Na tecnologia, há anos, usamos os dois termos, no entanto, embora sejam completamente diferentes a Realidade Virtual e Realidade Aumentada ainda são confundidas.
Ambas já mostraram sua importância e muitas empresas desfilam iniciativas interessantíssimas da sua aplicação. Certamente, aquelas que não desejam ficar para trás e estão planejando começar a utilizar as tecnologias com os atuais hardwares e softwares precisam compreender, de uma vez todas, suas diferenças para conseguir tirar o melhor de cada uma delas.
Para isso, neste post vamos falar: - As diferenças e pontos em comum; - O que é a Realidade Virtual; - O que é a Realidade Aumentada; - Suas aplicações; - Como elas se unirão; - O seu desenvolvimento.
O que elas têm em comum
Resumidamente, as duas ampliam e alteram nossa experiência sensorial com conteúdos virtuais.
A Realidade Virtual e Realidade Aumentada alteram nossa percepção do mundo, ou uma parte dele. Inegavelmente, ambas são maravilhosas opções para inovar as formas de experimentar produtos e interagir com as marcas.
Dessa forma as tecnologias possibilitam experiências de consumo impactantes e envolventes.
Quais são as diferenças?
Gerar experiências é o ponto em comum, mas cada uma fará isso de uma maneira diferente. Uma é totalmente imersiva, a outra apenas parcial.
Enquanto a Realidade Virtual te tira do seu ambiente e te leva para outro, totalmente virtual como o nome sugere, a Realidade Aumentada te deixa exatamente onde se está, mas insere componentes no ambiente. Esses componentes podem ser objetos, vídeos, textos, objetos 3D, animações e outros.
Para vivenciar essas experiências a Realidade Virtual faz uso de óculos ou capacetes de imersão. Ela limita totalmente a visão do usuário do mundo real e o transporta para o universo criado.
Enquanto isso, a Realidade Aumentada pode utilizar-se apenas da tela de um smartphone ou tablet. Isso causa outra grande diferença: o custo.
Como é a Realidade Virtual?
A Realidade Virtual, ou apenas VR, envolve o usuário em 360° e em três dimensões, levando-o a uma ‘ilusão’. Tudo ao redor é substituído por conteúdo virtual, em elementos que imitam perfeitamente o mundo real.
Ou seja, a realidade virtual é uma interface avançada, que permite um usuário usar, jogar, enxergar e interagir com um ambiente que só existe diante aos olhos dele.
Mesmo sem uma conexão física os objetos podem ser manipulados, recriando sensações de realidade.
Imagine só em quantos setores e formas a VR pode ser aplicada:
– Jogos: muito usada em games de primeira pessoa, simulando cenários e colocando o jogador dentro do game;
– Turismo: é possível conhecer cidades, pontos turísticos ou museu e passear por eles;
– Treinamentos: já é usada em simulações que demandam um ambiente específico, como no caso de soldados e pilotos de avião;
– Jornalismo: com registros fotográficos e de vídeos em 360°, recriando e aproximando o público do fato;
– imobiliário: o cliente pode sentir o ambiente, caminhar por ele e ter uma noção exata das suas dimensões, ou ver e se deliciar com a vista do imóvel;
– Entretenimento: ir a um show ou a uma partida de futebol mesmo estando a quilômetros de distância e poder sentir a empolgação da galera.
Se irmos mais além não é difícil relacionarmos a Realidade Virtual com outros setores, como: educação; arquitetura, design de interiores, fotografia, saúde e etc.
E a Realidade Aumentada?
AR, ou realidade aumentada, é aplicação do virtual no mundo real. Com ela, basicamente, olhamos para o ambiente em que estamos e podemos enxergar elementos que não estão ali.
Lembra do Pokémon Go? Nós os víamos, mas eles não estavam ali de verdade, certo? É a AR e seu princípio básico: integrar informação virtuais com a realidade.
Além dos pokemons, certamente, você já viu outras aplicações da Realidade Aumentada. A indústria de móveis é um bom exemplo, com a tecnologia é possível apontar o celular para um canto vazio da sua casa e ver como determinada mesa ficaria ali, por exemplo. Pela câmera do celular também é possível medir ambientes, sem esticar nenhuma fita métrica.
Provavelmente você já interagiu com a Realidade Aumentada pelos filtros do Instagram Stories ou Snapchat. Eles são exemplos comuns da aplicação, por meio das animações e acessórios que sobrepõem-se as imagens captadas pela câmera do smartphone.
Locais turísticos também são ótimos para a aplicação, possibilitando que o visitante visualize informações adicionais ou então para demarcar o caminho.
Semelhantemente, na educação também há grandes possibilidades.
E o melhor de tudo, para usar é preciso apenas um aparelho móvel compatível com aplicativos de Realidade Aumentada. No entanto, mesmo que dispensável, já existem dispositivos específicos para isso, levando a tecnologia para outro nível.
Realidade Virtual e Aumentada poderão se juntar?
Sim! A tendência é que no futuro ambas as tecnologias sejam cada vez mais similares, a ponto de não ser possível distingui-las, ou ser irrelevante tentar.
A combinação da Realidade Virtual e Realidade Aumentada é descrita pelo termo Realidade Mista, ou MR, que combina a sobreposição da realidade aumentada no mundo real com a capacidade da realidade virtual de inserir elementos gráficos e digitais sobre a tela de visualização.
O conceito de Realidade Mista é bastante usado pela Microsoft, desenvolvedora do Hololens, que a exemplifica na área da saúde, em cirurgias com duas equipes remotas ou durante aulas, por exemplo.
O iOS 12 da Apple, também mistura o mundo virtual com o real com suporte para detecção e rastreamento de imagens e objetos 3D e aplicação automática em app.
Como produzir conteúdo?
O conteúdo virtual é desenvolvido em ferramentas de modelagem e renderização 3D. Os softwares para isso já estavam no mercado mesmo antes do surgimento da Realidade Virtual e Realidade Aumentada.
Basicamente, para o desenvolvedor de conteúdo digital a adaptação aos conteúdos imersivos não é tão complexa. Embora, os materiais como fotografias e vídeos precisem ser captados por câmeras em 360°, no caso da Realidade Virtual.
Já a Realidade Aumentada suporta o uso de imagens e vídeos convencionais.
Desenvolvimento de softwares e aplicativos
No quesito plataforma de desenvolvimento há semelhanças em ambas as tecnologias.
No entanto, a possibilidade de uso da Realidade Aumentada por dispositivos móveis diminui seu custo e a torna favorita e acessível, diferente da Realidade Virtual que exige um aparato tecnológico maior e muito mais caro.
Falando de desenvolvimento de Realidade Aumentada ela ocorre de forma parecida de um leitor de QR-Code, que ao ser lido realiza uma ação.
A RA também faz a leitura de informações, no caso de um Marcador. Um Marcador é uma imagem, de qualquer tipo: uma logomarca, um rótulo, uma embalagem, uma capa de revista, um produto ou um cartão de visitas. Sempre que a câmera do dispositivo for apontada ele, o conteúdo será exibido.
Obviamente, é preciso um aplicativo para fazer essa leitura, e um desenvolvido especialmente para aquele Marcador, ou seja, cada empresa precisa do seu.
Na verdade, já há esforços para mudar isso. Google e a Apple lançaram plataformas de Realidade Aumentada: ARCore e ARKit, que dispensam a leitura dos Marcadores, no entanto, essa tecnologia só está disponível nos celulares capazes de medir a profundidade das fotos, os que têm duas câmeras traseiras.
A tecnologia está avançando para que a Realidade Virtual e Aumentada esteja cada vez mais presente.
E agora que você já entendeu a diferença entre as duas tecnologias já pode se perguntar: Como posso aplicar uma delas para melhorar a experiência do meu usuário?