O Desenvolvimento de Software usa princípios de engenharia para criar sistemas e aplicativos. Esse processo envolve etapas como a definição de requisitos, design arquitetural, codificação, testes e manutenção. Cada fase é orientada por práticas e ferramentas específicas, que tem como objetivo garantir que o software atenda a padrões de desempenho, segurança e usabilidade, entre outros.
Esse artigo é um guia completo que detalha cada uma dessas etapas, além de explorar os métodos mais usados, profissionais essenciais e discutir as linguagens de programação mais utilizadas. Continue sua leitura para saber mais.
O que é um software?
Software é o conjunto de instruções que faz computadores e dispositivos funcionarem. Isso inclui programas, aplicativos, scripts e até mesmo códigos incorporados no hardware (firmware). Em resumo, o software diz à máquina o que fazer e como usar seus componentes físicos para executar tarefas.
Diferente do hardware, que são as partes ou peças físicas, o software é a parte lógica, responsável por orientar o hardware nas tarefas. Enquanto o hardware é algo que você pode tocar, como processadores, memória e discos rígidos, o software é intangível.
Em outras palavras, são programas que processam dados, realizam cálculos e permitem a interação com o usuário.
Quais são os componentes de um software?
Um software pode ser dividido em várias partes principais, que juntas formam a base de qualquer aplicação ou sistema computacional:
➡️ Front-end
É a camada do software que interage diretamente com o usuário final. É responsável pela interface gráfica e pela apresentação visual da aplicação (textos, campos, botões, ícones, animações e outros) que as informações sejam exibidas de forma acessível e funcional.
➡️ Back-end
Refere-se à parte do software que gerencia a lógica e regras de negócio, o processamento de dados e a comunicação com o banco de dados. O back-end não é visível para o usuário final. Ele é essencial para a operação do sistema, processa solicitações e garante que as informações sejam manipuladas corretamente.
➡️ Banco de dados
Estrutura em que os dados produzidas pelo usuário ou pelo próprio sistema são armazenados e organizados. O banco de dados permite que as informações sejam recuperadas, manipuladas e persistidas ao longo do tempo, e garante que o sistema possa operar de maneira contínua.
➡️ Infraestrutura
Compreende os recursos físicos e virtuais necessários para suportar a operação do software. Inclui servidores, redes, sistemas operacionais e serviços em nuvem. Deesa forma, a infraestrutura é fundamental para garantir que o software funcione de maneira eficiente e confiável, proporcionando o ambiente necessário para a execução das aplicações.
Esses componentes são interdependentes e, juntos, formam a base de qualquer software.
O que é Desenvolvimento de Software?
É o processo de criação de programas e sistemas que visam resolver problemas específicos ou automatizar tarefas. Como dito, esse processo abrange diversas fases, incluindo o levantamento e análise de requisitos, design de interfaces e experiência do usuário, a programação eos testes para garantir que as aplicações atendam aos requisitos funcionais e não funcionais estabelecidos.
Dessa forma, esse trabalho vai além da simples escrita de código; ele exige uma abordagem multidisciplinar que integra conhecimentos em programação, arquitetura de software, design de interfaces, gestão de projetos e controle de qualidade.
Pense no software como o ‘cérebro’ que dá as instruções para que computadores e dispositivos funcionem da forma que a gente precisa.
Quais os tipos de desenvolvimento de software?
Antes de mergulharmos no processo de criação de sistemas e apps, é fundamental entender os principais tipos de Desenvolvimento de Software. Cada um deles tem características específicas conforme o seu objetivo. São eles: Desenvolvimento de Sistema, Desenvolvimento Web e Desenvolvimento Mobile.
1. Desenvolvimento de Sistema Desktop
Envolve a criação de softwares complexos que gerenciam recursos em organizações ou dispositivos, como sistemas operacionais (Windows, Linux) e bancos de dados. Foca em soluções robustas e escaláveis para operações críticas.
2. Desenvolvimento Web
Refere-se à criação de aplicações acessadas via navegadores, desde sites simples a plataformas complexas como e-commerces. Caracteriza-se pela independência de plataforma, acessível de qualquer dispositivo com internet.
3. Desenvolvimento Mobile
Foca na criação de aplicativos para dispositivos móveis, como smartphones e tablets, específicos para sistemas operacionais (iOS, Android). Esses aplicativos são desenvolvidos para sistemas operacionais específicos, como iOS ou Android, e são projetados para aproveitar ao máximo as características desses dispositivos, como sensores, câmeras e GPS.
Quais são os tipos de software?
É possível categorizar os tipos de software desenvolvidos nas seguintes categorias:
SaaS (Software as a Service)
SaaS (Software como Serviço) é um modelo de negócio em que uma empresa de tecnologia desenvolve e mantém um software especializado, geralmente voltado para solucionar problemas específicos de um setor ou tipo de empresa.
Em vez de comprar e instalar o software, as empresas clientes acessam o serviço via internet mediante o pagamento de uma assinatura, o que se torna mais econômico e prático do que criar e gerenciar uma solução própria. Exemplos populares de SaaS incluem Google Drive (armazenamento em nuvem), Conta Azul (gestão financeira), Pipedrive (vendas), além de ERPs, CRMs e outros softwares específicos para diferentes setores.
Whitelabel
É um software criado por uma empresa que pode ser personalizado para outra marca. Permite que esta outra marca adicione seu próprio logotipo, cores e outros elementos visuais sem precisar desenvolver o software do zero. É ideal para lançar produtos rapidamente, mas oferece limitações em personalização profunda e depende do fornecedor para suporte e atualizações.
Open Source
Um software open source tem seu código-fonte disponibilizado ao público, permitindo que qualquer pessoa possa visualizar, modificar e distribuir livremente. Ele oferece às empresas a vantagem de custo zero em licenciamento e a possibilidade de customização do código.
No entanto, exige recursos internos para suporte e manutenção, com a responsabilidade de segurança recaindo sobre a empresa. Exemplo: WordPress (plataforma de criação de sites), Linux, LibreOffice, Mozilla Firefox e outros.
Software Embarcado
Trata-se de um tipo de software projetado para ser integrado diretamente em hardwares e equipamentos específicos, onde desempenha funções de controle do aparelho. Ao contrário de softwares tradicionais que rodam em smartphones ou servidores, o software embarcado é integrado a outro tipo de hardware, como equipamentos agrícolas, centrais de multimídia veicular (infoentretenimento), equipamentos médios e outros.
Desenvolvido para trabalhar em conjunto com o hardware, garante, softwares embarcados normalmente são o meio de comunicação (interface) entre um humano que usa determinado aparelho e o sistema eletrônico do referido aparelho.
Exemplos de software embarcado:
- O software que controla as funções de uma máquina de lavar roupa;
- O sistema de navegação e entretenimento em um automóvel;
- O firmware em um roteador Wi-Fi que gerencia a conexão de rede.
Sistema Operacional
Gerencia o hardware de um computador ou smartphone e fornece o ambiente básico para que outros softwares (aplicativos) sejam instalados e executados. Ele serve como uma ponte, controlando recursos como memória, processamento, armazenamento e dispositivos de entrada/saída. Exemplos: Windows, Android, iOS, Linux.
Software Personalizado
Um software personalizado é desenvolvido sob medida para atender às necessidades específicas de uma empresa, com funcionalidades alinhadas aos seus processos e objetivos. Ao contrário do software genérico, ele é criado para resolver problemas únicos ou otimizar operações específicas que o software padrão não consegue. Exemplo: Sistema de controle de estoque desenvolvido especificamente para uma loja.
Como funciona o desenvolvimento de software?
O processo de Desenvolvimento de Software pode ser dividido em várias fases de acordo com a metodologia de desenvolvimento que estiver sendo seguida. As fases incluem:
1. Engenharia de Requisitos
A Engenharia de Requisitos abrange a definição de quais funcionalidades, características funcionais e não funcionais o software deve ter, isso inclui como os módulos do software irão interagir, características de segurança, performance, gestão de dados e outros.
Essa fase começa com o levantamento e análise de requisitos, onde todas as partes interessadas se reúnem para definir as funcionalidades e objetivos do software. Essa fase envolve a identificação detalhada de todos os aspectos que o software deve abordar, desde as necessidades dos usuários até os problemas que precisa resolver.
O resultado desse trabalho é a criação de documentos de Especificação de Requisitos de Software, que detalham o comportamento das funcionalidades do software e servem como referência para todas as etapas subsequentes.
2. Estudo de Viabilidade
Após a definição dos requisitos, é necessário verificar a viabilidade do projeto. O estudo de viabilidade analisa diversos aspectos, incluindo a viabilidade técnica, econômica, jurídica e operacional.
Esse estudo avalia se o projeto pode ser realizado dentro das limitações de recursos, tempo e conformidade legal, garantindo que o software seja viável antes de prosseguir para as próximas etapas.
3. UI e UX Design
Com a viabilidade confirmada, a fase de design de software começa. Nessa etapa, são criadas as interfaces do usuário para cada funcionalidade mapeada anteriormente na fase de Engenharia de Requisitos.
O design também aborda a experiência do usuário (UX) que é fundamental para garantir que o software seja funcional e intuitivo.
Este trabalho é realizado por UI/UX designers e é baseado nos Documentos de Requisitos criados na fase de Engenharia de Requistos. O resultado dessa etapa são protótipos estáticos navegáveis, que eventualmente podem incluir animações ou outros elementos para simular como as funções do software serão após programadas.
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4. Codificação
Nesta fase também conhecida como “programação” ou “desenvolvimento”, o software começa a ser codificado de acordo com as especificações definidas nos Documentos de Requisitos. Normalmente os desenvolvedores dividem o trabalho em módulos, com cada equipe focando em uma parte específica do sistema.
Ferramentas de controle de versão são utilizadas para gerenciar o código, garantindo organização e qualidade durante o processo. Assim como na montagem de um carro, cada componente é desenvolvido separadamente, mas precisa se integrar de maneira harmoniosa para que o software funcione corretamente como um todo.
5. Garantia de Qualidade
Durante o desenvolvimento, o software passa por fases de testes, onde é rigorosamente avaliado para identificar e corrigir possíveis bugs e garantir que todas as funcionalidades operem conforme o esperado.
A equipe de controle de qualidade (QA) executa testes em diferentes cenários e condições, simulando situações reais de uso. Essa etapa é fundamental para assegurar a estabilidade e a confiabilidade do software antes de sua liberação.
6. Lançamento/Implantação
Com o software aprovado nos testes, é hora de lançá-lo para os usuários finais. Durante a fase de implantação, o software é configurado no ambiente operacional e disponibilizado ao público.
Dessa forma, a equipe de TI monitora de perto o desempenho inicial, pronta para resolver quaisquer problemas que possam surgir. O feedback dos usuários é coletado para verificar se o software atende às expectativas e pode necessitar de ajustes pós-lançamento.
7. Manutenção e Evolução
O processo de desenvolvimento não termina com o lançamento. A fase de manutenção envolve a atualização contínua do software, correção de bugs e adição de novas funcionalidades conforme necessário.
Essa etapa é essencial para garantir que o software permaneça relevante, funcional e adaptado às necessidades dos usuários ao longo do tempo, respondendo às mudanças no mercado.
Principais métodos de Desenvolvimento de Software
Ao longo do tempo, os métodos de desenvolvimento evoluíram bastante — de abordagens rígidas até os métodos ágeis, que permitem mais flexibilidade e adaptação. Cada um deles tem suas vantagens e é escolhido com base no tipo de projeto, sua complexidade e as necessidades do cliente. Aqui estão os principais métodos utilizados: Waterfall (Cascata), Ágeis (Scrum e Kanban), e Shape Up.
Waterfall (Cascata)
Essa é uma metodologia tradicional, linear e sequencial. Cada fase do projeto — requisitos, design, codificação, testes, e manutenção — deve ser concluída antes de passar para a próxima. É ideal para projetos com escopo bem definido e pouca margem para mudanças, oferecendo previsibilidade e um cronograma rígido. No entanto, sua rigidez pode ser um problema em projetos onde os requisitos podem mudar ou evoluir.
Ágeis: Scrum e Kanban
As metodologias ágeis, como Scrum e Kanban, oferecem mais flexibilidade.
→ Scrum organiza o trabalho em sprints (períodos de trabalho) curtos, de duas a quatro semanas, com planejamento detalhado, reuniões diárias (Daily Scrum), revisões e retrospectivas ao final de cada ciclo. É ideal para projetos onde a adaptação e o feedback contínuo são essenciais.
→ Kanban foca na visualização do fluxo de trabalho, com tarefas organizadas em um quadro de colunas (por exemplo, ‘A fazer’, ‘Em progresso’, ‘Concluído’). Limita o trabalho que pode ser colocado em progresso para evitar sobrecarga das pessoas envolvidas, e permite ajustes constantes, sendo perfeito para ambientes com prioridades em constante mudança.
🔗 Leia também: Scrum ou Kanban? Qual framework escolher?
Shape Up
Essa é uma metodologia mais recente que as demais, desenvolvida pela Basecamp, que busca combinar o melhor dos mundos tradicional e ágil. Em vez de ciclos curtos, o Shape Up propõe ciclos de seis semanas, seguidos por um período de duas semanas de cool down, onde a equipe lida com tarefas menores ou mais simples, como correções de bugs ou experimentação com novas ideias.
Antes de cada ciclo, acontece a fase de shaping, onde as ideias de projetos são cuidadosamente refinadas e limitadas em termos de escopo e tempo – chamado de apetite. Essa fase define as funcionalidades que serão desenvolvidas, suas limitações e potenciais riscos. Ao final, as propostas (ou “pitches”) são apresentadas a um grupo de decisores, que escolhem quais atividades seguirão para o próximo ciclo.
Uma das grandes inovações do Shape Up é a ausência de um backlog tradicional. As ideias que não são escolhidas para o ciclo atual simplesmente não são armazenadas centralmente, mas podem ser reapresentadas em um ciclo futuro se ainda forem relevantes. Shape Up permite tempo fixo com escopo aberto, dando à equipe flexibilidade para ajustar o trabalho conforme o ciclo avança, sem comprometer prazos.
Quais os tipos de escopo de desenvolvimento?
Projetos de software de escopo fechado e escopo aberto têm abordagens distintas que impactam diretamente o desenvolvimento.
Em projetos de escopo fechado, como no modelo waterfall, o escopo é definido e detalhado desde o início. Há pouco espaço para mudanças ao longo do desenvolvimento e o foco está em cumprir rigorosamente um plano pré-estabelecido.
Nesse caso, o tempo e o custo podem variar para garantir que todas as funcionalidades planejadas sejam entregues. Essa abordagem oferece previsibilidade. No entanto, pode ser arriscada em ambientes dinâmicos, onde as necessidades podem evoluir durante o projeto.
Por outro lado, projetos de escopo aberto, comuns em metodologias ágeis e no framework Shape Up, funcionam de maneira diferente. Neles, tempo e recursos são fixos. Isso permite que o escopo seja ajustado conforme o projeto avança. Essa flexibilidade facilita a adaptação a novas informações e feedbacks.
O foco está na entrega de valor contínuo e incremental. Em vez de seguir um plano rígido, essas abordagens permitem ajustes nas funcionalidades para melhor atender às necessidades do usuário e às condições de mercado. Isso as torna ideais para projetos onde a inovação e a mudança são constantes.
🔗 Leia mais: Escopo aberto ou fechado: o que são e qual deles escolher? →
Principais linguagens e frameworks
As linguagens de programação e os frameworks são essenciais para o Desenvolvimento de Software. As linguagens, como Java, Python e JavaScript, são os ‘idiomas’ que os programadores usam para escrever o código. Já os frameworks são estruturas prontas que ajudam a organizar e acelerar esse processo. Eles oferecem soluções para tarefas comuns ou repetitivas e aumentam a produtividade dos programadores.
Em resumo, as linguagens são formas de escrever o código, e os frameworks oferecem maneiras de fazer isso de forma mais rápida, organizada ou eficiente. Juntos, eles tornam o desenvolvimento mais produtivo e consistente. Confira um resumo dos principais:
Conheça as linguagens
Linguagem | Descrição | Uso comum |
Java | Linguagem robusta, orientada a objetos, usada principalmente em aplicações empresariais e Android. | Back-end, Android development. |
JavaScript | Linguagem dominante no desenvolvimento web, usada para criar interfaces interativas. | Front-end, back-end (full-stack), web apps. |
Kotlin | Linguagem oficial para desenvolvimento Android, conhecida por sua sintaxe moderna. | Desenvolvimento Android, aplicações web. |
Dart | Linguagem otimizada para desenvolvimento de UI, usada principalmente com Flutter. | Desenvolvimento mobile, cross-platform. |
TypeScript | Superset de JavaScript que adiciona tipagem estática, tornando o código mais seguro e escalável. | Aplicações web escaláveis, back-end. |
C e C++ | Linguagens poderosas para sistemas de alto desempenho, usadas em jogos, sistemas operacionais, e softwares embarcados. | Desenvolvimento de jogos, sistemas embarcados, apps desktop. |
Python | Linguagem versátil e fácil de aprender, popular em automação, análise de dados, IA, e desenvolvimento web. | Web apps, automação, ciência de dados. |
Ruby | Linguagem focada na simplicidade e produtividade, usada principalmente no desenvolvimento web. | Desenvolvimento web, aplicações rápidas. |
Golang (Go) | Linguagem eficiente, ideal para sistemas distribuídos e de alta performance. | Sistemas distribuídos, microsserviços. |
PHP | Linguagem de script popular para desenvolvimento web dinâmico. | Desenvolvimento web, sistemas CMS. |
Swift | Linguagem moderna e segura da Apple, projetada para desenvolvimento iOS, macOS, watchOS e tvOS. | Desenvolvimento de aplicativos para o ecossistema Apple. |
C# | Linguagem orientada a objetos da Microsoft, versátil e amplamente utilizada em diversos tipos de aplicações. | Desenvolvimento para Windows, jogos (com Unity), aplicativos multiplataforma e back-end. |
Conheça os frameworks
Principais Frameworks | Linguagens Associadas | Uso Comum |
Java Spring | Java | Back-end. |
React, Vue.js, Node.js, Next.js | JavaScript | Front-end, back-end (full-stack), web apps. |
Ktor | Kotlin | Desenvolvimento Android, aplicações web. |
Flutter | Dart | Desenvolvimento mobile, cross-platform. |
Angular, NestJS | TypeScript | Aplicações web escaláveis, back-end. |
Unity3D (com C#) | C# | Desenvolvimento de jogos, apps desktop. |
Django, Flask | Python | Web apps, automação, ciência de dados. |
Ruby on Rails | Ruby | Desenvolvimento web, aplicações rápidas. |
Gin | Golang (Go) | Sistemas distribuídos, microsserviços. |
Laravel, Zend, CodeIgniter | PHP | Desenvolvimento web, sistemas CMS. |
SwiftUI, UIKit | Swift | Desenvolvimento para o ecossistema Apple. |
.NET, ASP.NET, Xamarin | C# | Aplicativos para Windows, jogos, multiplataforma, back-end. |
🔗 Leia também:
- Quais são as principais linguagens para desenvolvimento de software? →
- Linguagens utilizadas no desenvolvimento de apps Android e iOS →
- Flutter X React Native: vantagens, desvantagens e comparativo →
Quem trabalha com Desenvolvimento de Software?
No Desenvolvimento de Software, uma equipe multidisciplinar trabalha em conjunto para transformar ideias em produtos funcionais e eficientes. Cada profissional desempenha um papel crucial, desde a concepção até a entrega do software. Abaixo, uma visão geral dos principais profissionais envolvidos:
Scrum Master ou Team Leader
O Scrum Master ou Team Leader é o responsável por coordenar as atividades da equipe do projeto, assegurando que cronograma seja seguido e tal equipe alcance os objetivos estabelecidos. Esse papel envolve facilitar a comunicação entre os membros da equipe e contratante, remover impedimentos que atrapalhem o progresso e acompanhar as práticas ágeis para garantir a metodologia escolhida seja seguida com eficiência e atenda às expectativas dos contratantes.
Product Owner (PO)
O Product Owner é responsável por definir as prioridades do produto e que a equipe de desenvolvimento trabalhe nas funcionalidades e melhorias que trazem mais valor ao negócio. O PO é a ponte entre a equipe técnica e os stakeholders, traduz as necessidades do negócio e prioriza o que deve ser feito a cada sprint.
Product Manager
Une as áreas de desenvolvimento, design e negócios para criar e aprimorar produtos. Com liderança e foco em resultados, ele impulsiona o produto e inova sua estratégia. Um Product Owner experiente pode evoluir para Product Manager, mas este último tem um papel mais estratégico, enquanto o primeiro se concentra na execução.
Analista de Requisitos ou Sistemas
O Analista de Requisitos identifica, compreende e documenta os requisitos do projeto. Ele garante que todas as necessidades do cliente e do negócio sejam detalhadas de forma que os demais membros da equipe compreendam e possam trabalhar.. Esse papel é crucial para manter a clareza e a organização das funcionalidades do software que será desenvolvido, assegurar que a equipe tenha um entendimento claro e permitir o trabalho de designers e desenvolvedores à partir dos documentos criados pelo(s) analista(s).
UI/UX Designer
O Designer UI/UX é responsável pelo design visual e pela experiência do usuário. A UI (User Interface) é composta pela organização das informações na tela (textos, imagens, espaços, etc) e elementos visuais com os quais o usuário poderá interagir depois de serem programados (campos, botões, ícones). A UX (User Experience) foca em como os usuários interagem com o produto, visando garantir que a experiência de uso seja fácil e agradável, para que os usuários alcancem seu objetivo com o menor esforço possível.
Desenvolvedores (Back-End, Front-End, Full Stack, Dev Mobile)
Os desenvolvedores são especializados em diferentes áreas do desenvolvimento de software:
- Back-End: trabalham na lógica do servidor, gerenciando a integração de banco de dados, segurança e regras de negócio.
- Front-End: focam na parte visual e na interação do software com o usuário, usando tecnologias como HTML, CSS e JavaScript.
- Full Stack: possuem habilidades tanto no back-end quanto no front-end, e podem atuar em todas as camadas do desenvolvimento.
- Dev Mobile: especializados em desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis, como Android e iOS.
Analista de QA (Quality Assurance)
O Analista de QA ou simplesmente “QA” (Quality Assurance) é responsável por testar o software em busca de falhas e garantir que ele atenda aos padrões de qualidade estabelecidos, assim como aos requisitos anteriormente detalhados. O QA realiza testes automatizados e manuais, identificando bugs e verificando se todas as funcionalidades estão operando conforme o esperado antes que o software seja lançado.
DevOps
O DevOps garante que o software seja entregue de maneira eficiente e segura, integrando o desenvolvimento (Dev) com as operações (Ops). Essa função envolve automação de processos, gestão de infraestruturas, monitoramento contínuo e implementação de práticas de segurança para garantir que o software esteja sempre disponível, performático e seguro.
Arquiteto de Software
O Arquiteto de Software é o responsável por definir a arquitetura geral do software, selecionando as tecnologias e padrões que serão usados. Este profissional cria a estrutura de alto nível do sistema, garantindo que ele seja escalável, eficiente e capaz de evoluir conforme as necessidades do negócio mudem.
Quanto custa desenvolver um software?
Quando se trata de desenvolver um software, a resposta para a pergunta ‘quanto custa?’ é quase sempre depende. Isso porque existem vários fatores que influenciam o custo final, desde a complexidade do projeto até o modelo de contratação escolhido. Vamos explorar alguns desses aspectos para ajudar você a entender melhor como o orçamento é definido.
Variáveis de complexidade e qualidade
Escopo e complexidade: o escopo do projeto é o primeiro fator a ser considerado na criação de software. Uma aplicação com poucas funcionalidades, destinado a um público limitado, será naturalmente mais barata do que um sistema mais complexo.
Integrações e plataformas: número de integrações com outros sistemas e a quantidade de plataformas para as quais o software será desenvolvido (por exemplo, iOS, Android, Web) também são determinantes no orçamento.
Qualidade do fornecedor: o tipo de fornecedor que você escolher também impacta no investimento. Empresas com uma equipe experiente, um histórico sólido de projetos bem-sucedidos e um alto padrão de segurança requerem um investimento maior pelos seus serviços. No entanto, essa escolha pode garantir um desenvolvimento mais rápido, eficiente e sem problemas no projeto ou futuros.
Média de valores do Desenvolvimento de Software e Apps
A tabela a seguir oferece uma visão geral das faixas de custo estimadas para diferentes tipos de projetos, ajudando a orientar as expectativas e o planejamento financeiro. No entanto, como ressaltado acima, esses valores são apenas ilustrativos e cada projeto tem suas particularidades, que podem interferir nos valores.
Quais as formas para ter um software?
Ao escolher possuir um software, as empresas têm três principais alternativas: Desenvolvimento Interno, Software como Serviço (SaaS) e Software Houses (Terceirização/Outsourcing de TI). Cada opção tem seus próprios benefícios e desafios.
1. Desenvolvimento interno
Desenvolvimento interno é quando uma empresa decide criar seu próprio software utilizando sua equipe de funcionários. Nesse caso, a empresa tem controle total sobre o design, funcionalidades e desenvolvimento do software, podendo personalizá-lo completamente de acordo com suas necessidades. No entanto, isso exige que a empresa tenha profissionais capacitados em tecnologia ou que contrate novos talentos para realizar o projeto.
Outro ponto importante é que equipe pode se desviar de outros projetos em andamento, e a empresa precisa gerenciar problemas como turnover, custos, cronogramas e sustentação do software desenvolvido, que exige recursos contínuos.
2. Software como Serviço (SaaS)
Software como Serviço, ou SaaS, é um modelo onde o software é fornecido pela internet por meio de uma assinatura. Ao invés de instalar e manter o software em seus próprios servidores, a empresa acessa o software via navegador.
Um ponto importante é que a falta de personalização pode ser um problema, e as adaptações podem ser caras. O software não é de sua propriedade e pode ser usado por concorrentes, o que limita a competitividade. Além disso, problemas crônicos dependem do fornecedor para serem resolvidos, e os custos de assinatura podem tornar o ROI inviável.
3. Software Houses (Terceirização/Outsourcing de TI)
Uma Software House é uma empresa especializada em desenvolver software para outras empresas. Quando uma empresa opta por terceirizar o desenvolvimento de software, ela contrata uma Software House para criar o software sob demanda.
Sem a necessidade de gerenciar a equipe, a empresa pode contar com a qualidade garantida e o cumprimento de prazos. Esse modelo permite flexibilidade, com possibilidade de ajustar a equipe conforme necessário, e torna os custos mais estratégicos, já que o investimento é feito sob demanda.
Um dos receios das empresas com relação a esse modelo é a perca do controle sobre a operação do desenvolvimento, mas quando se contrata uma fornecedora confiável, é possível tirar o melhor da expertise e manter um alto nível de integração entre as partes para um resultado ainda mais satisfatório.
Conclusão
O Desenvolvimento de Software é um processo que requer uma abordagem estruturada e uma compreensão profunda das necessidades do negócio. Ao longo deste guia, exploramos as etapas essenciais, desde a coleta de requisitos até a manutenção contínua, e discutimos as metodologias e tecnologias disponíveis para desenvolvimento de software. Também abordamos as diferentes opções para ter um software, como SaaS, desenvolvimento interno e terceirização, cada uma com seus próprios benefícios e desafios.
Para empresas e gestores que buscam inovação e eficiência, entender as nuances do desenvolvimento de software é crucial para tomar decisões informadas e alcançar resultados que realmente agreguem valor. Com as informações apresentadas, você está melhor equipado para escolher o caminho mais adequado para suas necessidades de software.
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