O design de interface, juntamente com o design de experiência do usuário (também conhecido como User Experience Design ou UX Design), é uma das partes mais importantes do desenvolvimento de um app ou sistema web. Eles definem não só a parte estética como também toda a experiência do cliente.
Resumidamente, toda a parte visual de um aplicativo ou sistema web (layout, ícones, cores, tipografia), bem como a estrutura desses elementos no projeto visual, compõem o design de interface.
Assim como tudo o que envolve tecnologia, esta área está em constante evolução e aprimoramento. Confira neste artigo algumas das principais tendências do design de interface:
Gráficos 3D
O uso de elementos 3D não é novo, mas está em constante crescimento nos últimos anos: a integração de design em três dimensões em aplicativos e sites é capaz de criar novas experiências para o usuário.
Os softwares capazes de criar gráficos 3D, como o Figma e o Dimensions CC, estão cada vez mais fáceis de usar e acessíveis. O Figma tem inclusive algumas funções gratuitas e, mesmo iniciantes, podem criar belos componentes 3D através deles.
Uma nova versão do Apple Big Sur, sistema operacional da Apple, trouxe uma grande atualização recentemente. Nela, a partir de fotos, é possível criar elementos 3D, o que promete avanços no design de aplicativos e sistemas.
Login sem senha
Atualmente, os usuários precisam administrar um grande número de logins e senhas dos diversos aplicativos, sistemas web, redes sociais e sites que possuem, deixando a navegação mais truncada.
Pensando nisso, muitos desenvolvedores têm substituído senhas por PIN, reconhecimento facial ou mesmo impressão digital.
Essa facilidade contribui para que a experiência dos usuários seja mais segura. Afinal, biometria e reconhecimento facial são mais seguros do que senhas alfanuméricas, além de permitirem acesso mais ágil.
Microinterações
Segundo Dan Saffer, autor do livro “Microinteractions: Designing with Details” (ainda sem lançamento no Brasil), uma microinteração é “um momento contido no produto que gira em torno de um único caso de uso, uma pequena parte da funcionalidade que faz apenas uma coisa”.
Em outras palavras, microinterações são pequenos momentos em que usuário e design interagem, gerando um pequeno feedback.
Seguir ou deixar de seguir alguém no Instagram é considerado uma microinteração (o ícone “seguindo” aparece ou deixa de aparecer), deixar um “like” no Facebook ou se inscrever em um canal YouTube (ativando ou desativando o sininho) também.
As microinterações têm feito cada vez mais parte da experiência do usuário e são uma tendência crescente em aplicativos e sistemas web.
A força dessa tendência existe principalmente pela comodidade que as microinterações agregam ao design dos softwares. Com elas, o usuário pode literalmente realizar diversas ações em poucos toques e sem precisar navegar entre diferentes telas.
Mobile-First Design
Mobile First Design é uma abordagem que visa criar melhores experiências de uso, tendo como prioridade absoluta os dispositivos móveis ao invés dos computadores.
O uso da internet através dos smartphones e outros dispositivos móveis já superou, e muito, o uso de computadores (notebooks e desktops) e não é de hoje.
Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE em abril de 2020, o percentual de pessoas de 10 anos ou mais que acessaram a internet pelo celular passou de 97% para 98,1% entre 2017 e 2018.
Este dado brasileiro reflete uma tendência mundial. De acordo com pesquisa realizada pelo eMarketer, em 2019, os usuários de internet americanos passam 90% do tempo online em aplicativos de celulares.
O próprio Google atualizou o algoritmo de busca em março de 2021 para favorecer plataformas que atendem aos celulares (um processo chamado “mobile-first indexing”).
Portanto, desenvolvedores e designers que criarem sistemas amigáveis para mobile terão vantagem neste competitivo mercado.
Animações
Embora a maior parte das interfaces ainda seja predominantemente estática, ou com animações em procedimentos simples como carregamento de telas, há uma tendência de inclusão de mais animações.
O Airbnb, por exemplo, criou uma ferramenta chamada Lottie, que permite renderizar animações em tempo real.
As animações no design de aplicativos e sistemas web podem inclusive potencializar outras tendências mencionadas nessa lista.
Pense, por exemplo, nas microinterações explicadas anteriormente: elas podem conter animações que sinalizam ao usuário que uma ação realizada foi bem sucedida ou requer mais algum passo.
Um exemplo de tendência que combina animação com o design de interface é a chamada “swiping experience”.São animações que são ativadas quando se troca de tela no app utilizando os dedos, causando uma impressão de “virar uma página”.
O uso de animações, mesmo que simples, permite feedbacks visuais que deixam a experiência do usuário de aplicativos e sistemas web mais agradável e compreensível, especialmente quando aliadas às microinterações.
Os apps tendem a ser cada vez menos estáticos. A popularização do 5G e das animações em JSON, que ocupam menos espaço que um GIF e têm a vantagem de comportar transparência, ou seja, sem necessidade de um pano de fundo, certamente contribuirão para apps cada vez mais dinâmicos.
Logos animados
Aplicativos como Skype, Shazam, Spotify e Ikea têm investido em logos animados (particularmente na abertura do app) como um interessante recurso gráfico.
A animação de logos pode ajudar na fixação de marca e também fortalecer a identificação dessa marca por parte do usuário em outros lugares.
Inteligência Artificial
As inteligências artificiais, de forma geral, estão sendo aplicadas em escalas cada vez maiores. E elas podem ser aplicadas ao design de produto digital.
Um exemplo disso é o uso de inteligência artificial e machine learning em testes de usabilidade de aplicativos.
Os assistentes de voz (Siri, Alexa), por exemplo, utilizam inteligência artificial para identificar problemas nas interações e aprimorar a compreensão da voz humana.
Especialista em design de interfaces e desenvolvimento de softwares
A UDS conta com times de design e engenharia de software, tanto web quanto mobile e tem sua excelência reconhecida internacionalmente, sendo a primeira no setor no Global Data Alliance junto a empresas como Panasonic e Visa.
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