Já imaginou uma metodologia em que sua empresa possa validar suas ideias de design, utilizando uma equipe reduzida, em um período de apenas 5 dias? Pois esse método já existe: é o Google Design Sprint (também chamado simplesmente de Sprint).
Este método, criado pelo designer Jake Knapp (em parceria com John Zeratsky e Braden Kowitz) em sua passagem pela Google, tem sido adotado por grandes empresas. Mas como funciona na prática? Como ele se aplica exatamente?
Para saber mais, continue a ler este artigo.
O que é o Design Sprint?
A ideia principal do Design Sprint é, através de uma equipe reduzida, propor soluções, identificar oportunidades e construir protótipos em apenas 5 dias.
Esta metodologia é uma espécie de evolução de um método de criação muito popular: o brainstorming (tempestade de ideias, em tradução livre), no qual os colaboradores vão sugerindo ideias livremente para depois selecionar as melhores.
Todavia, Jake Knapp reserva críticas a esse método. Nas palavras do próprio Knapp: “Brainstorms são divertidos, as pessoas terminam o dia cansadas mas animadas, donas de uma pilha de post-its cheio de ideias para resolver o problema.
Mas as ideias que surgiam dessas sessões de brainstorm nunca iam a lugar nenhum. Não é que estivéssemos tendo ideias ruins — a maioria das ideias era boa, na verdade. Mas o problema é que as melhores ideias vinham surgindo de outro lugar que não ali”.
Com essas questões em mente, Jake e sua equipe criaram o Design Sprint, como uma forma aperfeiçoada de criar e validar ideias.
História
Jake Knapp, após uma passagem pela Microsoft, foi contratado pela Google em 2007, para trabalhar em produtos como o Gmail e o Google Hangouts.
No ano de 2010, foi criado o Design Sprint, com base na crescente necessidade de inovação. Desde então, o método tem sido usado por grandes empresas como The New York Times, Lego e Slack.
Jake escreveu um livro sobre essa metodologia que se chama “SPRINT”, publicado em 2016. A publicação tornou-se um Best Seller, traduzido em mais de 20 idiomas, incluindo o português (foi lançado no Brasil pela editora carioca Intrínseca em 2017).
Como funciona? E como os dias se dividem?
Após uma série de testes com diferentes prazos, os criadores do Design Sprint chegaram a um período ideal de 5 dias, divididos em 40 horas semanais (8 horas por dia) de trabalho intensivo e exclusivo para o projeto, realizado por uma equipe multidisciplinar.
O espaço deve ser confortável e incluir material de escritório suficiente (papéis, canetas, post-it), lanches e água. É recomendado que não se use telefones celulares durante os sprints, salvo durante os intervalos.
Além disso, seus criadores sugerem atividades específicas para cada um dos dias, que serão explicados a seguir:
Primeiro dia: Unpack
Unpack é uma palavra que pode ser traduzida como “desempacotar”. E, como diz o nome, esse é o dia de conceber as ideias iniciais, colher opiniões, destrinchar as questões e definir prioridades, sendo que cada membro da equipe contribui com seu conhecimento específico.
Uma vez definidas, toda a equipe contribui apontando oportunidades de melhoria, questões técnicas, enfim, os pontos a serem direcionados no restante do processo.
Segundo dia: Sketch
Sketch é uma palavra em inglês que pode ser traduzida como rascunho ou esboço.
De todas as fases, essa é a que mais lembra o brainstorming. Porém, há uma diferença fundamental: além dos participantes proporem ideias, eles são incentivados a buscar soluções.
Esses rascunhos são reunidos ao final do dia e é feita uma votação democrática em que a equipe seleciona as melhores soluções.
Terceiro dia: Decide
Neste dia, é feita uma seleção e refinamento das soluções votadas no dia anterior. Ao final do processo, deve haver um acordo sobre qual das soluções merece ser prototipada e seguir adiante.
Quarto dia: Prototype
O nome é autoexplicativo: o quarto dia será usado para desenvolver um protótipo de média ou alta fidelidade até o final do dia. Portanto, o planejamento deve ser eficiente para que o protótipo esteja pronto a tempo.
Quinto dia: Test
O quinto e último dia serve para testar o protótipo junto a usuários reais. Ao fim do dia, o feedback dos usuários é discutido. Caso o projeto não tenha sido bem-sucedido, o conhecimento adquirido em todo esse processo será valioso para os próximos projetos.
Qual o tamanho ideal da equipe de Sprint?
Os criadores estimaram que uma equipe ideal deve gravitar em torno de sete profissionais, desde que essas pessoas possam se dedicar ao projeto em tempo integral.
Quem deve estar em uma equipe de Sprint?
É recomendado que a equipe seja composta de: um especialista técnico, um gerente de produto, um facilitador (que preferencialmente deve ser alguém de fora da empresa, pois organizará o andamento do sprint, enquanto o resto da equipe está focada no processo), um tomador de decisões (normalmente o CEO ou algum Stakeholder) e, ao menos, um especialista em design. Além de profissionais de áreas-chave que podem variar de acordo com o projeto.
De resto, Knapp recomenda a inclusão de um “encrenqueiro” (Troublemaker no original) – “pessoas inteligentes que têm opiniões contrárias fortes” e também de profissionais visitantes para auxiliar a equipe principal.
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