Conhecido também como QA (Quality Assurance), o analista de testes é o guardião da qualidade do software, o Sherlock Holmes do mundo digital. Sua missão é vasculhar cada linha de código, cada interface e funcionalidade em busca de falhas e bugs, para garantir que o software esteja pronto para enfrentar os desafios do mundo real.
A busca por um perfil qualificado nessa área pode ser um desafio para gestores de TI e RH. Entender as diferenças e atribuições dos perfis de analistas de testes júnior, pleno e sênior fará toda a diferença na hora da contratação, principalmente ao considerar as especificidades e objetivos da empresa e/ou projeto.
Continue sua leitura para saber mais sobre esses níveis, e o que você deve considerar ao buscar o QA certo para o seu projeto.
Por dentro das atribuições do Analista de Testes
Com tantos avanços e mudanças tecnológicas, garantir a qualidade do software é fundamental, especialmente considerando possíveis vulnerabilidades estruturais. É nesse contexto que o analista de testes assume um papel fundamental, atuando como guardião da qualidade e garantindo que o software atenda às expectativas dos usuários.
As atribuições do QA são abrangentes e exigem um profissional com habilidades analíticas, atenção aos detalhes e paixão pela tecnologia. Através de um processo rigoroso de testes e avaliação, o analista identifica e corrige falhas, para assegurar que o software seja confiável, eficiente e seguro.
QA júnior, pleno e sênior: as principais diferenças
Primeiramente, é importante entender a função desses termos antes de vermos as suas diferenças. Eles basicamente indicam o nível de experiência e complexidade de tarefas que o profissional pode lidar. Ou seja, é preciso estabelecer as expectativas e objetivos da empresa antes da contratação.
Embora os anos de experiência geralmente influenciem, não há regras fixas. No segmento da tecnologia, esses níveis mudam de acordo com o aprofundamento de conhecimentos em determinadas ferramentas, que pode variar de profissional para profissional.
O nível júnior, por exemplo, tem como principal característica estar começando a sua jornada na análise de testes e qualidade de software. Deve, por consequência, ter uma postura de aprendiz, ser curioso e buscar extrair o máximo de conhecimento de suas experiências.
Já o analista de testes pleno tem mais experiência e conhecimento de métodos e ferramentas, assumindo missões desafiadoras e protegendo a qualidade do software. E o QA sênior é mais autônomo, estratégico e mentor: conhece a fundo as práticas e regras do negócio, e trabalha além das soluções óbvias. Esse profissional deve ser inovador por natureza.
Vamos entender detalhadamente cada um dos níveis.
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O que faz um analista de testes júnior?
Esse nível se caracteriza por ser um profissional recém-formado ou com cerca de até 5 anos de experiência em testes. Suas habilidades são fundamentadas em conhecimentos teóricos, com uma familiaridade inicial com ferramentas básicas e a capacidade de seguir instruções.
As responsabilidades do analista de testes júnior concentram-se na execução de testes, documentação de resultados e comunicação de bugs. Sob a supervisão de um profissional mais experiente, seu foco principal é o aprendizado e desenvolvimento das habilidades básicas de testes.
Características:
- Realiza testes seguindo as instruções e procedimentos pré-definidos;
- Domina as técnicas básicas de testes;
- Registra resultados de forma precisa e concisa;
- Informa sobre bugs e problemas encontrados no software;
- Inclui screenshots, logs e descrições detalhadas para facilitar a correção;
- Participa de treinamentos, workshops e cursos sobre testes de software;
- Contribui para a qualidade do software e aprende com analistas mais experientes;
- Segue as instruções e diretrizes dos analistas experientes com atenção.
O que faz um analista de testes pleno?
Nesse nível, o profissional acumula de 5 a 8 anos de experiência. Suas habilidades evoluem para um conhecimento sólido e prático em diversos tipos de testes, incorporando experiência em ferramentas de automação e a capacidade de analisar resultados de forma mais aprofundada.
As responsabilidades ampliam-se para o planejamento e execução de testes, análise de resultados, comunicação de bugs e proposição de melhorias. Trabalhando de forma mais independente, com supervisão ocasional, o foco do analista de testes pleno está na aplicação prática desses conhecimentos para contribuir significativamente com a qualidade do software.
Características:
- Cria planos de testes completos e eficientes para diferentes tipos de software;
- Considera as melhores práticas de teste e os objetivos do projeto;
- Interpreta os resultados de forma crítica e profunda;
- Identifica padrões, tendências e oportunidades de otimização;
- Usa ferramentas de automação para otimizar os processos;
- Propõe soluções para melhorias e construir consenso com a equipe de desenvolvimento;
- Resolve problemas complexos e impacta positivamente a qualidade do software;
- Trabalha de forma independente em muitos aspectos, com supervisão ocasional;
- Oferece mentoria de analistas de testes júnior, transmitindo conhecimentos e experiências;
- Busca aperfeiçoar suas técnicas e conhecimentos em testes de software.
O que faz um analista de testes sênior?
No patamar sênior, o QA possui uma sólida bagagem de mais de 8 anos de experiência no campo. Suas habilidades atingem o status de especialista em testes de software, e ele domina ferramentas avançadas e demonstra capacidade de liderança de equipes.
As responsabilidades transcendem a execução prática de testes, envolvendo a definição estratégica de testes, gerenciamento eficaz da equipe, análise de resultados aprofundada, comunicação eficiente com stakeholders e a proposição de soluções inovadoras para otimizar o processo de testes. Trabalhando de forma autônoma, o foco principal desse profissional está na liderança, mentoria e na busca constante pela otimização do processo de testes.
Características:
- Define estratégias abrangentes para os testes, alinhando-as com os objetivos da empresa e as melhores práticas da indústria;
- Possui uma visão holística e estratégica do processo de testes;
- É um líder inspirador que guia e motiva a equipe;
- Interpreta os resultados de testes complexos de forma crítica e profunda.
- É um especialista em análise de dados de testes;
- Tem expertise em ferramentas avançadas de testes, como frameworks de automação, ferramentas de análise de desempenho e testes de segurança;
- Propõe soluções inovadoras para aprimorar o processo de testes, otimizando o tempo, os recursos e a qualidade do software;
- Apresenta insights valiosos para stakeholders de forma eficaz, utilizando linguagem acessível e dados concretos para embasar decisões;
- Liderar iniciativas de melhoria contínua no processo de testes;
- Fornece mentoria e treinamento avançado para a equipe;
- Trabalha de forma autônoma, tomando decisões estratégicas;
- É um profissional confiável e autogerenciado que assume total responsabilidade por seus projetos.
→ Leia também: 10 ferramentas para teste automatizado de software.
O que considerar antes de contratar?
Formar a squad ideal não é fácil e cada papel é importante, especialmente quando falamos do ciclo de desenvolvimento de software, que precisa ser monitorado e testado em todas as suas etapas. Isso, por si só, já reforça a importância do QA para o sucesso da produção ede um produto digital. Abaixo você confere alguns pontos a serem considerados para escolher o nível adequado de analista de testes.
Complexidade do projeto
No geral, quanto maior complexo o software, maior a necessidade de especialização. Projetos complicados, com requisitos técnicos avançados e interdependências complexas, precisam de QAs experientes. A expertise desses profissionais é essencial para lidar com os desafios específicos e garantir qualidade em todas as etapas do desenvolvimento.
Tamanho da equipe
Squads mais extensas podem se beneficiar significativamente da liderança de um analista de testes sênior. Este profissional não apenas contribui com sua vasta experiência, mas também desempenha um papel fundamental na coordenação e orientação dos membros da equipe. Sua presença pode assegurar a uniformidade nas práticas de garantia de qualidade e promover uma abordagem consistente em todo o ciclo de desenvolvimento.
Metodologia
A escolha da metodologia de garantia de qualidade também influencia a necessidade de profissionais mais experientes. Metodologias ágeis, conhecidas por sua abordagem flexível e iterativa, podem exigir QAs com um conjunto específico de habilidades. A adaptabilidade e a capacidade de trabalhar em estreita colaboração com equipes de desenvolvimento são essenciais. Nesse contexto, QAs experientes desempenham um papel crucial, oferecendo orientação e expertise para garantir que a metodologia ágil seja implementada de maneira eficaz.
Tempo de onboarding
Deve-se levar em conta o período disponível para a integração, especialmente em projetos com prazos curtos. Profissionais mais experientes tendem a ter um processo de adaptação mais suave e eficiente. Sua experiência facilita a assimilação às demandas do projeto em um tempo mais breve.
Em resumo, a combinação certa desses fatores orientará a seleção de QAs experientes, assegurando uma abordagem adaptada às necessidades específicas de cada contexto de desenvolvimento.
Senioridade em grandes projetos
Em projetos amplos de desenvolvimento de software, a presença de analistas sêniores é crucial para o sucesso, pois pode ser determinante para uma entrega eficiente e qualificada.
Na UDS Tecnologia, a gente reconhece a importância de uma equipe majoritariamente composta por esses profissionais, cuja liderança, compreensão técnica e comprometimento contribuem diretamente para a eficiência e qualidade dos projetos.
Apesar dos desafios comuns na busca por talentos, a UDS está pronta para compartilhar sua expertise em recrutamento e tecnologia.
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