Neste post

Waterfall: entenda quando usar e quais os riscos em projetos de software corporativos

Quando falamos sobre gestão de projetos em empresas de médio e grande porte, especialmente em ambientes com forte governança e compliance rígido, o modelo Waterfall (ou desenvolvimento em cascata) ainda é uma escolha recorrente. No entanto, para gestores de TI e líderes de desenvolvimento que buscam equilíbrio entre previsibilidade e flexibilidade, essa metodologia nem sempre é a melhor opção.

Neste artigo, vamos além da explicação básica sobre Waterfall. Mostramos como essa abordagem afeta diretamente prazos, custos e inovação em projetos digitais. Mais do que isso, você verá como a UDS Tecnologia apoia seus clientes na transição para modelos híbridos, unindo a segurança do cascata com a agilidade necessária para competir no mercado atual.

O que é a metodologia Waterfall e por que ela ainda é usada em grandes empresas?

Waterfall é uma metodologia de desenvolvimento de software estruturada em etapas sequenciais e lineares. Cada fase, desde o levantamento de requisitos até a entrega final, deve ser completamente concluída antes que a próxima comece.

Essa abordagem é muito usada por empresas com processos rígidos. Afinal, em setores como bancos, seguradoras e indústrias, o escopo precisa ser definido no início e mudanças ao longo do caminho são evitadas a todo custo.

Quando faz sentido utilizar Waterfall?

Mesmo em empresas que adotam metodologias ágeis, existem situações específicas em que o Waterfall faz sentido. Veja alguns exemplos:

  • Projetos com escopo altamente regulado: quando o projeto envolve regras de compliance ou auditorias externas, seguir um fluxo previsível é crucial;
  • Softwares críticos e sem margem para erro: sistemas fiscais, contábeis e regulatórios precisam de previsibilidade e controle absoluto;
  • Contratos fixos com fornecedores: contratos tradicionais exigem previsões detalhadas de custo e prazo, o que combina com Waterfall;
  • Legados com documentação cascata: para empresas com histórico de projetos documentados de forma linear, migrar direto para ágil pode ser arriscado.

Ninguém precisa ficar atribuindo tarefas ou lembrando o time de fazer uma tarefa A ou B; os gestores confiam que os membros da equipe vão fazer o seu trabalho (afinal, eles são adultos). Como a solução foi ideia de todos do time, eles se apropriaram da solução e ficam motivados para fazer o trabalho com qualidade. A equipe se sente fortalecida.

7 Razões para não usar o modelo Waterfall no desenvolvimento

1 – Rigidez: alterar requisitos no Waterfall é caro e difícil, já que testes ocorrem só no final. Assim, se algo inesperado acontece ou o cliente muda de ideia, ajustar o escopo pode ser impossível;

2 – Sem retorno às etapas anteriores: se houver falhas em uma fase, a única saída é concluir mesmo com erros ou reiniciar o projeto inteiro;

3 – Pouca participação do cliente: o foco é a eficiência interna, sem abrir espaço para feedback contínuo. Se o cliente mudar de ideia, o processo já seguiu sem ele;

4 – Teste só no final: problemas só aparecem na última fase, quando já é tarde para ajustes sem alto custo;

5 – Longo tempo de entrega: cada fase só começa quando a anterior é 100% concluída, o que torna o ciclo demorado. Se algo der errado, voltar ao início é comum;

6 – Ruim para projetos complexos: projetos grandes e dinâmicos exigem flexibilidade, algo que o Waterfall não oferece;

7 – Alto custo de tempo e retrabalho: a validação acontece só ao final. Se o produto falhar, a equipe desperdiça meses e dinheiro com algo inviável.

Waterfall ou ágil: qual a melhor escolha para seu próximo projeto?

A escolha depende do contexto da sua empresa. Se previsibilidade é prioridade, o Waterfall pode funcionar. Mas, se inovação e adaptação são essenciais, metodologias ágeis ou híbridas são melhores.

Na UDS, analisamos suas demandas e criamos um plano sob medida, equilibrando controle e agilidade. Por isso, avalie as características de cada modelo e defina o que faz mais sentido para seu negócio:

CritérioWaterfallÁgil
AbordagemLinear e sequencial. Cada fase só inicia após a anterior ser concluída.Iterativa e incremental, com entregas contínuas e ajustes constantes.
FlexibilidadeBaixa — mudanças após o início são complexas e caras.Alta — mudanças são incorporadas com facilidade durante o ciclo.
PrevisibilidadeAlta — escopo, prazo e custo são definidos no início.Moderada — escopo e funcionalidades evoluem conforme o projeto avança.
DocumentaçãoExtensa e obrigatória desde o início.Enxuta e ajustada conforme necessidade real.
Validação com o clienteApenas ao final do projeto.O tempo todo, com entregas parciais (sprints).
Risco de retrabalhoAlto — falhas no início afetam todo o resultado final.Baixo — erros são corrigidos em ciclos curtos.
Indicada paraProjetos com escopo fixo e alta exigência de conformidade ou auditoria.Projetos inovadores, com escopo evolutivo e necessidade de adaptação constante.
Exemplo típicoSistemas fiscais, regulatórios ou contratos com fornecedores rígidos.Produtos digitais, apps e soluções de inovação contínua.
Envolvimento da área de negócioBaixo após o início — a TI executa conforme requisitos predefinidos.Alto — negócio e TI trabalham juntos em ciclos curtos.
Entrega de valorApenas ao final do projeto.Em cada sprint, com valor incremental contínuo.
Velocidade de resposta ao mercadoLenta — difícil adaptar-se a novas demandas durante o projeto.Rápida — novas demandas são incorporadas com agilidade.
CustosPrevisíveis, mas com risco de aumento em caso de mudança no escopo.Controlados por sprint, ajustando conforme prioridade do negócio.

Como a UDS orienta clientes com legados Waterfall para modelos híbridos

Na prática, a UDS entende que abandonar o Waterfall de uma vez nem sempre é possível. Portanto, adotamos uma abordagem híbrida em muitos casos. Esse modelo oferece o melhor dos dois mundos, garantindo previsibilidade onde for necessário e agilidade onde houver espaço para flexibilidade.

Com essa abordagem, ajudamos nossos clientes a:

  • Migrar gradualmente para ciclos iterativos: mesmo com escopo fechado, dividir entregas em partes menores é uma solução eficiente;
  • Implementar governança ágil: combinamos documentação formal com práticas ágeis, como dailies e revisões periódicas;
  • Automatizar testes e validações: para evitar retrabalho, adotamos pipelines de CI/CD, garantindo qualidade contínua;
  • Alinhar TI e negócio em ciclos curtos: esse alinhamento constante reduz divergências e evita surpresas no final do projeto.

Case real UDS: desenvolvimento formal e entregas ágeis para a Verocard

A Verocard, uma das líderes do mercado de cartões-benefício, contratou a UDS para desenvolver uma nova plataforma de gestão de benefícios, substituindo um sistema legado. Por atuar em um setor regulado e atender a grandes empresas, a Verocard precisava de um processo formal de levantamento de requisitos, garantindo conformidade com normas financeiras e auditorias.

Para atender a essa exigência, a UDS iniciou o projeto utilizando um fluxo estruturado, com documentação completa e validação prévia de cada funcionalidade crítica — uma abordagem típica do Waterfall. Porém, para evitar os riscos de desconexão entre TI e negócio, a execução foi adaptada para sprints curtas, com validações incrementais diretamente com o time da Verocard.

Com essa combinação, a plataforma foi entregue no prazo, garantindo não só conformidade regulatória, mas também flexibilidade para evoluções futuras. Além disso, a nova solução baseada em microsserviços trouxe 99,99% de disponibilidade e uma performance 25% superior aos concorrentes, consolidando a UDS como parceira estratégica da Verocard.

Se sua empresa ainda enfrenta dificuldades com projetos monolíticos, escopo rígido e entregas desconectadas da realidade do negócio, fale com os especialistas da UDS.

Podemos te ajudar a modernizar seus processos e entregar softwares melhores, mais rápidos e alinhados com o futuro digital da sua empresa.

Simone Marques

Jornalista, especialista em mídias digitais e estrategista de conteúdos de tecnologia na UDS.

Posts Relacionados

Inscreva-se no nosso blog

Receba em primeira mão os conteúdos mais quentes da área de Tecnologia.