AWS Direct Connect: 7 dúvidas esclarecidas sobre parceiros técnicos

Quando empresas começam a crescer e seus sistemas dependem cada vez mais da nuvem, surge uma preocupação constante: como garantir conexões rápidas, seguras e, de certa forma, previsíveis entre a infraestrutura local e a AWS?

O AWS Direct Connect surge como resposta, com diferentes formatos, parceiros e possibilidades. O assunto, porém, levanta mais dúvidas do que a maioria dos gestores de tecnologia imagina. Como funcionam os modelos de conexão? Por que o papel dos parceiros é tão importante? E como extrair o máximo dessa parceria técnica?

Entenda os modelos de conexão do AWS Direct Connect

Antes de falarmos sobre parceiros e estratégias, nada faz sentido se não entendermos os três principais modelos de conexão disponíveis pelo serviço: dedicada, hospedada e interface virtual hospedada. Eles não apenas definem a capacidade da conexão, mas também impactam custos, flexibilidade e restrições técnicas.

• Conexão dedicada: Nesta modalidade, a empresa contrata portas Ethernet físicas (de 1, 10 ou 100 Gbps) dedicadas exclusivamente para seu uso. É um recurso físico, reservado, disponível apenas para a organização. Essa opção, mais robusta, permite até 50 interfaces virtuais privadas ou públicas e até 4 interfaces de trânsito, possibilitando particionamento, múltiplos ambientes ou alta complexidade de rede.
• Conexão hospedada: Feita geralmente via parceiros do AWS Direct Connect, a conexão hospedada atende vários clientes em uma única infraestrutura física. Cada conexão hospedada suporta uma única interface virtual, pública ou privada, e as capacidades variam de 50 Mbps a 25 Gbps, conforme atualização recente anunciada em abril de 2024. O trafego é compartilhado, com policiamento da AWS e limitação da largura de banda. Isso exige bastante atenção ao planejamento da rede.
• Interface virtual hospedada (Hosted VIF): É quando se provisiona apenas uma interface virtual sobre uma conexão hospedada já existente de um parceiro, sem exigir a criação de uma conexão dedicada para cada cliente. Assim, o tráfego dessa VIF compartilha a largura de banda da conexão do parceiro, e aplica-se aos cenários em que uma simples conexão privada ou pública já é suficiente.

O papel dos parceiros técnicos na construção da conexão

Quando falamos dos chamados parceiros técnicos do AWS Direct Connect (variando de integradores a grandes provedores de telecom), seu maior valor não está apenas em intermediar o acesso. Eles assumem responsabilidades que vão do suporte local à configuração ao acompanhamento diário, além de garantir que a conexão siga práticas recomendadas e requisitos da própria AWS.

• Provisionamento especializado: Os parceiros autorizados possuem acesso aos recursos certos, desde portas físicas em datacenters de alta performance até experiência em ambientes híbridos.
• Monitoramento e SLA: Eles acompanham a performance da linha, conseguem intervir em casos críticos e ainda auxiliam em upgrades rápidos conforme o crescimento da empresa.
• Respeito às melhores práticas: Um parceiro certificado já entende as políticas da AWS, criando soluções que evitam gargalos e instabilidades.
• Gerenciamento multiponto: Suportam conexões em múltiplas regiões, diferentes provedores de nuvem, VLANs e ambientes corporativos variados.

Talvez o mais interessante seja o padrão no rigor em aprovação. De acordo com as exigências da AWS, apenas empresas qualificadas podem ser listadas como parceiros Direct Connect, passando por avaliações técnicas e operacionais. Isso parte do pressuposto de que a rede não pode ser fator de risco na transformação digital.

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Capacidades e variações: de 50 Mbps a 100 Gbps

Talvez pareça estranho falar de 50 Mbps em ambientes corporativos modernos, mas nem todo negócio precisa começar grande. O AWS Direct Connect abre as portas para conexões desde esse patamar até as gigantes de 100 Gbps (na modalidade dedicada).

• 50 Mbps a 1 Gbps: Ideal para filiais, rotas de backup, replicação de dados contínua e times com orçamento mais restrito, mas que já enxergam valor em sair da internet pública.
• De 1 Gbps a 10 Gbps: Empresas de médio porte, com portfólio de aplicações críticas, demandam essa faixa para transferências de base de dados mais volumosas, backups em tempo real e integração de múltiplos sistemas internos com a nuvem.
• 25 Gbps a 100 Gbps: Para segmentos como mídia, pesquisa, inteligência artificial avançada e operações globais. Recentemente, a conexão hospedada de 25 Gbps trouxe uma alternativa interessante para clientes que exigem altíssima performance, mas não desejam gerenciar uma estrutura dedicada completa.

Um paralelo interessante são aplicações como ADAS (sistemas avançados de assistência ao motorista), que exigem transferência massiva de imagens e dados em tempo real, ou analytics em larga escala para mídia e entretenimento. Nessas situações, contar com upgrade rápido, que os parceiros técnicos conseguem oferecer, pode ser a diferença entre sucesso ou problemas operacionais.

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Vantagens claras: baixa latência, segurança elevada e monitoramento

Por que tantas empresas enxergam valor na conexão direta? É simples: menos saltos, rotas privadas e menos exposição ao ambiente público da internet.

• Redução de latência: As conexões físicas dedicadas, ou mesmo hospedadas bem configuradas, proporcionam caminhos mais curtos e menos variáveis.
• Segurança profissional: O Direct Connect oferece recursos como a criptografia MACsec padrão IEEE 802.1AE (disponível para conexões dedicadas com 10 Gb ou mais em localidades específicas), protegendo as informações na camada 2. Mais do que isso: permite criar estratégias de redundância, usando múltiplas rotas e locais físicos diferentes.
• Monitoramento em tempo real: Com o monitoramento aprimorado, oferecido tanto pela AWS quanto pelos parceiros técnicos, as equipes podem acompanhar desempenho, largura de banda, identificar instabilidades de forma proativa. Esse diferencial faz toda a diferença para empresas que não podem ficar fora do ar.

Para quem busca alta disponibilidade, a redundância não é só recomendada, mas obrigatória. Isso pode envolver ter conexões em pontos distintos físicos, fornecedores diferentes e acompanhamento constante pelo parceiro, reduzindo riscos de indisponibilidade por falhas isoladas.

Exemplo prático: a união com especialistas em conectividade

A SKY enfrentava desafios com altos volumes de acesso e custos por requisição. Com suporte da UDS, foi implementada uma arquitetura cloud personalizada utilizando AWS CloudFront e estratégias de FinOps. O custo caiu de R$ 0,60 para R$ 0,01 por milhão de requisições, com mais estabilidade e controle de picos de tráfego.

Com esse tipo de parceria técnica, a integração do Direct Connect se torna mais estratégica, elevando a performance geral da infraestrutura e garantindo segurança de ponta a ponta.

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Integração com múltiplas regiões e ambiente multi-cloud

Hoje, poucas empresas ficam restritas a uma única região AWS, principalmente quem tem operações globais ou times distribuídos. O AWS Direct Connect simplifica as integrações multi-região, permitindo conectar escritórios, filiais ou sistemas legados a data centers AWS em diferentes localizações do planeta.

Isso permite, por exemplo, operações com cargas de trabalho dinâmicas, replicação de dados entre países, ou até mesmo atender requisitos regulatórios de soberania de dados, sem abrir mão da performance.

• Trabalho com múltiplas nuvens: O Direct Connect, quando gerenciado pelas APIs unificadas e plataformas dos parceiros, pode ser parte de uma estratégia multi-cloud, integrando AWS a outros grandes provedores e até redes locais distintas.
• Infraestrutura global robusta: Os parceiros aprovados costumam fornecer pontos de presença em várias localidades, simplificando projetos de conectividade escaláveis, preparados para crescimento futuro.

Esse modelo facilita expansões, aberturas de novas filiais, integrações de aquisições e mudanças rápidas do cenário corporativo, sempre mantendo o olhar em segurança e controle.

APIs e gerenciamento simplificado: mais agilidade na expansão

De pouco adianta ter canal dedicado se a configuração for burocrática ou exigir processos manuais. Um dos grandes avanços do ecossistema Direct Connect está no gerenciamento via APIs e painéis integrados, capazes de mostrar tráfego, alarmes, tickets e até métricas personalizadas.

As APIs liberam integrações com soluções de monitoramento já existentes, automações para upgrades/downgrades de velocidade, abertura de chamados e novas ativações sem demora. A flexibilidade também permite criar ambientes temporários ou aumentar rapidamente a largura de banda durante períodos críticos.

Essas facilidades, unidas ao suporte dos parceiros técnicos, trazem uma perspectiva nova: agora, a expansão não depende apenas do fornecedor, mas também da capacidade dos times internos de orquestrarem todos os recursos disponíveis.

Consultoria Cloud com a UDS Tecnologia

Com a possibilidade de conexões que vão de 50 Mbps até 100 Gbps, integração entre múltiplas regiões, gestão via APIs e suporte de especialistas, empresas de todos os portes podem desenhar a estrutura que realmente precisam para inovar, escalar e transformar seus serviços. E, talvez mais importante, sem abrir mão de segurança, disponibilidade ou controle.

No fim, conectar é só o começo do que realmente importa: acelerar resultados de verdade.

Por isso, contar com o apoio de parceiros credenciados da AWS faz total diferença.

A UDS Tecnologia atua como parceira avançada da AWS, com um portfólio robusto de certificações e projetos bem-sucedidos. Sua consultoria em cloud atende desde startups até grandes corporações, oferecendo soluções personalizadas com foco em:

• Redução de custos por meio de práticas FinOps, automação inteligente e arquitetura otimizada;
• Alta segurança, baseada em arquitetura zero-trust, criptografia avançada e monitoramento contínuo via NOC 24/7;
• Escalabilidade consistente, com ajustes dinâmicos conforme a demanda;
• Entregas rápidas e suporte recorrente, com opções flexíveis de contrato, por demanda ou modelo MSP.