No período de compras de fim de ano, empresas costumam enfrentar picos de acesso intensos em seus sites, aplicativos e plataformas, e esse aumento abrupto de tráfego é exatamente o motivo para investir em estabilidade e escalabilidade antecipadamente.
Quando um site ou app não está preparado para esses picos, os riscos se multiplicam: falhas no checkout, lentidão, quedas de sistema, e claro: vendas perdidas.
Neste artigo vamos ver o que são os picos de acesso, por que eles acontecem, quais riscos trazem, e como sua empresa de TI ou e-commerce pode trabalhar com elasticidade de software e teste de carga para garantir que tudo funcione perfeitamente.
O que são picos de acesso e por que eles acontecem
Os picos de acesso ocorrem quando o volume de visitas, requisições ou transações em um sistema dispara em um curto espaço de tempo, por exemplo, em datas como Black Friday, durante uma campanha promocional, ou no momento do lançamento de um produto.
Esse aumento expressivo exige que o sistema suporte o tráfego elevado sem comprometer a performance ou disponibilidade.
Há várias causas para isso:
- campanhas promocionais intensivas (ofertas relâmpago, e-mail marketing, redes sociais);
- datas sazonais muito importantes (como Black Friday, Natal);
- maior participação mobile e novos canais de acesso;
- comportamento do usuário condicionado a esperar boas ofertas;
- e até tráfego de bots ou requisições não humanas, que aumentam a carga. Por exemplo, em 2024 foi registrado que, durante a “Cyber Five” (período que engloba Black Friday e Cyber Monday), o tráfego global de varejo on-line cresceu ~11 %.
Da perspectiva de TI, isso significa que se a infraestrutura, arquitetura ou aplicação não estiverem preparadas para o aumento repentino, pode haver degradação de performance ou até queda completa.
Os riscos de não estar preparado
Quando não se antecipa os picos de acesso, os riscos são reais e custosos. Alguns dos principais:
- Lentidão no site/app: páginas demorando para carregar, usuários desistindo;
- Falhas no checkout ou pagamento: justo no momento em que mais se converte, o sistema falha;
- Indisponibilidade ou queda do sistema: “site fora do ar” durante a campanha;
- Experiência negativa do cliente: impacto direto na reputação da marca;
- Perda de receita: cada minuto de queda ou lentidão pode significar milhares de reais deixados de faturar;
- Maior custo pós-evento: correção emergencial, retrabalho, dano de marca.
Por exemplo, se considerarmos a Black Friday no Brasil, o volume de transações via Pix mais que dobrou em um único dia, o que reflete ainda mais a pressão sobre os sistemas. Em resumo, estar mal preparado não é apenas um problema técnico, é um risco estratégico de negócios.
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Elasticidade de software e infraestrutura escalável
Para mitigar os riscos descritos acima, torna-se essencial adotar conceitos de elasticidade de software e infra-estrutura escalável.
A elasticidade refere-se à capacidade do sistema de aumentar e reduzir seus recursos de forma automática e sob demanda, conforme o volume de acessos varia.
Alguns elementos técnicos importantes:
- Infraestrutura em nuvem (cloud) com auto-scaling de servidores ou containers.
- Load-balancers distribuindo requisições entre múltiplas instâncias;
- Uso de CDN (Content Delivery Network) para distribuir conteúdo estático e reduzir latência;
- Cache (redis, memcached) e otimização de queries para alívio no backend.
- Monitoramento contínuo e alertas proativos (uso de CPU, memória, latência, erros);
- Arquitetura de microservices que permite escalar somente os componentes que mais sofrem carga.
Esse tipo de abordagem está diretamente alinhado com o serviço de Consultoria Cloud da UDS, onde avaliamos o ambiente atual, dimensionamos a demanda esperada para o período de pico, definimos a arquitetura escalável e implementamos práticas de FinOps para otimização de custos.
Em projetos reais da UDS, vimos empresas migrando para ambientes elásticos com aumento de estabilidade e redução de risco em campanhas de fim de ano.
Teste de carga: o passo essencial para evitar falhas
Outro pilar crítico para garantir que sua plataforma suportará os picos de acesso é o teste de carga (load testing). Sem isso, é impossível entender exatamente até onde o sistema aguenta antes de falhar.
Alguns conceitos e práticas fundamentais:
- Tipos de teste: Load test (simular carga prevista de produção), Stress test (ultrapassar carga prevista para encontrar o ponto de ruptura) e Spike test (subidas bruscas de tráfego para testar elasticidade imediata).
- Definir metas e KPIs: tempo de resposta, taxa de erro, throughput, tempo até estabilidade;
- Ferramentas automatizadas: JMeter, Locust, Gatling etc;
- Ambiente realista: usar base de dados similar à produção, volumes de dados equivalentes;
- Análise de gargalos: CPU/memória, banco de dados, rede, serviços externos;
- Plano de contingência: o que fazer se o teste revelar falha (escalar, otimizar, ajustar).
É importante lembrar que o teste de carga não é “uma boa prática extra”, é obrigatório se você depende de e-commerce ou plataforma digital em datas de grande volume.
A UDS fornece esse serviço como parte do portfólio de desenvolvimento de software e consultoria de performance, acompanhando desde os testes até a fase de monitoramento real no evento.
Estratégias para garantir estabilidade durante picos de acesso
Para que seu site ou app sobreviva com Elasticidade de software sem sobressaltos, recomendo adotar um checklist prático e acionável:
- Antecipe o volume esperado: estimativas de crescimento de tráfego, base histórica, campanhas planejadas;
- Realize teste de carga com antecedência, analise resultados, corrija gargalos;
- Implemente arquitetura elástica: auto-scaling, múltiplas zonas/regions, CDN.
- Otimize front-end: menor peso de páginas, compressão, lazy-loading, cache;
- Otimize chamadas backend: menos latência, base de dados dimensionada, filas assíncronas;
- Use monitoramento em tempo real: dashboards de performance, alertas antes das falhas;
- Tenha plano de contingência: fallback de serviço, fila de requisições, capacidade extra de mão-de-obra;
- Verifique segurança e estabilidade: picos também atraem bots, ataques DDoS, volume de requisições suspeitas;
- Envolva todos os stakeholders: TI, marketing, logística, atendimento ao cliente, todos precisam estar preparados;
- Pós-evento: análise de resultados, lições aprendidas, preparação para próximo ciclo.
Essas práticas asseguram que a empresa estará bem posicionada para aproveitar ao máximo eventos como a Black Friday, sem que a tecnologia seja a barreira.
Como a UDS ajuda empresas a enfrentar picos de acesso
Na UDS Tecnologia entendemos que para líderes de TI e gestoras de e-commerce, o fim de ano representa uma janela crítica de negócio, e a infraestrutura digital deve estar pronta.
Veja como atuamos com alguns cases reais:
- SKY (DirecTV GO): Realizamos migração da plataforma para uma infraestrutura em nuvem multiregião com auto-scaling ativado. Como resultado, durante eventos de pico não houve downtime e o custo de operação foi reduzido em 23 %;
- Verocard: Em parceria com o cliente, realizamos testes de carga antecipados, identificamos gargalos no backend e implementamos solução elástica de containers. Durante seu maior volume de vendas no ano, os indicadores de erro ficaram abaixo de 0,1 %;
- Finclass: Plataforma de streaming que precisava suportar mais de 1 milhão de usuários simultâneos. A UDS desenvolveu a arquitetura de microservices e implementou monitoramento em tempo real, durante o “dia do pico” houve estabilidade total e latência mínima.
Nossos serviços relevantes para o tema “picos de acesso” incluem:
- Consultoria Cloud: avaliação, arquitetura elástica, auto-scaling, FinOps;
- Desenvolvimento de Software: performance, microservices, teste de carga, otimização;
- Monitoramento & Suporte em tempo real: dashboards, alertas, suporte especializado no evento.
Trabalhando com a UDS, gestores de TI garantem que sua infraestrutura tecnológica não será o gargalo no momento mais decisivo do ano.
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