Os princípios do Manifesto Ágil, escrito em 2001, não mudaram e continuam norteando diversos negócios. Todavia, as empresas continuaram a buscar formas de aumentar a eficiência das metodologias ágeis, e um desses aprimoramentos foram os Squads.
Criada pela equipe do Spotify, a Metodologia Squad surgiu em 2014 como um aprimoramento das metodologias ágeis (particularmente o Scrum) e, embora recente, tem se tornado uma ferramenta importante para muitos negócios.
Mas como montar squads de TI que possam dar realmente resultado para a sua empresa? Vamos apresentar 7 etapas para montar Squads que realmente funcionam. Continue a leitura para saber mais!
Metodologia Squad: o que é, afinal?
A metodologia squad é uma nova forma de organizar o Scrum. Squad significa “pelotão” ou “esquadrão” em tradução livre, e a ideia principal é essa de juntar um time com diferentes profissionais em prol de um objetivo comum.
Enquanto uma empresa tradicional dividiria as equipes por setores ou áreas, os negócios que adotam Squads criam equipes multidisciplinares, autogerenciadas e incumbidas de objetivos específicos.
A hierarquia se torna menos rígida para a colaboração mútua ser maior: mesmo o P.O (Product Owner, ou dono do produto) é mais um organizador do que um chefe e se encontra no mesmo nível hierárquico.
Cada Squad, geralmente, é composto entre 4 a 10 profissionais com formações diferentes, mas complementares para o cumprimento da tarefa determinada.
Quando o Spotify criou e aplicou o método Squad, a proposta principal era gerar mais valor ao seu produto e, com isso, melhorar a experiência dos seus clientes.
7 etapas para construir uma Squad ágil que dê resultado
Alinhamento estrutural
A metodologia squad traz um modelo organizacional bastante diferente de uma empresa tradicional: o Spotify estruturou o modelo organizacional dividindo-o em 3 elementos: Chapters, Tribes e Guildas (além dos Squads que são a unidade básica de agrupamento).
Tribos
As tribos são a união de Squads (ou Chapters) com funções e objetivos semelhantes sendo dispostas com proximidade física na empresa para incentivar a sua comunicação.
O tamanho limite de uma tribo é de 100 pessoas e este número não é aleatório, pois é baseado nos estudos do antropólogo britânico Robin Dunbar, que estabelece 100 como o número máximo de pessoas que um indivíduo consegue manter relações sociais estáveis.
Os integrantes da tribo se encontram de maneira periódica para trocar informações, e existe a figura do líder da tribo para facilitar a sinergia.
Chapters
União de profissionais com a mesma função, os Chapters são grupos mais técnicos, formados por profissionais de um mesmo setor, por exemplo: funcionários de UX Design, da área financeira ou do desenvolvimento de softwares.
Isto significa que profissionais de diferentes Squads podem integrar um Chapter, e o objetivo principal é a troca de informações e aprendizados dentro de seus campos específicos.
Ao invés do Product Owner (P.O), os Chapter contam com um líder técnico para guiar o trabalho. Os Chapters também podem prover suporte especializado para as Tribos.
Guildas
União voluntária por interesses em comum: essa é a ideia principal por trás das Guildas: nelas, os profissionais podem ser de Squads e Tribos diferentes, mas se unem espontaneamente para trocar ideias sobre interesses compartilhados.
O nome veio das Guildas da Idade Média (também chamadas “corporações de ofício”) que eram associações de trabalhadores de uma mesma categoria (artesãos, comerciantes, entre outros).
Cada guilda possui um coordenador que organiza os encontros e pode ser formada de Chapters relacionados ao tema principal.
Conheça o seu material humano
Entenda quais são os potenciais, habilidades, competências e limitações de cada colaborador para que os Squads sejam equipes sinérgicas e possam ter o maior rendimento possível.
Os squads costumam ser integrados pelos seguintes profissionais:
- PO (Product Owner, ou o Dono do Produto é o guia de todo o processo);
- PM (o responsável pelo backlog do produto, ou seja, definir os pré-requisitos e características);
- PMO (Escritórios de Gerenciamento de Projetos);
- Desenvolvedores front-end (desenvolve as interfaces com as quais o usuário irá interagir);
- Desenvolvedor back-end (aquele que codifica e programa a estrutura do software que não está visível na interface, tornando-o funciona);
- Designer de produto;
- Squad leader (responsável pela gestão dos squads).
Integração estrutural
Deixe a sua equipe ciente das razões que fizeram a empresa escolher o modelo organizacional da metodologia Squad e determine como o trabalho conjunto será realizado na prática. A comunicação é importantíssima para o alinhamento entre todas as Squads de TI.
Integração da equipe à metodologia Squad
Talvez nem todos os seus funcionários tenham familiaridade com as metodologias ágeis em geral ou a metodologia Squad em particular. Sendo assim, eduque os seus colaboradores quanto a aplicação, o objetivo e os benefícios do modelo Squad.
Integração de OKR nos Squads
A autogestão das Squads implica que os objetivos-chave (ORK) devem ser alinhados internamente dentro delas e a divisão de tarefas deve ser bem realizada. Todos devem ter autonomia e liberdade para trabalhar.
Medição
Acompanhe o desempenho e evolução do profissional para medir o sucesso da Squad, medindo comunicação, sucesso e gargalos. Uma medição adequada é ferramenta fundamental para uma boa gestão.
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Aprendizado
Sua empresa atingindo ou não os objetivos, é sempre possível tirar lições de aprendizagem e usá-las para um aprimoramento constante tanto na aplicação das Squads quanto na evolução da própria empresa. Isso ocorre através do compartilhamento desses aprendizados entre os squads e também entre os outros círculos (guildas e tribos).
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