Quando um cliente busca uma Software House como a UDS para desenvolver uma aplicação, é comum que a escalabilidade seja uma preocupação. Não à toa, já que é esperado que o negócio cresça em quantidade de clientes, picos de transações ou outros indicadores. Nesse contexto, é fundamental que o software se adeque e garanta a total disponibilidade da operação. Sem lentidão e sem quedas.
A depender do segmento, como aplicações financeiras, garantir a consistência do produto se torna uma questão ainda mais crítica, pois impacta diretamente no lucro e na reputação do negócio. Já pensou no prejuízo de ter um banco digital fora do ar? Sem contar na chuva de comentários e reclamações que seria preciso enfrentar nas redes sociais.
Para atender a essa necessidade, o Desenvolvimento de Software com microsserviços surge como alternativa à arquitetura monolítica tradicional, onde o software é uma única unidade coesa. A abordagem de microsserviços divide a aplicação em pequenos serviços independentes, o que facilita sua escala, manutenção e adiciona novas camadas de segurança.
Neste artigo, vamos explorar os desafios e vantagens de desenvolver software com microsserviços. Continue sua leitura e saiba mais.
Monólitos vs Microsserviços: quais as diferenças?
Considere uma carteira digital com diversos serviços financeiros disponíveis, onde uma abordagem monolítica representaria todo o software envolvido, desde a interface do usuário até a gestão de transações e segurança, como uma única entidade integrada. Isso seria comparável a ter uma única ‘caixa preta’ controlando todos os processos da carteira digital.
Quando o negócio cresce e mais usuários se cadastram, ou realizam mais transações na plataforma, a infraestrutura deveria ser aumentada para atender essas necessidades específicas (em nosso exemplo, cadastro e transações), gerando mais custos de forma contextual e bem direcionada à esse crescimento do negócio.
Em uma estrutura monolítica isso não é possível. Mesmo para atender necessidades específicas, a infraestrutura do software inteiro precisaria ser aumentada, justamente porque ele é indivisível. Em suma, isso gera custos de infraestrutura desnecessários em todas as áreas software, apenas para atender àquelas que realmente precisaram desse aumento.
Caso uma funcionalidade fique indisponível, por qualquer motivo, toda a aplicação fica fora do ar.
Ao adotar uma arquitetura de microsserviços, a carteira digital citada no exemplo dividiria sua operação em diversos serviços independentes: um microsserviço seria responsável por cadastros, outro(s) por transações, outro pela segurança, e assim por diante. Em vez do software ser ‘uma única caixa preta’ e indivisível como é na arquitetura monolítica, cada microsserviço funciona como ‘uma caixa menor e independente das outras’, dedicada a uma função específica.
Isso permite que, mediante aumento de usuários ou transações, apenas a infraestrutura de um microsserviço específico seja aumentada. Além de ganhos com escala, a independência entre os microsserviços permite manutenção mais fácil do software, menos custo e flexibilidade ao ambiente da carteira digital.
Mesmo em negócios digitais menos críticos, como um app de streaming de música, por exemplo, o Desenvolvimento de Software baseado em monólitos não é indicado, se a empresa deseja ter um produto flexível, que atenda as necessidades do negócio e evolua ao longo do tempo com custo-benefício . Além do mais, independente da área de mercado, produtos digitais com muitos usuários e requisições se tornam alvo de ataques cibernéticos, cenário em que é extremamente conveniente contar com uma arquitetura baseada em microsserviços para evitar que toda a aplicação seja atacada.
Confira as características de cada arquitetura:
Arquitetura Monolítica | Arquitetura de Microsserviços | |
Complexidade | Mais complexa e centralizada. | Menos complexas, granulares. |
Organização | Menor devido à indivisibilidade. | Subdivisões que aferecem organização. |
Independência | Pouca independência entre as funções. | Alta independência entre as funções/serviços. |
Acoplamento | Alto acoplamento com serviços indivisíveis. | Baixo acoplamento com serviços independentes e autônomos. |
Comunicação | APIs complexas | APIs simplificadas |
Manutenção | Mais difícil, demorada e mais cara. | Mais fácil, focada em serviços específicos, portanto mais rápida e barata. |
Desenvolvimento | Ciclo de desenvolvimento mais lento. | Ciclo de desenvolvimento ágil e focado. |
Escalabilidade | Escala Vertical:Requer mais infraestrutura (CPU, memória, disco, etc) para o software inteiro, independente da parte que precisa escalar. | Escala Horizontal: Baseada em Engenharia de Software. Requer mais infraestrutura apenas para a parte que precisa escalar. Capaz de distribuir a demanda entre vários “clones” do servidor e manter-se estável. |
Segurança | Mais vulnerável a ataques que deixem toda a aplicação fora do ar. | Menos segura com proteções específicas para cada microsserviço. Instabilidade em um microsserviço não afeta os demais. |
Os desafios por trás da arquitetura microsserviço
Para além do aumento de escala, a escolha pelos microsserviços traz consigo desafios que merecem atenção. Afinal, o aumento na quantidade de elementos pode complicar a infraestrutura, e gerenciar APIs requer cuidado para garantir integrações eficazes.
Dessa forma, a coordenação entre equipes de Desenvolvimento e Operações (DevOps) é vital e exige uma cultura de colaboração e troca de conhecimento, o que reforça a necessidade de ter profissionais preparados para atuar nesse tipo de projeto.
Alguns desafios comuns para as empresas são:
- Capacidade técnica: necessidade profissionais especialistas para desenvolver e manter arquiteturas de software baseadas em microsserviços;
- Migrar arquiteturas atuais: muitas empresas têm softwares antigos e importantes com arquitetura em monólito, e projetos de migração para microsserviços podem ser desafiadores para tais equipes;
- Priorização: o tempo das equipes de desenvolvimento é focado em atender as demandas das áreas de negócio e resolver problemas atuais, em detrimento de evoluir o padrão arquitetural. Em muitos casos, migrar para microsserviços se torna prioridade apenas quando algum problema crítico é identificado;
- Seguir boas práticas: desafios em estabelecer e conciliar as melhores práticas de desenvolvimento na equipe com a cultura, rotina, processos e ferramentas atuais;
- Gestão de infraestrutura: gerir ambientes On Premise ou Cloud distribuídos que requerem conhecimentos específicos para ter custo-benefício;
- Monitoramento e observabilidade: identificar problemas rápido em ambientes distribuídos e saber como agir frente a eles;
- Segurança: implementações específicas e robustas para proteger microsserviços contra ataques e acessos não autorizados.
Mediante necessidade de migrar ou desenvolver um software com microsserviços, quando não há uma equipe interna disponível ou especializada para desenvolvimento, é possível contratar uma empresa focada para esse projeto. Além de garantir a qualidade técnica do desenvolvimento, pode gerar economia, economizar tempo, mantém as equipes internas focadas nas demandas atuais e agregar conhecimento a elas.
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Vantagens do desenvolvimento com microsserviços
A escolha pelo Desenvolvimento de Software com microsserviços vai além de considerações meramente técnicas e representa uma revolução nas práticas de desenvolvimento. Vamos examinar os benefícios dessa abordagem.
1. Agilidade
A fragmentação em microsserviços proporciona a formação de squads pequenas, autônomas e responsáveis por funcionalidades específicas. Operando em contextos claramente definidos, essas equipes ganham autonomia para produzir e implementar de maneira ágil. O resultado é uma aceleração notável nos ciclos de desenvolvimento e, consequentemente, uma melhora no throughput geral da organização.
2. Escalabilidade dinâmica
A escalabilidade independente de cada microsserviço é um diferencial marcante. À medida que a demanda por recursos de uma funcionalidade específica aumenta, a arquitetura permite a expansão seletiva e focada. As equipes conseguem dimensionar a infraestrutura com precisão, mensurar custos e manter a disponibilidade do software mesmo com picos de demanda.
3. Decisão granular e controle de complexidade
A capacidade de tomar decisões granulares permite uma abordagem mais precisa e adaptável. Controlar a complexidade do sistema é essencial para evitar gargalos e garantir uma arquitetura que possa evoluir de maneira sustentável.
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4. Implantação eficiente
A integração e entrega contínuas (CI/CD) tornam-se facilitadores essenciais para experimentação e implantação eficientes. A capacidade de testar ideias rapidamente e reverter ajustes indesejados com custo mínimo encoraja a experimentação da squad, além de facilitar a manutenção do código e acelerar a introdução de novos recursos no mercado.
5. Liberdade tecnológica
A estratégia de microsserviços é neutra em relação a tecnologias específicas, oferecendo às equipes a liberdade de escolher ferramentas adequadas para desafios específicos. Essa flexibilidade leva a escolhas práticas, permitindo soluções otimizadas e alinhadas com as necessidades individuais de cada serviço.
6. Código reutilizável
A decomposição do software em módulos definidos oferece a vantagem da reutilização de código. Serviços desenvolvidos para funções específicas podem ser utilizados como blocos de construção para novos recursos em diferentes partes do software. Esta modularidade não só economiza tempo, mas também fomenta a consistência e eficiência.
7. Resiliência a falhas
A autonomia e independência de cada serviço são elementos cruciais para a resiliência. Ao contrário das arquiteturas monolíticas, onde a falha de um componente compromete todo o software, os microsserviços lidam com falhas de maneira isolada, preservando a funcionalidade global.
8. Facilidade de manutenção
A divisão em microsserviços simplifica a manutenção. Modificações e atualizações podem ser realizadas de forma focada em serviços específicos, minimizando a complexidade global. Isso não apenas agiliza o processo, mas também reduz a possibilidade de erros decorrentes de alterações extensivas.
Próximo passo: tirar seu projeto do papel
Agora que você já conhece os desafios e vantagens do Desenvolvimento de Software com microsserviços, sabe que escolher essa abordagem requer preparo para resolver desafios técnicos, implementar robustas práticas de segurança e muito mais.
A UDS é uma Software House com vasta experiência em arquiteturas de microsserviços. Fornecemos a competência técnica e suporte que você precisa, sendo a parceira estratégica para o seu projeto.
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