O mercado financeiro e a maneira como as pessoas lidam com o dinheiro estão passando por uma revolução sem precedentes. Nesse cenário, as fintechs se destacam como a principal escolha de milhões de pessoas, graças à praticidade, acessibilidade e soluções inovadoras que oferecem.
Além disso, startups e aplicativos como Nubank, GuiaBolso, PicPay, C6 e Ame transformaram o setor, conquistando consumidores com transações gratuitas e funcionalidades que eliminam taxas e burocracias, tornando os serviços mais democráticos.
A ascensão das fintechs
Nos últimos cinco anos, fintechs e aplicativos de finanças ganharam força e se popularizaram de forma impressionante. Hoje, basta ter um smartphone e uma conta digital para realizar uma ampla gama de operações financeiras, como pagamentos, transferências, crédito e investimentos. Tecnologias como a Inteligência Artificial, Alexa e Google Assistente por exemplo, também entram em cena, tornando essas interações ainda mais simples e acessíveis.
Além disso, ferramentas como o Pix desempenham um papel crucial nessa transformação. Reconhecido como o sistema de pagamentos com a adesão mais rápida do mundo, ele conquistou especialmente jovens e empreendedores pela sua facilidade e agilidade.
Como resultado, essa revolução está impactando profundamente o comportamento dos clientes e movimentando bilhões de dólares em investimentos no setor. De acordo com a PwC, o volume global de pagamentos digitais deve crescer 82% até 2025 e triplicar até 2030, enquanto o Brasil segue no mesmo ritmo, impulsionado pelo Pix e pelo Open Banking.
Um novo modelo financeiro
As fintechs oferecem serviços financeiros sob o conceito de Bank-as-a-Service, colocando o controle das finanças diretamente nas mãos dos clientes. Antes da Transformação Digital, os bancos tradicionais dominavam os serviços financeiros, impondo tarifas abusivas e limitando o acesso a produtos básicos.
Entretanto, entre 2008 e 2013, modelos digitais inovadores começaram a surgir, revolucionando a experiência dos clientes. Com custos operacionais significativamente menores do que os bancos tradicionais, essas startups oferecem serviços gratuitos e vantagens como recompensas, além de atenderem demandas que antes eram ignoradas.
Assim, uma fintechs não apenas compete, mas lidera uma transformação estrutural no mercado financeiro, o que promove liberdade, escolha e inovação para os consumidores.
Será que os bancos vão desaparecer?
A concorrência entre os bancos e as fintechs está quente. Para se ter uma ideia, o Nubank é hoje o maior banco digital do mundo, é avaliado em US$ 30 bilhões e tem 40 milhões de clientes. Esse valor supera o preço de mercado do Banco do Brasil.
Mas os bancos tradicionais já notaram que a Transformação Digital no setor financeiro veio para ficar e agora estão se associando, investindo ou mesmo comprando fintechs, pois elas já nasceram digitais, barateando o custo de infraestrutura e agilizando a cultura burocrática dos bancos.
O Bradesco, por exemplo, lançou o seu banco digital independente, o Next, cujos serviços são todos gratuitos.
O que vai acontecer com o dinheiro?
O dinheiro é um valor simbólico e assim vai continuar, mas as cédulas começam a ficar escassas. A manufatura de valores (impressão de cédulas, títulos, emissão de moedas, etc.) custa muito caro aos governos.
Hoje, a tecnologia permite que o dinheiro se torne totalmente virtual, o que fortalece ainda mais as transações de pagamento eletrônico, como o PIX e o serviço de Open Banking, que oferecem ao cliente a autonomia de seus dados financeiros.
Por que o Brasil é ideal para as fintechs?
A concentração de bancos tradicionais favorece as empresas de tecnologia financeira no Brasil mais do que em qualquer outro país, segundo um relatório do Goldman Sachs.
Até hoje, a estrutura de mercado bancário brasileiro é oligopolista, centralizada em cerca de apenas 5 bancos que detêm 84% do total de empréstimos com taxas de juros que estão entre as mais altas do mundo.
Mas esse império intocável chegou ao fim com a Transformação Digital e a revolução das empresas de tecnologia financeira, o que deve levar à redução nos spreads de empréstimos e nas taxas bancárias.