

6. Reconhecimento ao invés de lembrança:

É preciso reduzir o esforço cognitivo, tornando objetos, ações e opções visíveis e reconhecíveis. Isso reduz a necessidade de memorização.

7. Flexibilidade e Eficiência:

Projetos devem atender a uma variedade de usuários, desde novatos até usuários experientes, oferecendo atalhos e métodos de interação eficientes para ambos os grupos.

8. Design minimalista:

A simplicidade na composição visual não apenas aprimora a estética, mas também facilita a navegação do usuário. 

9. Ajuda aos Usuários a Reconhecer, Diagnosticar e Recuperar de Erros:

Mensagens de erro devem ser expressas em linguagem clara, indicando a natureza do problema e sugerindo soluções construtivas para corrigi-lo.

10. Ajuda e Documentação:

As informações de ajuda devem ser fáceis de procurar, focadas na tarefa e oferecidas no momento certo.

Os benefícios da UX

  • Melhor satisfação do usuário: A satisfação do usuário é um dos benefícios mais importantes de uma boa UX. Ela pode ser medida de várias maneiras, como por meio de pesquisas de satisfação, análises de NPS (Net Promoter Score) e análises de churn rate (taxa de cancelamento).
  • Aumento da produtividade: A experiência do usuário também pode ajudar a aumentar a produtividade dos usuários. Quando os usuários podem interagir com o produto de forma fácil e intuitiva, eles podem se concentrar em suas tarefas e alcançar seus objetivos com mais rapidez e eficiência.
  • Redução de custos: A UX também pode ajudar a reduzir custos de desenvolvimento, manutenção e suporte. Quando a experiência do usuário é considerada desde o início do processo, é menos provável que o produto precise ser reconstruído ou pivotado. Isso pode levar a uma redução nos custos de desenvolvimento e manutenção.

Como aplicar isso no seu projeto?

Não é necessário ter uma equipe interna de UX para garantir uma boa experiência do usuário. Existem empresas de Desenvolvimento de Software que oferecem serviços de UX, e também existem serviços de outsourcing de profissionais especializados no tema.

Ao optar por contratar uma pessoa ou equipe externa de UX, é importante garantir que ela seja qualificada e experiente. É também importante que a equipe esteja alinhada com os objetivos do produto e as necessidades dos usuários.

Quer saber mais sobre o tema? Continue sua leitura com nossas dicas de melhorias instantâneas de UX em apps. 

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Tainá Aquino

Jornalista, especialista em copywriting e estrategista de conteúdos de tecnologia na UDS.

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