O Desenvolvimento de Aplicativos móveis é a área que se dedica à criação de softwares para dispositivos mobile, como smartphones e tablets, e tem ganhado cada vez mais importância no mercado. Isso por que, com 10,2 bilhões de downloads, o Brasil se mantém na 4ª posição global no consumo de apps, soluções que ganham a atenção de empresários, desenvolvedores e empreendedores. Mas o que exatamente envolve a criação de um app? Quais são as suas etapas?
Neste guia completo, vamos explorar desde os conceitos básicos, como o que é um aplicativo, até os diferentes métodos, tecnologias, tipos de apps, custos e boas práticas. Prepare-se para descobrir, de A a Z, tudo que envolve essa jornada.
O que é um aplicativo?
A definição técnica de aplicativo refere-se a um programa de software desenvolvido para funções específicas em um dispositivo eletrônico, ou seja, um aplicativo normalmente é instalado no dispositivo (smartphone, computador ou outro) em que vai funcionar. Um aplicativo (ou app) é projetado para interagir diretamente com o usuário final, oferecendo uma interface gráfica e executando tarefas específicas, como envio de mensagens, jogos, navegação na internet, entre outras. E sim, todo aplicativo é um software.
Existem apps gratuitos e pagos, que podem ser usados tanto online quanto offline, o que oferece praticidade para diversas atividades, como compras online, transações bancárias e exercícios físicos. Além disso, muitos podem ser personalizados para atender às preferências do usuário o que toda o uso mais eficiente e simples.
E embora eles possam ser criados e utilizados tanto em computadores, quanto em celulares, neste artigo abordaremos especificamente do Desenvolvimento de Aplicativos mobile. No entanto, para que não fique dúvidas sobre o conceito, vamos a algumas definições.
Qual a diferença entre aplicativo e aplicação?
Em termos de solução tecnológica, há um consenso que divide os conceitos de duas formas:
1. Aplicativo: software específico para dispositivos móveis, como smartphones e tablets, criado para executar tarefas específicas, como redes sociais, jogos e e-commerce;
2. Aplicação: termo abrangente que inclui qualquer software desenvolvido para operar em diversas plataformas, como dispositivos móveis, desktops, web e cloud, podendo ser desde um sistema de gerenciamento até um serviço na nuvem.
No entanto, ambas as palavras falam de software criados para ações específicas. Há ainda certa confusão entre ‘aplicativo’ e ‘aplicação’ que vem, em parte, de traduções do inglês e do uso comum das palavras.
Vamos entender mais sobre isso:
Em inglês, ‘application’ se refere a programas de software, e a sua abreviação, ‘app’, se tornou popular, especialmente para dispositivos móveis. Quando traduzimos ‘application’ para o português como ‘aplicação’, o termo acaba sendo confuso, já que ‘aplicação’ pode ter muitos outros significados, como uso ou execução de algo, além do conceito já demonstrado acima.
‘Aplicativo’, por outro lado, é uma palavra mais clara e específica. Refere-se diretamente a programas de software, como os que usamos em celulares ou computadores. Por isso, é uma tradução mais adequada de ‘app’, evitando a confusão que ‘aplicação’ pode causar.
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Quais são os componentes de um app?
No Desenvolvimento de Aplicativos, há vários componentes fundamentais que, quando integrados, garantem que o app funcione corretamente e atenda às necessidades dos usuários. Esses componentes incluem:
➡️ Front-end
É a interface gráfica com a qual o usuário interage diretamente no aplicativo. Inclui elementos como botões, campos de entrada, menus, ícones e animações. O front-end é responsável por garantir uma experiência visual agradável e facilitar a interação do usuário com as funcionalidades do aplicativo.
➡️ Back-end
Refere-se à parte do aplicativo que gerenciar a lógica de negócios, processa os dados e realiza a comunicação com servidores e bancos de dados. Ele recebe as solicitações do front-end e responde conforme as regras do sistema. O back-end é fundamental para que o aplicativo funcione corretamente, mesmo que o usuário não veja essa parte.
➡️ Banco de dados
É onde os dados gerados pelos usuários ou pelo próprio sistema são armazenados e organizados. O banco de dados permite salvar e recuperar informações de forma eficiente, garantindo que os dados estejam sempre disponíveis para o aplicativo, seja em operações online ou offline.
➡️ Infraestrutura
Inclui todos os recursos necessários para o funcionamento do aplicativo, como servidores, redes, serviços de armazenamento e sistemas em nuvem. A infraestrutura garante que o app tenha um ambiente estável e confiável para rodar, suportando o tráfego de usuários e a execução contínua das funcionalidades.
Esses componentes trabalham juntos para formar a base de qualquer aplicativo, assegurando que ele seja funcional, eficiente e capaz de se conectar com outros sistemas e serviços.
Entendendo os tipos de aplicativos mobile
Quando falamos de Desenvolvimento de Aplicativos móveis, existem diferentes formas de criá-los, cada uma com suas vantagens e desvantagens. A escolha do tipo de aplicativo depende de fatores como o público, os recursos necessários e o tempo disponível para o desenvolvimento. Vamos conhecer os principais tipos de aplicativos móveis:
Aplicativos nativos
São feitos para um sistema operacional específico, como Android ou iOS. Isso significa que eles aproveitam ao máximo os recursos do dispositivo (como câmera, GPS, acelerômetro, gestão de memória e outros recursos nativos) e oferecem melhor desempenho. Porém, um aplicativo nativo para Android não funciona no iOS, e vice-versa. Por isso, é necessário desenvolver dois apps separados se você quiser atingir os dois sistemas.
Aplicativos híbridos
Esses aplicativos utilizam tecnologias da web (HTML, CSS e JavaScript) e frameworks como Flutter, React e .NET MAUI, permitindo que funcionem em várias plataformas, como Android e iOS. O código é compartilhado entre as plataformas, o que torna o desenvolvimento mais rápido e econômico. No entanto, eles podem não alcançar o mesmo desempenho ou acesso completo aos recursos do dispositivo como os aplicativos nativos.
Aplicativos da Web Progressivos (PWAs)
PWAs são sites que parecem e funcionam como aplicativos. Eles podem ser abertos pelo navegador, mas também podem ser adicionados à tela inicial do celular e funcionar offline. A grande vantagem é que não precisam ser baixados da loja de aplicativos. Contudo, eles podem ter limitações ao acessar os recursos do dispositivo, como o GPS ou notificações, dependendo do navegador e do sistema operacional.
Cada tipo tem suas próprias características, e a escolha depende do projeto, orçamento e do público que se deseja atingir.
O que é o Desenvolvimento de Aplicativos?
É o processo de criação de softwares que funcionam em dispositivos portáteis, como smartphones, tablets e relógios inteligentes. Esse processo inclui etapas como planejamento, design, programação e testes, para entregar um aplicativo que atenda a demandas específicas dos usuários, como facilitar tarefas, oferecer serviços ou entretenimento.
Esses aplicativos são projetados para operar em sistemas operacionais comuns a dispositivos móveis, como Android e iOS, utilizando tecnologias e linguagens compatíveis. O desenvolvimento envolve diversas disciplinas, como design, engenharia e a área de negócios, todas colaborando para garantir que o produto final seja útil e eficiente para o público-alvo.
Como funciona o Desenvolvimento de Apps?
O processo pode ser dividido em várias fases, que seguem um ciclo estruturado, com testes e feedbacks constantes. Cada etapa desempenha um papel crucial para garantir que o aplicativo atenda às expectativas do usuário final e funcione corretamente. Vamos detalhar cada fase:
1. Engenharia de requisitos
A Engenharia de Requisitos define as funcionalidades e características funcionais e não funcionais que o aplicativo deve ter. Isso envolve como os módulos do sistema irão interagir, além de aspectos como segurança, desempenho e gestão de dados, entre outros
O processo começa com a coleta e análise de requisitos, em que todas as partes envolvidas, como stakeholders e usuários, se reúnem para definir as funcionalidades e os objetivos do app. Nessa etapa, são identificados todos os detalhes que o aplicativo deve abordar, desde as necessidades dos usuários até os problemas que precisa solucionar.
O resultado é a criação de um documento de Especificação de Requisitos de Software (SRS), que descreve o comportamento esperado das funcionalidades e serve como referência para as próximas fases do desenvolvimento.
2. Estudo de viabilidade
Após a definição dos requisitos, é crucial avaliar a viabilidade do projeto. O estudo de viabilidade examina diversos fatores, como a viabilidade técnica, econômica, jurídica e operacional.
Esse estudo determina se o projeto pode ser desenvolvido dentro das restrições de recursos, prazo e normas legais, assegurando que o aplicativo seja viável antes de seguir para as etapas seguintes do desenvolvimento.
3. UX e UX Design
Com a viabilidade confirmada, inicia-se a fase de design do aplicativo. Nessa etapa, são criadas as interfaces de usuário (UI) para cada funcionalidade definida na fase de Engenharia de Requisitos.
Além disso, o design também se concentra na experiência do usuário (UX), essencial para garantir que o aplicativo seja prático e intuitivo. Esse processo é conduzido por designers de UI/UX e segue as especificações definidas nos documentos de requisitos.
O resultado são protótipos navegáveis, que podem incluir animações ou outros elementos para simular como as funcionalidades do aplicativo se comportarão após a programação.
4. Codificação
Nessa etapa, também conhecida como “programação” ou “desenvolvimento”, o aplicativo começa a ser construído com base nas especificações definidas nos Documentos de Requisitos. O trabalho é geralmente dividido em módulos, com equipes dedicadas a diferentes partes do sistema.
Para manter a organização e a qualidade do código, utilizam-se ferramentas de controle de versão. Assim como na montagem de um veículo, cada componente é desenvolvido separadamente, mas precisa ser integrado de forma fluida para garantir que o aplicativo funcione corretamente como um todo.
5. Garantia de Qualidade
Durante o desenvolvimento, o aplicativo passa por várias fases de testes, onde é cuidadosamente avaliado para identificar e corrigir eventuais bugs, garantindo que todas as funcionalidades funcionem conforme o planejado.
A equipe de qualidade (QA) realiza testes em diversos cenários e condições, simulando situações de uso reais. Essa etapa é crucial para assegurar a estabilidade e confiabilidade do aplicativo antes de seu lançamento.
6. Lançamento/implantação
Após passar com sucesso por rigorosos testes, o aplicativo está pronto para ser apresentado ao mundo. Na fase de implantação, ele é cuidadosamente configurado no ambiente de produção e liberado para os usuários.
A equipe de TI assume um papel crucial nesse momento, monitorando de perto o desempenho do aplicativo e agindo prontamente para solucionar quaisquer problemas que possam surgir.
Além disso, o feedback dos usuários é valioso para identificar áreas de melhoria e garantir que o aplicativo corresponda às suas expectativas, abrindo espaço para ajustes e refinamentos contínuos.
7. Manutenção e evolução
Após o lançamento, o trabalho continua com a fase de manutenção. Isso inclui a correção de bugs que surgirem, atualizações de segurança e a inclusão de novas funcionalidades conforme a demanda. A manutenção garante que o aplicativo continue relevante, funcional e adaptado às mudanças e necessidades dos usuários ao longo do tempo.
Essas etapas garantem um processo estruturado e eficiente no Desenvolvimento de Aplicativos, resultando em um produto final que atende às expectativas dos usuários e ao propósito do projeto.
Quais os métodos de trabalho?
Métodos como Waterfall, Scrum, Kanban, Lean e Extreme Programming (XP) são amplamente utilizados para organizar o fluxo de trabalho em processos de desenvolvimento. Cada método tem suas particularidades, e oferecem vantagens por se adaptarem a diferentes tipos de projetos. A seguir, explicamos como cada um funciona:
Waterfall (Cascata)
Também conhecido como Cascata, esse é um modelo tradicional de desenvolvimento que segue uma estrutura linear e sequencial. Nele, cada fase do projeto, como levantamento de requisitos, design, codificação, testes e manutenção, é concluída antes de avançar para a próxima.
Essa abordagem é especialmente adequada para projetos com escopo bem definido e poucas chances de alterações, pois oferece previsibilidade e um cronograma rígido. No entanto, sua rigidez pode se tornar um desafio em projetos onde os requisitos são flexíveis ou podem evoluir ao longo do tempo.
Scrum
É um método de gerenciamento de projetos muito utilizado no Desenvolvimento de Aplicativos, estruturado em ciclos curtos de trabalho chamados sprints, que geralmente duram de 1 a 4 semanas. Cada sprint tem como objetivo entregar uma versão funcional do aplicativo, com melhorias ou novas funcionalidades.
Kanban
Esse é um método visual que ajuda a equipe a gerenciar o fluxo de tarefas no desenvolvimento. As atividades são dispostas em um quadro dividido em colunas, como ’a fazer’, ‘em andamento’ e ‘concluído’. Isso proporciona uma visão clara do progresso e ajuda a identificar gargalos. No Desenvolvimento de Aplicativos, o Kanban é eficaz por ser flexível, permitindo que novas funcionalidades sejam inseridas no fluxo de trabalho sem a necessidade de seguir ciclos fixos.
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Lean
Também conhecido como método enxuto, o Lean se destaca por seu foco na eficiência, eliminando desperdícios e priorizando o que agrega valor ao usuário. Isso significa desenvolver apenas funcionalidades essenciais, iterando rapidamente e ajustando o app com base no feedback do usuário.
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Extreme Programming (XP)
É um método ágil de Desenvolvimento de Software que foca em melhorar a qualidade do código e a capacidade de adaptação do projeto às mudanças. Ele foi criado para entregar software de maneira rápida e eficiente, mantendo uma alta qualidade por meio de práticas rigorosas e colaborações frequentes. O XP é particularmente eficaz em ambientes que exigem flexibilidade, pois promove o desenvolvimento incremental e iterações rápidas.
Ele funciona através de:
- Programação em par: dois desenvolvedores trabalham juntos no mesmo código, revisando e melhorando a qualidade em tempo real;
- Testes automatizados: implementa testes automáticos desde o início para garantir que o código funcione corretamente e para prevenir erros futuros;
- Refatoração contínua: o código é constantemente otimizado para melhorar a eficiência sem mudar sua funcionalidade;
- Iterações curtas: o desenvolvimento ocorre em ciclos curtos, entregando novas funcionalidades de forma rápida e contínua;
- Feedback constante: promove interações frequentes com o cliente para garantir que o produto atenda às suas necessidades.
Quem trabalha no Desenvolvimento de Apps?
No Desenvolvimento de Aplicativos, uma equipe multidisciplinar colabora para transformar ideias em produtos funcionais e eficientes. Cada profissional desempenha um papel essencial, desde a concepção até a entrega do aplicativo. Abaixo estão os principais profissionais envolvidos no processo:
➡️ Scrum Master ou Team Leader
Coordenam as atividades da equipe de desenvolvimento, e garante que o projeto siga o cronograma e alcance seus objetivos. Esse papel envolve facilitar a comunicação entre os membros da equipe, remover obstáculos e garantir que todos sigam os princípios ágeis, mantendo o foco no progresso contínuo e eficiente.
➡️ Product Owner (PO)
O Product Owner define as prioridades do produto, garantindo que a equipe trabalhe nas funcionalidades mais valiosas para o negócio. Ele atua como elo entre a equipe e os stakeholders, traduzindo necessidades e definindo o que deve ser feito em cada sprint.
➡️ Product Manager
O Product Manager conecta desenvolvimento, UX e negócios, buscando ideias para novos produtos ou melhorias. Com habilidades de liderança e foco em métricas, ele impulsiona a evolução do produto e inova o roadmap. Um Product Owner experiente pode se tornar um Product Manager. Ambos têm similaridades, mas o Product Manager é mais estratégico, enquanto o Product Owner foca na execução.
➡️ Analista de Requisitos ou Sistemas
É o profissional responsável por identificar, entender e documentar as necessidades do cliente e do negócio para o projeto de um aplicativo. Ele garante que todos os requisitos sejam claros e compreensíveis para toda a equipe, permitindo que designers e desenvolvedores trabalhem de forma eficiente a partir dos documentos criados.
➡️ UI/UX Designer
O Designer UI/UX é o profissional que cria a parte visual e a experiência do usuário em um aplicativo. A UI (Interface do Usuário) envolve a organização dos elementos na tela, como textos, imagens e botões, de forma clara e visualmente agradável. A UX (Experiência do Usuário) se concentra em como o usuário interage com o aplicativo, garantindo que seja fácil de usar e que o usuário consiga realizar suas tarefas sem dificuldades.
➡️ Desenvolvedores (Back-End e Dev Mobile)
Os desenvolvedores são responsáveis pela criação técnica do aplicativo:
- Dev Mobile: Desenvolvem o front-end dos aplicativos móveis e integram esse front com APIs já desenvolvidas por um dev back-end. Quando o aplicativo precisa se conectar a outros sistemas para obter dados, o dev mobile “pluga” o front-end na API, realizando a integração. Eles utilizam tecnologias específicas para plataformas como Android e iOS, como Flutter, React Native, ou .NET MAUI.
- Dev Back-End: São responsáveis por analisar o back-end e os bancos de dados de sistemas web, criando as APIs necessárias para que os devs mobile possam integrar seus aplicativos. Eles gerenciam a lógica do servidor, a segurança, as regras de negócio e as integrações com bancos de dados, garantindo que o sistema esteja preparado para ser utilizado por diferentes front-ends, como o de um app mobile.
➡️ QA (Quality Assurance)
É responsável por garantir que o aplicativo atenda aos padrões de qualidade antes de ser lançado. Eles realizam testes manuais e automatizados para identificar bugs e falhas, o que garante que todas as funcionalidades do aplicativo operem conforme o esperado e entreguem uma experiência de alta qualidade aos usuários.
➡️ DevOps
Integra desenvolvimento (Dev) e operações (Ops), garantindo que o aplicativo seja entregue de maneira eficiente e segura. Esse papel envolve automação de processos, monitoramento contínuo e a implementação de práticas de segurança.
➡️ Arquiteto de Software
Define a estrutura de alto nível do aplicativo, selecionando as tecnologias e padrões que serão usados. Ele garante que a arquitetura do aplicativo seja escalável, eficiente e capaz de evoluir conforme o negócio cresce e as demandas mudam.
Esses profissionais, trabalhando juntos, garantem que o desenvolvimento de um aplicativo seja um processo bem-estruturado, focado na qualidade e na entrega de valor para os usuários e para o negócio.
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Principais Linguagens
Escolher a linguagem de programação certa é essencial para o Desenvolvimento de Aplicativos Android e iOS. Dependendo da abordagem escolhida (nativa ou multiplataforma), diferentes linguagens e ferramentas serão utilizadas. Aqui estão as principais linguagens para o Desenvolvimento de Apps:
Linguagem | Principais Características |
Kotlin (Android) | Principal linguagem para Android, moderna e concisa. Reduz o volume de código em relação ao Java, oferece maior segurança e interoperabilidade, sendo adotada por grandes empresas. |
Swift (iOS) | Linguagem oficial da Apple para iOS. Moderna, rápida e segura, é fácil de usar e ideal para novos projetos por oferecer alta performance e menos erros. |
C++ (Android e iOS) | Usada em projetos de alta performance, como jogos e apps gráficos pesados. Oferece controle avançado de hardware e memória, sendo ideal para aplicativos que exigem grande processamento. |
Dart (Android e iOS). | Linguagem usada no Flutter para desenvolvimento multiplataforma (Android, iOS, web, desktop). Simples, eficiente e ideal para criar interfaces nativas com um único código. |
A escolha da linguagem depende do tipo de aplicativo que você deseja criar e da plataforma alvo (nativa ou multiplataforma). C++ e Kotlin são as principais opções para Android, enquanto Swift domina o desenvolvimento para iOS. Para projetos multiplataforma, C++ e Dart são essenciais.
Principais Frameworks
Os frameworks são ferramentas essenciais no Desenvolvimento de Aplicativos, oferecendo uma base pronta para que os desenvolvedores possam criar aplicativos mais rapidamente e com menos complexidade. Eles fornecem componentes reutilizáveis e estruturas que facilitam o desenvolvimento tanto de aplicativos nativos quanto multiplataforma. A seguir, estão os principais frameworks usados no Desenvolvimento de Apps.
Framework | Principais Características |
Flutter | Criado pela Google, é um SDK de código aberto para desenvolvimento multiplataforma usando Dart. Destaca-se pela criação de interfaces nativas, fácil teste e depuração em tempo real. |
React Native | Criado pelo Facebook, é um framework de código aberto que permite o Desenvolvimento de Apps nativos para Android e iOS usando JavaScript. Permite reuso de código entre plataformas, acelerando o desenvolvimento. |
MAUI (.NET Multi-platform App UI) | Desenvolvido pela Microsoft, o MAUI é a evolução do Xamarin e oferece uma solução completa para criar aplicativos nativos e multiplataforma com C#. Permite o compartilhamento de código entre Android, iOS, macOS e Windows, sendo ideal para integração com o ecossistema da Microsoft. |
Ionic | Framework gratuito e popular para Desenvolvimento de Apps híbridos usando HTML, CSS3 e JavaScript. Ideal para criar apps multiplataforma e PWAs, suporta dispositivos recentes e é robusto para lançamentos no mercado. |
Xamarin | Desenvolvido pela Microsoft, permite criar apps nativos com C#. Oferece compartilhamento de código entre Android, iOS e Windows, ideal para integração com o ecossistema da Microsoft. |
A escolha do framework certo para o Desenvolvimento de Aplicativos depende das necessidades específicas do projeto, como o suporte a várias plataformas, o tempo de desenvolvimento e os recursos disponíveis.
Quanto tempo leva para desenvolver um aplicativo?
O tempo de desenvolvimento de um aplicativo é influenciado por diversos fatores, desde a complexidade das funcionalidades até a experiência e organização da equipe. Entender esses fatores ajuda a definir expectativas realistas e garantir um planejamento adequado para o projeto. A seguir, explicamos os principais elementos que afetam o tempo necessário para criar um aplicativo de qualidade.
- Quantidade e complexidade de funcionalidades
Assim como o custo, o tempo de desenvolvimento varia conforme a quantidade e a complexidade das funções do app. Quanto mais funções e quanto mais complexas elas forem, maior será o tempo necessário para desenvolvimento e testes. - Tamanho da equipe
O número de profissionais deve ser adequado ao projeto, mas mais pessoas não garantem entrega mais rápida. Há um limite ideal de profissionais que maximiza a produtividade sem causar problemas de comunicação, como o exemplo de 2 pessoas trocando uma lâmpada versus 20. - Senioridade da equipe
Desenvolvedores mais experientes produzem com mais eficiência, especialmente em projetos complexos. No entanto, seniores em tarefas simples podem ser rápidos, mas custar mais. A equipe deve ser balanceada conforme a complexidade do projeto para otimizar custo-benefício. - Competência da equipe
Competência inclui não só experiência, mas também a capacidade de gestão, resolução de impedimentos e a qualidade do trabalho. Uma equipe madura resolve problemas rapidamente, evita retrabalho e mantém o projeto no prazo.
Embora o tempo de desenvolvimento de um aplicativo varie de acordo com os fatores mencionados, em geral, projetos bem estruturados resultam em MVPs prontos entre 2 a 3 meses. Planejar adequadamente e contar com uma equipe experiente são as chaves para uma entrega eficiente e dentro do cronograma.
Quanto custa para desenvolver um app?
Os custos da criação de um app variam conforme o tamanho e a complexidade do projeto. Para projetos de pequeno porte, o investimento costuma ficar entre R$ 35 mil e R$ 95 mil, sendo apps simples, com poucas funcionalidades e sem integrações complexas.
Projetos de médio porte requerem entre R$ 100 mil e R$ 250 mil, com mais funcionalidades e uma experiência de usuário aprimorada, além de integração com outros sistemas.
Já os projetos de grande porte podem partir de R$ 250 mil e superar milhões, devido à alta complexidade, quantidade de funções e necessidade de uma arquitetura sofisticada, como é o caso de apps para bancos digitais, ou outros como ifood, Uber e Netflix. Possuem grande quantidade de funcionalidades e fluxos alternativos, interfaces ricas em componentes para otimizar a experiência do usuário, incluindo animações, integração com diversos recursos, além de arquitetura para suportar milhões de usuários.
Como criar um aplicativo?
No Desenvolvimento de Aplicativos, existem diferentes abordagens que podem ser escolhidas com base nas necessidades da empresa, orçamento e prazo. Cada opção oferece vantagens e desafios distintos, seja ao usar um app pronto, criar com uma equipe interna ou contratar uma empresa especializada. Abaixo estão as três principais alternativas:
1. Usar um app pronto (SaaS)
Software como Serviço, ou SaaS, é um modelo de distribuição de software em que o acesso é fornecido pela internet através de uma assinatura. Na prática, isso significa que, ao invés de instalar e manter o aplicativo em seus próprios servidores, a empresa o acessa via navegador.
No entanto, a falta de personalização pode ser um problema, e adaptações podem ser caras. O software não é de sua propriedade e pode ser usado por concorrentes, o que limita a competitividade. Além disso, problemas crônicos dependem do fornecedor para serem resolvidos, e os custos de assinatura podem tornar o retorno sobre o investimento (ROI) inviável a longo prazo.
2. Desenvolver com um time interno
Com um time interno de desenvolvimento, sua empresa contrata os profissionais necessários para criar e manter o aplicativo. Isso permite alinhamento direto com os objetivos da empresa e comunicação rápida. A equipe também pode continuar mantendo o app após o lançamento.
Contudo, essa opção exige alto investimento em salários e estrutura, além de ser mais difícil de expandir rapidamente conforme a demanda aumenta.
3. Desenvolver com uma Software House
Uma Software House é uma empresa especializada que cuida de todas as etapas do desenvolvimento do app. Elas oferecem expertise e eficiência, com profissionais qualificados para entregar o projeto com qualidade e rapidez.
A principal vantagem é a flexibilidade e o controle dos custos, mas o custo inicial pode ser mais alto e a comunicação, embora eficaz, pode não ser tão direta quanto com uma equipe interna.
Como escolher uma empresa de Desenvolvimento de Apps?
Essa é uma decisão importante que impacta diretamente o sucesso do seu projeto. Para fazer a melhor escolha, considere os seguintes fatores:
- Portfólio e Experiência: verifique projetos anteriores e a experiência da empresa em apps semelhantes ao que você precisa;
- Especialização técnica: certifique-se de que dominam as tecnologias e plataformas necessárias (Android, iOS, React Native, etc.);
- Reputação: consulte avaliações de clientes e referências para garantir confiabilidade;
- Comunicação: escolha uma empresa que ofereça comunicação clara e regular durante o projeto;
- Suporte e Manutenção: verifique se oferecem suporte contínuo após o lançamento do app.
Outros conceitos do Desenvolvimento de Aplicativos
O que são requisitos funcionais e não-funcionais?
Requisitos funcionais definem as ações que o aplicativo deve realizar para atender às necessidades dos usuários, como inserir dados, buscar produtos ou consultar pedidos. Eles especificam o que o app faz e garantem que ele cumpra seu objetivo.
Já os Requisitos não funcionais descrevem como essas funcionalidades serão implementadas, abordando desempenho, segurança e compatibilidade. Exemplos incluem suporte a sistemas operacionais, consumo de memória e requisitos de rede. Eles asseguram que o app funcione de forma eficiente e confiável.
O que é prototipação e por que é importante?
É o processo de criar uma versão inicial ou simplificada do app para testar suas funcionalidades, design e usabilidade antes do desenvolvimento completo. Esse protótipo permite que a equipe visualize como o aplicativo funcionará, identifique problemas e faça ajustes antecipadamente.
É uma etapa crucial, pois ajuda a garantir que o app atenda às necessidades dos usuários, permite o feedback antes de grandes investimentos de tempo e recursos, e facilita a comunicação entre designers, desenvolvedores e stakeholders. Assim, a prototipagem reduz o risco de erros no produto final e melhora a eficiência no processo de desenvolvimento.
UX e UI Design: qual a diferença?
UX (User Experience) Design foca em criar uma experiência eficiente e satisfatória para o usuário ao utilizar um aplicativo. Seu objetivo é garantir que a navegação seja intuitiva, resolvendo problemas e atendendo às necessidades do público de forma simples e direta.
UI (User Interface) Design lida com o aspecto visual e interativo do app, como cores, fontes, ícones e layout. Ele garante que a interface seja atraente e fácil de usar, facilitando a interação do usuário com o aplicativo.
A diferença é que o UX se concentra na funcionalidade e na experiência geral, enquanto o UI cuida da aparência e da interação gráfica. Ambos são essenciais para criar um aplicativo que seja prático e agradável de usar, combinando eficiência e estética para o sucesso do produto.
O que é um MVP (Produto Mínimo Viável) e por que é relevante?
Um MVP (Mínimo Produto Viável) é a versão mais simples e funcional de um produto que pode ser lançada com o mínimo de esforço e desenvolvimento. Ele permite que o produto seja apresentado ao mercado rapidamente, possibilitando que os usuários testem a ideia e forneçam feedback valioso para orientar melhorias.
A importância do MVP está na sua capacidade de validar rapidamente uma ideia com um investimento menor. Ao lançar uma versão inicial, a equipe de desenvolvimento pode entender o que funciona, o que falta, e fazer ajustes com base nas necessidades reais dos usuários, evitando desperdício de tempo e dinheiro com funcionalidades desnecessárias.
O que é uma API e por que é importante em aplicativos móveis?
Uma API (Application Programming Interface) é um conjunto de regras e definições que permite a comunicação entre diferentes sistemas, aplicativos ou serviços. No Desenvolvimento de Aplicativos móveis, as APIs permitem que o app acesse e utilize recursos de terceiros, como serviços de mapas, pagamentos ou redes sociais, sem a necessidade de recriar essas funcionalidades do zero.
Importância em aplicativos móveis: As APIs são essenciais em aplicativos móveis porque simplificam o desenvolvimento e permitem que os apps se integrem com outras plataformas e serviços. Isso aumenta a eficiência do desenvolvimento, permitindo que as equipes foquem no core do app, enquanto utilizam APIs para adicionar funcionalidades complexas, como autenticação, geolocalização, ou notificações.
Exemplos de uso de APIs em aplicativos móveis:
- Google Maps API: Usada para adicionar mapas interativos e funcionalidades de geolocalização em apps de transporte ou entrega.
- API de pagamento (como Stripe ou PayPal): Permite que os usuários façam pagamentos de forma segura dentro do aplicativo.
- API de redes sociais: Usada para permitir login através de contas de redes sociais ou para compartilhar conteúdo diretamente em plataformas como Facebook ou Twitter.
Sobre a UDS
A UDS Tecnologia é especialista em Desenvolvimento Ágil de Plataformas Web, Criação de Apps Nativos e Híbridos, Consultoria em Cloud & DevOps, Recrutamento de TI, Outsourcing de Especialistas e Squads e Inteligência Artificial.
Está entre as top 3 melhores desenvolvedoras de apps na América Latina e atende clientes em mais de 30 países com uma abordagem high-end em Design e Engenharia de Software.
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