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Low-Code: entenda os princípios e limitações da abordagem de Programação Visual

O mercado de desenvolvimento de software low-code está crescendo, permitindo a criação de aplicativos sem necessidade de conhecimento aprofundado em programação. Plataformas low-code utilizam ferramentas visuais e interfaces intuitivas, facilitando o desenvolvimento para usuários com diferentes níveis de experiência. Entenda mais nesse artigo.

Com movimentação de US$ 13,8 bilhões em 2021, o mercado de desenvolvimento de software low-code vem crescendo ainda mais nos últimos anos e chama a atenção de empresas e desenvolvedores. 

Conhecido também como programação sem código ou ‘programação visual’, a abordagem permite a criação de produtos digitais sem que haja, necessariamente, um conhecimento aprofundado em programação. Essa abordagem busca simplificar o processo de criação de aplicativos, plataformas e sistemas, adotando uma linguagem intuitiva e dispensando o uso de códigos complexos. 

Mas quais os limites e impactos dessa abordagem de desenvolvimento? Descubra no nosso artigo.

Plataformas Low-Code e como elas funcionam

Ao empregar ferramentas visuais de desenvolvimento e ferramentas intuitivas de arrastar e soltar, as plataformas de desenvolvimento Low-Code simplificam a criação de aplicativos, sistemas e plataformas, reduzindo a necessidade de profissionais com habilidades avançadas em programação.

Isso significa que, além de automatizar áreas desafiadoras e reduzir a carga de atividades repetitivas, a proposta é simplificar o processo de desenvolvimento para diversos usuários, sejam eles desenvolvedores experientes ou em início de carreira.

Importante salientar aqui que o Low-code difere do No-Code principalmente em relação ao nível de conhecimento de codificação exigido do profissional. Plataformas Low-Code necessitam de habilidades básicas de programação para desenvolver aplicativos complexos, enquanto plataformas No-Code não requerem conhecimento na área. Muitas organizações optam por plataformas que oferecem ambas as opções, considerando a diversidade de habilidades técnicas em suas equipes.

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Confira os princípios do desenvolvimento com Low-Code:

  1. Agilidade: integração dos processos Agile e low-code para priorizar a interação humana, o trabalho rápido e a resposta ágil a mudanças;
  1. Nuvem: utilização eficiente da cloud no desenvolvimento low-code, aproveitando facilidade, velocidade e escalabilidade para implementação rápida de aplicativos;
  1. Colaboração: facilitação da comunicação entre equipes por meio de uma linguagem visual compartilhada, promovendo sincronização e colaboração efetiva;
  1. Experimentação: ambiente que permite experimentação, exploração e inovação contínua, impulsionando a criatividade e mantendo a liderança;
  1. Desenvolvimento orientado por modelos: utilização do desenvolvimento orientado por modelos para criar uma linguagem compartilhada entre especialistas e desenvolvedores, alinhando processos e acelerando a execução;
  1. Desenvolvimento por múltiplos usuários: capacidade de colaboração em tempo real de diversos usuários, incluindo analistas, desenvolvedores, especialistas em domínio, designers, e outros, para criar soluções integradas.

Quais os limites do Low Code?

Como uma ferramenta valiosa que auxilia desenvolvedores a serem mais eficientes e produtivos, o Low-Code oferece benefícios ao automatizar tarefas repetitivas, acelerar o desenvolvimento de aplicações e facilitar a colaboração entre desenvolvedores e usuários de negócios.

Contudo, apesar dos benefícios, os desenvolvedores podem enfrentar desafios, visto que a aplicação dessas ferramentas sempre dependerá da complexidade do projeto, sendo muito mais usuais como aliadas do que como estratégicas exclusivas. Confira algumas das limitações do Low-Code:

→ Personalização limitada

Plataformas Low-Code oferecem modelos pré-construídos, mas a personalização pode ser restrita, limitando soluções altamente personalizadas. Injetar código personalizado pode ser complexo, exigindo conhecimentos avançados e afetando a legibilidade e manutenibilidade do código.

→ Escalabilidade

Gargalos podem ocorrer com o aumento de usuários ou dados, afetando o desempenho. Aplicações complexas podem demandar expertise para garantir escalabilidade e desempenho adequados.

→ Dependência da plataforma

Adotar uma plataforma específica pode dificultar a migração futura. O código gerado pode ser difícil de portar para outras plataformas.

→ Segurança

Recursos básicos de segurança podem ser insuficientes para dados sensíveis ou conformidade com regulamentações. A gestão de dados pode ser complexa, especialmente em ambientes com múltiplos usuários e sistemas.

→ Complexidade da integração

Integrar com sistemas existentes pode ser complexo, exigindo especialização técnica. Implementar integrações pode ser uma tarefa complexa e exigir conhecimentos específicos, o que limita a atuação da solução criada.

Para aproveitar ao máximo o Low-Code, os desenvolvedores devem aprender sobre diferentes plataformas, especializar-se nessa abordagem e utilizá-la de maneira complementar às suas habilidades tradicionais de desenvolvimento.

Por fim, alguns exemplos de plataformas Low-Code:

Agora que você já conferiu as funções e limitações da abordagem, vamos listar 6 ferramentas que podem oferecer um bom panorama da experiência de uso, além de uma oportunidade de aprender mais sobre a técnica. 

1. Zeev: permite a criação de aplicativos a partir de fluxogramas, facilitando a visualização esquematizada para a resolução de problemas;

2. Zoho: conecta e automatiza processos internos, proporcionando uma solução abrangente para empresas;

3. Mendix: oferece modelagem visual, reutilização de componentes, ferramentas de colaboração e ambientes escaláveis;

4. Appian: proporciona uma orquestração completa de pessoas, sistemas, dados, bots e inteligência artificial em um único fluxo de trabalho;

5. Outsystems: simplifica o desenvolvimento e implementação de aplicações, utilizando Low-Code com inteligência artificial;

6. Caspio: oferece recursos como virtualização, gerenciamento de fluxo de trabalho e integração com serviços como Box, Dropbox e Google Drive.

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Como a UDS Tecnologia combina desenvolvimento sob medida e low code para acelerar resultados nas empresas

Na UDS Tecnologia, sabemos que low code pode ser útil quando aplicado no contexto certo. Por isso, em vez de tratar essa abordagem como solução única, combinamos low code e desenvolvimento sob medida conforme a realidade de cada cliente.

  • Para sistemas críticos, como portais de clientes ou plataformas financeiras, o desenvolvimento sob medida garante controle total e segurança;
  • Para fluxos internos simples, como aprovações ou dashboards, o low code agiliza entregas e reduz a dependência da TI.

Com esse modelo híbrido, criamos backends robustos para processos estratégicos, enquanto usamos low code em demandas operacionais. Assim, garantimos agilidade sem abrir mão de qualidade e integração.

Além disso, nossa consultoria estratégica orienta CIOs e gestores sobre onde o low code é vantajoso e onde não é. Dessa forma, a empresa evita sistemas desconectados, riscos de segurança e retrabalho.

Tainá Aquino

Especialista em Conteúdos de Tecnologia e Analista de SEO da UDS. Formada em Jornalismo com MBA em Marketing e Branding.

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