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Desenvolvimento da funcionalidade pix para apps bancários
Desenvolvimento da funcionalidade pix para apps bancários

Desenvolvimento da Funcionalidade Pix para aplicações bancárias: por onde começar?

O desenvolvimento da funcionalidade Pix em produtos digitais financeiros requer o cumprimento de diversas etapas, além de exigir uma verdadeira ‘passagem de bastão’ entre TI e órgãos reguladores. Isso faz com que muitos negócios busquem por empresas especializadas para tal, mesmo tendo uma equipe interna de desenvolvimento. 

Dessa forma, entender sobre esse processo, suas características e regras, é crucial para desenvolver estratégias robustas e facilitar o desenvolvimento. Desta forma, é possível oferecer aos usuários, com agilidade, uma experiência de pagamento instantânea, segura e completa. 

Continue sua leitura e saiba mais.

O que é Pix e por que ele é tão importante? 

O Pix é um sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central do Brasil. Ele foi criado para que as pessoas e empresas façam transferências e pagamentos entre bancos de forma rápida, segura e gratuita, a qualquer hora e dia da semana.

Para empresas do mercado financeiro, o Pix representa uma oportunidade de oferecer aos seus clientes uma experiência ainda mais completa. Afinal, antes do seu desenvolvimento, os clientes precisavam pagar taxas para realizar qualquer transação, e realizá-las em dias e horários comerciais. 

Criada em 2020, a nova funcionalidade se consolidou no mercado e ganhou a confiança do consumidor. Consequentemente, ela se tornou determinante para a competitividade do setor financeiro e de meios de pagamentos, visto que os clientes passaram a optar por marcas que a oferecessem.

Todos os bancos podem oferecer o Pix?

Para oferecer a funcionalidade Pix, as instituições financeiras e de pagamento precisam se adequar a critérios específicos. 

Por outro lado, para aquelas que oferecem contas transacionais, ou seja, contas que podem realizar ou receber pagamentos instantâneos, é possível participar do Pix como provedoras, em dois casos:

  1. Instituições de pagamento que tenham menos de 500 mil contas podem participar de forma opcional. Quando atingem 500 mil contas, devem solicitar adesão ao Pix em até 90 dias.
  1. Para instituições autorizadas pelo Banco Central com mais de 500 mil contas ativas, a participação no Pix é obrigatória e deve abranger a iniciação e recebimento de pagamentos por meio de dados como chave Pix, leitura de QR Code, e Pix copia e cola. Essa obrigatoriedade visa ampliar o acesso da funcionalidade para uma parcela maior da população.

O Banco Central estabeleceu os critérios e modalidades de participação no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT) por meio da Resolução BCB n°1.

Fonte: BCB

Tenho uma instituição financeira. Como começo?

O Banco Central anunciou uma atualização significativa nas normas que regem os procedimentos de adesão ao Pix por parte de instituições financeiras ou de pagamentos, buscando aprimorar a integração dessas entidades à inovadora ferramenta de pagamentos instantâneos. 

A instrução normativa detalhando as medidas, assim como os formulários de requisição, foi publicada na edição de 1º de agosto de 2022 do Diário Oficial da União (DOU). Conforme a portaria, o processo de adesão ao Pix foi estruturado em três partes distintas: cadastral, homologatória e operação restrita. Cada uma dessas etapas envolve uma série de regras, deveres e prazos que determinam a possibilidade de integração da ferramenta na instituição interessada. 

Além disso, a portaria estabelece procedimentos específicos para a realização de testes de legitimação no Diretório de Identificadores de Contas Transicionais (DICT) para a validação de QR Codes, serviços de saques e pagamentos relacionados ao Pix.

Confira a seguir as etapas!

1. Primeira etapa

As instituições devem enviar um formulário contendo informações sobre o requisitante, sendo aceitas apenas solicitações com o CNPJ da matriz. A etapa cadastral inclui também a indicação de um diretor responsável pelos assuntos relacionados ao Pix e ao Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI). Os documentos são encaminhados ao Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) por meio do protocolo digital.

2. Segunda etapa

A homologatória exige testes obrigatórios em diversas áreas para garantir o adequado funcionamento do Pix, incluindo testes formais no SPI, de homologação no DICT, entre o participante indireto no SPI e seu liquidante, e verificação das soluções para os usuários finais.

3. Terceira etapa

Denominada operação restrita, essa etapa envolve a oferta do serviço a uma quantidade limitada de pessoas. Durante a primeira fase, o Pix deve ser disponibilizado para até 30% dos clientes da instituição, aumentando para uma porcentagem maior do que 30% e até 70% na segunda e última fase. Os selecionados para participar da operação restrita devem refletir a base total de clientes por natureza jurídica, idade e distribuição geográfica.

Com isso, finalizadas todas as etapas, o Decem definirá e comunicará, em um período de duas a oito semanas, a data de ativação da instituição financeira ou de pagamentos no ambiente de produção do Pix. Essa abordagem abrangente visa assegurar a eficiência, segurança e pleno funcionamento do Pix no cenário financeiro nacional.

Pix direto ou Pix indireto: entenda a diferença

Agora que você já sabe quais são as etapas de adesão do Pix, é importante falarmos sobre os dois tipos de participantes: participantes diretos e participantes indiretos.

  • Participantes diretos são instituições financeiras e de pagamentos que possuem conta no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI). Elas podem iniciar e receber pagamentos Pix diretamente. Exemplos disso são bancos digitais como o Nubank, que conta com mais de 90 milhões de usuários ativos e tornou-se a 4º maior instituição financeira do país.
  • Já os participantes indiretos são empresas que não possuem conta no SPI. Elas podem oferecer Pix aos seus clientes por meio de um participante direto, que é chamado de provedor de infraestrutura de Pix. 

A principal diferença entre Pix direto e Pix indireto é a forma como as transações são realizadas. No Pix direto, a transação é feita diretamente entre as duas partes envolvidas. No Pix indireto, a transação é feita entre o cliente e o provedor de infraestrutura de Pix, que, por sua vez, realiza a transação com o destinatário.

Além disso, outra diferença entre Pix direto e Pix indireto é o custo. O Pix direto é geralmente mais barato para a instituição financeira do que o Pix indireto, pois o participante direto não precisa repassar o custo do serviço ao provedor de infraestrutura. 

Por que o desenvolvimento da funcionalidade Pix é um desafio para empresas financeiras?

1. Complexidade Técnica

A natureza instantânea do Pix demanda uma infraestrutura técnica sofisticada. A integração com o SPI e a implementação de medidas de segurança robustas são requisitos técnicos que exigem especialização e precisam ter toda a atenção.

2. Custo

O desenvolvimento da infraestrutura pode representar um investimento significativo. Recursos humanos altamente qualificados, equipamentos de ponta e tecnologia escalável são imperativos para garantir uma implementação eficaz e estável no decorrer do crescimento da empresa. 

3. Tempo

O processo de homologação junto ao Banco Central pode estender-se por até 30 dias, enquanto o desenvolvimento da funcionalidade Pix no aplicativo pode consumir semanas ou até meses.

4. Requisitos Legais

Cumprir as normas do Banco Central e regulamentações legais, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), adiciona uma camada adicional de complexidade e responsabilidade ao projeto.

Estratégias para superar os desafios

Integração com o SPI:

Enfrentar a complexidade da integração com o SPI pode ser facilitado ao contar com uma equipe técnica altamente qualificada. A contratação de profissionais especializados é uma medida eficaz para superar desafios técnicos.

Implementação de segurança:

Investir em medidas de segurança robustas, como criptografia avançada e autenticação de dois fatores, é essencial. Uma abordagem proativa para a segurança reduzirá os riscos de exposição de dados.

Desenvolvimento de uma interface intuitiva:

A usabilidade do aplicativo é crucial para o sucesso da funcionalidade Pix. Testes contínuos de usabilidade e feedback do usuário são fundamentais para garantir uma experiência intuitiva.

Testes e validação:

Uma fase rigorosa de testes é vital para identificar e corrigir potenciais problemas antes do lançamento. Garantir que a funcionalidade Pix atenda às expectativas dos usuários é essencial.

O que fazer se sua empresa precisa de apoio especializado para o desenvolvimento Pix?

Como vimos, os processos para a participação e implementação da funcionalidade Pix são muitos e envolvem diversos pontos de contato que precisam de integração. 

Em se tratando do Desenvolvimento de Software, a empresa também precisa estar atenta a todas as demais necessidades do usuário, contando com um core banking completo, ou seja, com todos os serviços financeiros essenciais. 

Não é incomum, por exemplo, que empresas que desejam desenvolver carteiras digitais ou apps financeiros, tenham dificuldade em criar aplicações funcionais, seguras e sem erros de execução. 

Além disso, para negócios que buscam uma abordagem personalizada e um desenvolvimento de altíssima performance, mas não contam com expertise interna, a escolha ideal e mais econômica é procurar uma empresa especializada no desenvolvimento de soluções financeiras. Ainda melhor, que sejam experientes na funcionalidade Pix.

Isso pode garantir benefícios como: 

  1. Consultoria: fornecem orientação sobre requisitos e desafios específicos;
  2. Desenvolvimento: criam soluções Pix adaptadas às necessidades da empresa, além de todo o core bancário da aplicação;
  3. Mediação: com uma empresa especializada, é possível mediar os pontos de contato que tornam a homologação possível;
  4. Implementação: asseguram a integração eficiente no aplicativo, sem erros. 
  5. Redução do tempo: com um Desenvolvimento de Software bancário ágil, você conta com toda a memória de trabalhos já executados, reduzindo o tempo do projeto. 

Quer saber como a UDS te ajuda nisso? 

Planejamento estratégico e execução detalhada

Ao enfrentar esses desafios, é crucial um planejamento meticuloso e uma execução atenta. Contar com uma equipe altamente qualificada, investir em segurança e escolher as opções certas para as necessidades específicas da empresa são elementos-chave para o sucesso na implementação da funcionalidade Pix.

Com isso, ao superar os desafios com estratégia, as fintechs podem oferecer aos usuários uma experiência de pagamento inovadora e eficiente, consolidando sua posição no cenário financeiro digital.

Um exemplo prático: confira como o Bullla destravou a funcionalidade Pix e criou um app completo

Para evoluir seu aplicativo financeiro o Bullla, 1ª fintech de crédito entre pessoas físicas, convidou a UDS para ser seu braço em expertise e tecnologia de desenvolvimento. Um dos principais desafios da empresa era o desenvolvimento da função PIX, além das demais funcionalidades bancárias essenciais. 

A UDS mobilizou uma squad multidisciplinar, empregando tecnologias avançadas como Flutter para desenvolvimento multiplataforma de aplicativo, e C# para identificação ágil de erros. Tudo isso permitiu uma entrega completa, funcional, concluída em apenas 1 ano. 

Dessa forma, graças à combinação de tecnologia de ponta e conhecimento específico, a UDS não apenas entregou a solução desejada três vezes mais rápido do que se executado internamente, mas também fez toda a mediação necessária para que a empresa atingisse seu objetivo. 

Quer ficar por dentro do passo a passo dessa história?

Tainá Aquino

Jornalista, especialista em copywriting e estrategista de conteúdos de tecnologia na UDS.

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