Imagem de equipe criando o planejamento estratégico de TI.

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Planejamento Estratégico de TI 2025: desafios e passo a passo

O planejamento estratégico de TI é essencial para alinhar a tecnologia com os objetivos da empresa. Em 2025, priorizar e direcionar recursos para o que realmente importa pode ser desafiador. O PETI orienta ações que impulsionam resultados e garantem segurança, com foco em automatização, inovação e eficiência. Neste guia, exploramos etapas e estratégias para uma TI que impulsione o sucesso e a competitividade da organização.

Em 2025, a tecnologia continuará sendo mais do que suporte: será um dos pilares mais importantes no crescimento dos negócios. Mas como construir um planejamento estratégico de TI que responda aos desafios e oportunidades reais da sua empresa com tantas possibilidades de investimento? 

Se você tem dúvida sobre como fazer isso, neste artigo, você confere o que define um bom planejamento estratégico de TI, suas etapas, desafios e perguntas essenciais a serem respondidas antes de criá-lo. Acompanhe.  

O que faz um bom planejamento estratégico de TI (PETI)?

O planejamento estratégico de TI é a estruturação de um plano que integra as metas da TI com os objetivos da empresa, transformando a tecnologia em um pilar estratégico.

Em geral, ele dá origem a uma documentação chamada PETI, que guiará todas as ações da empresa voltadas para o setor no decorrer do ano e deve levar em consideração os insights e pontos de melhorias dos períodos anteriores. 

Para isso, um bom planejamento deve definir os objetivos, metas, direcionamentos e organização dos recursos tecnológicos, com foco em atender às reais necessidades da empresa e alcançar seus objetivos. Além disso, deve incluir informações que vão desde a gestão de TI, o pessoal envolvido, a infraestrutura necessária e os recursos utilizados nos processos. 

Mapa mental do que um bom planejamento estratégico de TI 2025 deve ter.

Por fim, esse plano deve integrar uma estratégia mais ampla, que pode se dividir em 3 etapas de planjeamento:

  • Estratégico: focado no longo prazo e abrange toda a organização;
  • Tático: desdobramento do planejamento estratégico, voltado para as áreas específicas da organização (como a TI), com metas de médio prazo;
  • Operacional: são planos diários, com metas e objetivos específicos para serem realizados rotineiramente.

Por que é tão importante definir um PETI?

A tecnologia, hoje, é o coração das empresas, e impulsiona a competitividade do negócio a longo prazo. No entanto, a realidade das empresas brasileiras ainda revela um gap significativo: a média de investimento em TI é de apenas 9,4% da receita, um valor consideravelmente abaixo do potencial da área.

Com recursos limitados, as empresas brasileiras enfrentam desafios para manter uma TI verdadeiramente estratégica. A falta de investimentos impacta diretamente áreas cruciais como segurança cibernética, infraestrutura em nuvem e análise de dados, o que compromete a capacidade de responder às demandas do mercado.

Nesse contexto, um planejamento estratégico de TI bem estruturado se torna ainda mais essencial. Ele permite que as empresas:

  • Priorizem iniciativas de alto valor, alinhadas aos objetivos do negócio, o que evita desperdícios;
  • Automatizem processos, reduzam custos e otimizem recursos para focar em atividades de alto impacto;
  • Adotem novas tecnologias e soluções para criar novos produtos e serviços, aproveitando as oportunidades do mercado;
  • Utilizem dados e análises para decisões mais assertivas e eficazes;
  • Priorizem a segurança digital e a conformidade regulatória para proteger dados e garantir a continuidade dos negócios.

Componentes essenciais do Planejamento Estratégico de Tecnologia

Para um planejamento estratégico de TI eficiente, é essencial focar em componentes que conectem a tecnologia diretamente aos objetivos de negócio. A seguir, os elementos principais que garantem uma TI integrada, segura e voltada para resultados.

➡️ Alinhamento estratégico

A TI deve estar intrinsecamente ligada à estratégia empresarial. Ao compreender os objetivos de negócio, a área de TI pode identificar as tecnologias e soluções mais adequadas para impulsionar o crescimento e a competitividade da organização.

➡️ Governança e segurança

Uma governança de TI bem definida é essencial para garantir o uso eficiente e seguro dos recursos tecnológicos. Isso envolve a criação de políticas, processos e controles que assegurem a conformidade com as normas e regulamentações, além da proteção dos dados da empresa.

➡️ Arquitetura e infraestrutura

É preciso identificar os sistemas e a infraestrutura que darão suporte às operações, detalhando as atualizações e melhorias necessárias para atender às demandas, conforme a necessidade e o crescimento da estratégia.

➡️ Gestão de desempenho

A definição e o acompanhamento de indicadores de desempenho (KPIs) são essenciais para medir a eficácia das iniciativas de TI e garantir que os objetivos sejam alcançados. Métricas como Tempo Médio de Resolução (MTTR) e SLA podem ser úteis para essa avaliação.

➡️ Cultura e talentos

A cultura organizacional e o desenvolvimento dos talentos da área de TI são fatores cruciais para o sucesso do planejamento estratégico. Uma cultura de inovação e colaboração é fundamental para estimular a criatividade e a resolução de problemas. É preciso, já na etapa de planejamento, definir como a empresa prevê investir recursos nessa área.

Passo a passo para estruturar um plano estratégico de TI

Agora que você já sabe da importância e componentes essenciais de um planejamento de TI, chegou a hora de conhecer o passo a passo para criar um plano. 

1. Análise do contexto

O primeiro passo envolve a avaliação detalhada do cenário atual da empresa, identificando fatores que influenciam direta ou indiretamente o desempenho tecnológico. 

Realizar uma análise SWOT é uma abordagem eficaz para destacar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças internas e externas. Compreender o ambiente externo permite antecipar ameaças, como ciberataques ou flutuações econômicas, e identificar oportunidades, como avanços tecnológicos ou novas regulamentações.

2. Definição de objetivos

Após entender o contexto, é fundamental estabelecer metas claras para o setor de TI, que estejam também alinhadas com os objetivos do negócio. Por exemplo, se uma empresa de logística deseja automatizar processos para aumentar a eficiência e reduzir erros manuais, o PETI pode direcionar:

  • Desenvolvimento de um software personalizado para gerenciar inventário, rastreamento de veículos e monitoramento de entregas em tempo real;
  • Investimento em infraestrutura de TI para suportar a automação e o processamento de grandes volumes de dados;
  • Capacitação da equipe em tecnologias de automação e análise de dados para otimizar rotas e prever demandas; e assim sucessivamente. 

Dessa forma, o PETI atua como uma bússola estratégica, guiando ações tecnológicas para sustentar os objetivos maiores da organização e impulsionar a eficiência e competitividade no mercado.

Para isso, o método SMART é uma maneira eficaz de guiar o processo, garantindo que os objetivos sejam específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazos definidos. A partir dessa definição, é possível criar indicadores-chave de desempenho (KPIs) para monitorar e medir o sucesso da área de TI ao longo do tempo.

3. Listagem de projetos e ações

Aqui, as metas se transformam em ações concretas. A lista de projetos estratégicos pode incluir inovações tecnológicas, reforço da segurança cibernética e melhorias na infraestrutura. 

Esses projetos devem ser detalhados em ações específicas, como a implementação de autenticação em duas etapas para segurança ou o desenvolvimento de novos produtos digitais para impulsionar o faturamento, por exemplo.

4. Definição e alocação de recursos

A alocação de recursos deve considerar orçamento, equipe e infraestrutura necessários para cada projeto. Essa etapa pode envolver desde a contratação de consultorias especializadas até a designação de equipes internas, o que garante o uso otimizado dos recursos financeiros e humanos para a execução dos projetos estratégicos.

5. Desenvolvimento de um cronograma realista

Um cronograma com períodos curtos, como sprints, permite monitorar o progresso com frequência e fazer ajustes conforme necessário. Esse método ágil é essencial para acompanhar a rápida evolução tecnológica e responder prontamente a mudanças no ambiente corporativo. Algumas orientações incluem:

  • Estabelecer uma linha do tempo: defina um prazo para cada meta, considerando a complexidade do projeto e os fatores internos e externos;
  • Dividir em fases: quebrar o projeto em etapas menores permite acompanhar o progresso e facilita a transição para fases subsequentes;
  • Montar a equipe: identifique as competências necessárias e monte equipes capacitadas para executar as tarefas.

Como o planejamento estratégico de TI é dinâmico, o plano de ação deve ser revisado e ajustado continuamente para atender aos resultados pretendidos.

6. Implementação e Monitoramento

A implementação deve seguir um plano detalhado, monitorado por KPIs que refletem o andamento dos projetos. Informar regularmente os stakeholders sobre o progresso facilita o alinhamento e permite ajustes rápidos diante de novas necessidades ou desafios.

Esse planejamento estratégico oferece uma rota clara para a TI, preparada para impulsionar a empresa em direção ao crescimento e à inovação em um cenário tecnológico dinâmico.

Aqui estão os KPIs mais relevantes para acompanhar o desempenho da TI de forma estratégica:

  1. Service level agreement (SLA): mede a porcentagem de chamados atendidos dentro do prazo, garantindo que os serviços de TI atendam às expectativas de tempo e qualidade;
  2. Tempo médio de atendimento (TMA): indica a agilidade da equipe de TI ao resolver problemas, ajudando a manter a operação eficiente;
  3. First call resolution (FCR): avalia a capacidade de resolver problemas na primeira interação, um indicador importante de eficácia e satisfação do usuário;
  4. Índice de disponibilidade do sistema: reflete o tempo que os sistemas críticos estão operacionais, essencial para a continuidade e a confiabilidade dos serviços;
  5. Tempo médio entre falhas: indica a frequência de falhas, possibilitando ações preventivas para melhorar a estabilidade do ambiente de TI;
  6. Retorno sobre o Investimento (ROI): avalia o retorno financeiro dos investimentos em TI, verificando se as iniciativas estão gerando valor para a empresa.

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Desafios e perguntas a considerar antes de criar o PETI

Antes de iniciar o planejamento estratégico de TI, é essencial considerar alguns desafios. O primeiro deles é garantir o alinhamento com o negócio. Em especial em grandes organizações com múltiplas unidades de negócio, assegurar que a estratégia de TI apoie os objetivos corporativos pode ser complexo. 

Outro desafio é a resistência à mudança. A implementação de novas tecnologias e processos costuma encontrar barreiras culturais e resistência dos colaboradores (quando não, da própria liderança), o que exige um planejamento cuidadoso, com comunicação transparente e treinamento adequado para facilitar a transição ou investimento.

A definição do orçamento também se mostra desafiadora. Ajustar o orçamento de TI conforme as prioridades da empresa requer uma alocação estratégica de recursos para garantir que cada projeto receba os fundos necessários sem comprometer outras áreas importantes.

Por fim, a escassez de talentos qualificados na área de TI é um desafio constante. A falta de profissionais capacitados pode limitar a capacidade da empresa de implementar e gerenciar projetos complexos, aumentando a importância de estratégias de atração e retenção de talentos.

É preciso considerar todos esses fatores ao criar um planejamento estratégico, e assim prever quais as possíveis soluções para eventuais entraves. 

Além disso, há perguntas a serem consideradas:

  • Qual é a visão de futuro da empresa e como a TI pode apoiar essa trajetória?
  • Quais são as principais necessidades dos clientes e como a TI pode agregar valor?
  • Quais tecnologias emergentes podem beneficiar a empresa?
  • Quais riscos críticos à TI precisam ser mitigados?
  • Quais KPIs mensurarão o sucesso da estratégia de TI?
  • Quais recursos (orçamento, pessoal, infraestrutura) são essenciais?
  • Como a segurança da informação será assegurada?
  • Como TI pode fomentar uma cultura de inovação?

Responder a essas perguntas e refletir sobre os desafios permite construir um planejamento de TI eficaz e alinhado ao futuro da empresa.

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Tainá Aquino

Especialista em Conteúdos de Tecnologia e Analista de SEO da UDS. Formada em Jornalismo com MBA em Marketing e Branding.

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