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As 10 Heurísticas de Nielsen
As 10 Heurísticas de Nielsen

As 10 Heurísticas de Nielsen: guia para melhorar a usabilidade de interfaces

A usabilidade é um dos fatores mais importantes para o sucesso de um produto ou serviço digital. Quando uma interface proporciona uma boa experiência ao usuário, significa que ela é fácil de usar e entender, permitindo a realização de tarefas de forma rápida e eficiente. Mas como analisar algo tão subjetivo? Foi com esse objetivo que foram criadas as Heurísticas de Nielsen. 

Elas são princípios que podem ser usados para avaliar a usabilidade de uma interface. Elas foram desenvolvidas por Jakob Nielsen, Cientista da Computação, e Rolf Molich, Designer de Interação.

As 10 Heurísticas de Nielsen são: 

  • Visibilidade do status do sistema;
  • Correspondência entre o sistema e o mundo real;
  • Controle e liberdade do usuário;
  • Consistência e padrões;
  • Prevenção de erros;
  • Reconhecimento ao invés de memória;
  • Flexibilidade e eficiência de uso;
  • Estética e design minimalista;
  • Recuperação diante de erros;
  • Ajuda e documentação.

Agora que você já conferiu um breve resumo do tema, continue sua leitura para conhecer melhor o conceito de usabilidade, sua evolução ao longo do tempo, e entender as características de cada heurística.

Mas antes, por que a usabilidade é tão importante? 

Interfaces usáveis são aquelas que permitem aos usuários realizar tarefas de forma eficaz, eficiente e satisfatória. Ao criar produtos que seguem os princípios de usabilidade, os designers garantem que os usuários possam interagir intuitivamente com o sistema, reduzindo a curva de aprendizado e aumentando a produtividade. 

Além disso, a usabilidade contribui para a fidelidade do usuário, uma vez que experiências positivas fortalecem a relação entre o usuário e a interface. Um design usável não apenas atende às necessidades funcionais, mas também considera aspectos emocionais, promovendo uma experiência fluida e agradável. 

Em última análise, a usabilidade não é apenas uma métrica técnica, mas uma peça central na criação de interfaces que não apenas realizam tarefas, mas também encantam e cativam os usuários.

Por outro lado, um produto ou serviço com usabilidade ruim pode ter uma série de problemas, incluindo:

  • Perda de usuários: usuários frustrados que podem desistir de usar o produto ou serviço;
  • Redução da produtividade: erros e perda de tempo, o que reduz a produtividade dos usuários;
  • Aumento dos custos: aumento dos custos de suporte ao cliente e de treinamento, além de custos de desenvolvimento devido à necessidade de refazer o produto ou serviço.
  • Perda de receita: perda de receita devido à redução das vendas ou da fidelidade dos clientes.

Surgimento das Heurísticas de Nielsen

Em 1990, Jakob Nielsen e Rolf Molich elaboraram uma série de Heurísticas baseadas em usabilidade de interfaces. Elas foram desenvolvidas para resolver problemas nas interfaces como parte de um processo de Design iterativo. As 10 Heurísticas propostas por Nielsen tornaram-se referência para avaliação de usabilidade de produtos digitais.

Os requisitos de avaliação são procedimentos que ajudam a encontrar respostas simples para perguntas difíceis. No contexto de Desenvolvimento de Software, elas funcionam como regras básicas que norteiam o fluxo de interação e devem ser consideradas desde a ideação de um produto. Isso garante uma boa UX e traz agilidade para a entrega. 

Para empresas e marcas, um produto que atende ao seu objetivo de forma eficaz e mantém o usuário engajado nas tarefas para as quais foi criado, é o que pode garantir o sucesso de um projeto. 

Por dentro as 10 Heurísticas de Nielsen

1. Visibilidade do status do sistema

De acordo com a primeira Heurística de Nielsen usuários devem sempre saber o que está acontecendo com o sistema. Isso pode ser feito fornecendo feedback claro e oportuno sobre as ações do usuário. Por exemplo, um botão deve mudar de cor quando for clicado, ou uma barra de progresso deve exibir a evolução de uma tarefa.

Um exemplo prático desse requisito é o progresso de uma série da Netflix, um vídeo no YouTube ou no Prime Vídeo. Em todos eles, se há uma boa experiência, o usuário consegue acompanhar quanto tempo da ação já foi executada e quanto ainda falta para que ela termine. 

2. Correspondência entre o sistema e o mundo real

Uma das melhores formas de aprender talvez seja fazer correlações entre objetos, criar metáforas ou simplificar conceitos abstratos a partir de exemplos da vida real. 

No universo dos produtos digitais não é diferente, e quanto mais correspondência existe, mais fácil será para o usuário atrelar informações e realizar uma ação rapidamente. 

Dessa forma, as interfaces devem usar termos e conceitos familiares aos usuários. Isso torna o produto mais fácil de entender e usar. Por exemplo, um aplicativo de calendário deve usar termos como ‘dia’, ‘semana’ e ‘mês’, gerando correspondência com o formato e organização já absorvidos pelo usuário.

3. Controle e liberdade do usuário

Essa Heurística de Nielsen complementa a primeira e fala sobre o poder de escolha. 

Para promover uma boa usabilidade, é preciso que o usuário não apenas saiba em qual etapa está de uma ação, mas também tenha a liberdade de circular, voltando para passos anteriores, por exemplo. Isso garante que ele possa sair de situações indesejadas. 

Dessa forma, oferecer opções claras de ‘desfazer’ e ‘refazer’ dá ao usuário um senso de controle. Um aplicativo de e-mail deve permitir que os usuários cancelem o envio de uma mensagem antes de clicar em ‘enviar’, por exemplo. 

4. Consistência e padrões

Nessa heurística, de forma simplificada, estamos abordando padrões. Imagine uma empresa que conta com inúmeros produtos e cada um deles têm organização, ícones e menus totalmente diferentes? O usuário certamente se sentirá perdido a cada vez que acessar uma das soluções e isso impactará na sua curva de aprendizado. 

Para evitar esse problema, os produtos de uma marca devem ter elementos da interface que sigam convenções e padrões já estabelecidos. A consistência ajuda os usuários a construir um modelo mental sólido do sistema.

5. Prevenção de erros

O usuário vai cometer erros, seja por falta de atenção ou por ainda não estar familiarizado com uma ação. Para promover uma boa usabilidade, é necessário mapear as possibilidades de erro e orientar o usuário. Por exemplo, um aplicativo de formulário deve validar os dados inseridos pelo usuário antes de enviar o formulário.

Dessa forma, para investir em uma boa usabilidade, projetos devem ser planejados de forma a evitar erros comuns. Estratégias como confirmações de ações perigosas e limites no envio de dados ajudam a prevenir equívocos.

6. Reconhecimento ao invés de memória

Ninguém gosta de repetir uma mesma ação várias vezes e esse é um exemplo de entrave de experiência que pode e deve ser evitado. 

Para isso, a heurística 6 prevê a redução de esforço cognitivo, tornando objetos, ações e opções visíveis e reconhecíveis. Isso reduz a necessidade de memorização e pode ser feito fornecendo dicas visuais ou textuais sobre as ações. Por exemplo, um botão pode ter uma imagem ou texto que indique sua função.

7. Flexibilidade e eficiência de uso

As interfaces devem ser flexíveis e eficientes de usar. Isso significa que elas devem atender às necessidades de usuários de todos os níveis de experiência. Por exemplo, um aplicativo de e-mail deve permitir que os usuários personalizem sua interface.

Projetos devem atender a uma variedade de usuários, desde novatos até usuários experientes, oferecendo atalhos e métodos de interação eficientes para ambos os grupos.

Apresentação de novas funcionalidades, tour por ferramentas e descrições claras de ações possíveis podem colaborar para uma usabilidade totalmente eficiente.

8. Estética e design minimalista

A estética desempenha um papel crucial na moldagem da experiência do usuário, e a premissa ‘menos é mais’ é central nesse contexto. 

A limpeza e a objetividade, no Design, contribuem significativamente para uma interação mais fluida. Não se trata apenas da padronização dos botões, mas também da composição visual como um todo. A simplicidade na composição visual não apenas aprimora a estética, mas também facilita a navegação do usuário. 

9. Recuperação diante de erros

Essa heurística afirma que as interfaces devem permitir que os usuários se recuperem de erros. Isso significa que eles devem ser capazes de corrigir erros sem ter que reiniciar o sistema. Por exemplo, um aplicativo de banco deve permitir que os usuários cancelem uma transação se cometerem um erro.

10. Ajuda e documentação

informações de ajuda devem ser fáceis de procurar, focadas na tarefa e oferecidas no momento certo.

Exemplos são as sessões de perguntas frequentes, chatbots ou comprovantes de ações de fácil acesso para que o usuário encontre o que precisa. Manuais de uso também são exemplos práticos dessa heurística.

Benefícios além do óbvio 

As interfaces com boa usabilidade, que consideram as Heurísticas de Nielsen:

  • Redução de custos: são mais fáceis de aprender e usar, o que pode levar a uma redução dos custos de suporte ao cliente. Além disso, interfaces com boa usabilidade são menos propensas a causar erros, o que também pode levar a uma redução dos custos de desenvolvimento e de suporte ao cliente.
  • Aumento da produtividade: permitem que os usuários realizem suas tarefas de forma mais rápida e eficiente, o que pode levar a um aumento da produtividade.
  • Melhoria da segurança: podem ajudar a reduzir o risco de erros, o que pode levar a uma melhoria da segurança.
  • Acessibilidade: podem ser mais acessíveis a uma ampla gama de usuários, incluindo pessoas com deficiências.

Como aplicar isso no seu projeto?

Como vimos, uma boa usabilidade depende de muitos fatores e está para além de conhecer os requisitos essenciais de avaliação. É preciso mergulhar no universo da experiência do usuário e aplicar estratégias complementares, como pesquisas de mercado, comportamento do consumidor, testes de usuário, entre outras. 

No Desenvolvimento de Software, é de suma importância que essas estratégias sejam consideradas desde a etapa de planejamento. Ter uma equipe especializada e multidisciplinar, que possa avaliar e colaborar juntos para promover a melhor experiência possível, é a chave para o sucesso. 

Entretanto, muitas organizações podem não contar com os especialistas necessários.É isso que empresas como a UDS fazem de melhor: trazer expertise em design e tecnologia para o seu projeto. 

Quer saber mais? Entre em contato e descubra como podemos te ajudar a criar soluções digitais de alta performance em experiência do usuário.

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Tainá Aquino

Jornalista, especialista em copywriting e estrategista de conteúdos de tecnologia na UDS.

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