Será que é possível executar Design Sprint mantendo o trabalho remoto e em apenas 4 dias? Sim, basta fazer algumas adaptações.
As distâncias geográficas não devem mais ser um obstáculo à colaboração e à criatividade. Quem entende disso melhor do que uma equipe de desenvolvimento de produto digital?
Partindo dessa percepção, as etapas de um processo que estabelece os fundamentos de criatividade e colaboração na fase de concepção do produto – o Design Sprint – devem ser pouco complexas, certo?
Embora isso pareça agradável de escutar e pareça simples no papel, a realidade é que, para muitas marcas, o processo de Design Sprint já é difícil quando conduzido em um local físico e muito mais com equipes remotas.
Mas agora o remoto é o novo local de trabalho normal, e é preciso adaptar metodologias e técnicas de colaboração em equipe para o espaço global. Um desses novos processos de trabalho a distância é o modelo de Design Sprint Remoto.
Qual é a metodologia de design sprint?
O processo de Design Sprint, reconhecido como uma das melhores práticas de UX, é uma metodologia estruturada em 5 dias, ideal para abordar questões críticas de negócios e produtos. Ele combina etapas de design, prototipagem e teste de ideias para oferecer soluções rápidas e eficazes.
Criado pelo Google e pela GV (Google Ventures), esse método mistura inovação, estratégia de negócios, Design Thinking e ciência do comportamento, entre outros elementos. Dessa forma, proporciona uma abordagem prática e adaptável, que pode ser utilizada por qualquer equipe para alcançar resultados impactantes.
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O processo do design de experiência do usuário (UX Sprint) é concebido entre gerentes de produto, desenvolvedores e designers, que trabalham nas áreas de inovação e solução de problemas para responder a algumas das questões mais críticas.
Entre elas, devemos pensar como:
- Converter uma ideia em um protótipo validado mais rápido;
- Garantir que estamos projetando o produto certo antes de investir uma grande quantidade de dinheiro nele;
- Testar se o conjunto de recursos que temos em mente é aquele de que os usuários necessitam.
Os desafios de executar Design Sprint remoto
Mesmo que o processo de Design Sprint de produto pareça simples, conduzi-lo remotamente é difícil, especialmente por esses motivos:
- Diferença de fuso e disponibilidade: agendar sessões intensas com equipes distribuídas é um grande desafio;
- Baixo engajamento: no remoto, distrações como YouTube ou WhatsApp podem desviar o foco da equipe;
- Problemas tecnológicos: bateria fraca, internet ruim e falhas em microfones podem comprometer o projeto.
Esses desafios podem gerar frustrações abundantes na equipe. Por isso, é importante saber algumas dicas para adaptar o modelo do Design Sprint ao ambiente remoto, como, por exemplo, a pré-sprint.
Configurações de pré-sprint podem tornar o processo de design remoto mais tranquilo:
→ Crie um template de pré-design Sprint
Para garantir que você obtenha o máximo do sprint de design remoto, é essencial preparar todos os materiais de Design Sprint com antecedência.
Assim, desde os insights coletados com o cliente até a documentação compartilhada, tudo deve ser reunido e devidamente dividido com a equipe antes do início do processo. Dessa forma, o alinhamento será mais eficiente e o andamento das etapas ocorrerá sem imprevistos.
→ Forme uma equipe de alta performance
Uma equipe pode ser composta por 5 a 7 pessoas. Entre elas, o decisor e o facilitador desempenham papéis importantes, mas tornam-se ainda mais fundamentais em um processo de Design Sprint Remoto.
O decisor, por sua vez, é quem tem a palavra final nas decisões críticas, enquanto o facilitador assume a responsabilidade de alinhar toda a equipe ao andamento do processo. Além disso, ele garante o uso eficaz da tecnologia necessária para manter a colaboração e o progresso fluindo de forma eficiente.
Organização do evento de sprint
O método UX Design Sprint exige que todos os membros da equipe estejam disponíveis, sem distração, por 5 dias. Embora factível quando estamos trabalhando no mesmo espaço, colaborar por vário dias consecutivos se torna um obstáculo quando operamos remotamente.
Isso pode ser facilmente resolvido com um fim de semana entre os dias de decisão e prototipagem. Assim, a equipe poderá abordar a criação do protótipo com uma mente renovada na segunda-feira.
A logística da preparação da pré-sprint
Caso a sua empresa ainda não tenha uma tecnologia adequada para o trabalho remoto, é possível criar uma configuração mínima, em que todos os membros tenham: câmera, microfones, conexão de internet rápida, para assistir vídeos durante 5 dias, e um quadro branco para desenhar os esboços.
O Processo de Design Sprint Remoto de 4 dias
Com o processo de pré-design sprint pronto, é hora de dar uma olhada no processo de execução de Design Sprint Remoto em apenas 4 dias.
Esboço e mapeamento: 1° dia
Essa fase consiste em reunir a equipe da sprint e fazer um brainstorming do produto e da solução que ele ofereceria ao cliente. O dia inteiro é utilizado para pesquisar se o produto é funcional e necessário e se ele é a solução completa que o cliente busca. Aqui, também discutimos as alternativas do que seria possível fazer se o produto não existisse.
Quanto mais você faz brainstorming e tem contato com esse processo, mais percebe que esta etapa é a mesma que uma empresa de design e desenvolvimento de aplicativos móveis segue ao validar um Produto Mínimo Viável (MVP).
Storyboarding: 2° dia
Já com várias ideias presentes, a equipe fixa um plano de ação no segundo dia da sprint, desenhando um storyboard contendo perguntas como:
- Como o usuário chegaria até o aplicativo?;
- Por que o abriria?;
- Quais os seus recursos e funcionalidades?;
- Qual a ação que ele deve executar, uma vez dentro do aplicativo?
Adicione todos os materiais e recursos necessários para apoiar as hipóteses do storyboard.
Prototipagem: 3º dia
Com o storyboard pronto e a ideia decidida, vá para o estágio de desenvolvimento do protótipo. A ideia não é construir um produto que será implementado nas lojas, mas um aplicativo que as pessoas possam rodar e experimentar. Existem várias ferramentas de protótipos com as quais é possível trabalhar para criar uma versão clicável do seu aplicativo.
O processo de desenvolvimento do protótipo deve ser feito com a intenção de permitir a sua testagem no 4º dia da sprint.
Testagem: 4º dia
Esta é a última etapa do processo de Design Sprint, quando a equipe testa o seu protótipo e compartilha suas experiências. É recomendável gravar essas sessões para voltar a elas quando o aplicativo atingir o estágio de desenvolvimento.
Isso é tudo o que é preciso saber sobre como conduzir o trabalho de Design Sprint Remoto em apenas 4 dias. Mas as verdadeiras histórias de sucesso se encontram em algumas dicas secundárias que as empresas inovadoras de design de aplicativos móveis conhecem.
Dicas de sucesso para executar o Design Sprint Remoto
- Caso a equipe não tenha disponibilidade durante o mesmo período de tempo, divida a sprint em duas semanas;
- Prepare o resumo da sprint e o template com antecedência;
- Permita pausas amplas para os membros da equipe se manterem motivados;
- Restrinja as multitarefas: o foco da equipe deve estar apenas na sessão de Design Sprint;
- Cada membro da equipe remota pode dividir a sua tela, uma parte para a chamada de vídeo e outra para o quadro branco digital, para que todos possam ver os participantes e o quadro ao mesmo tempo.
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