Quando a Nokia lançou o Snake (o famoso “jogo da cobrinha”), considerado um dos primeiros aplicativos para celular (vinha no Nokia 6110, lançado em 1998), poucos imaginavam o quanto os celulares fariam parte de nossas vidas.
A App Store e a Play Store, juntas, contabilizaram mais de 37 bilhões de downloads de aplicativos somente entre os meses de abril e junho de 2020 (segundo pesquisa realizada pela Sensor Tower). É como se cada habitante da Terra tivesse baixado 4,74 aplicativos nesse período.
É evidente que um mercado tão vasto e lucrativo iria atrair a atenção de muitas empresas: hoje, quase todo grande negócio já tem ou quer ter o seu próprio aplicativo, mas você sabe o que sua empresa precisa para criar um aplicativo?
Continue a leitura para entender como criar um aplicativo e por onde começar.
O que sua empresa precisa para criar um aplicativo?
Defina os objetivos do seu aplicativo
Os aplicativos servem para facilitar a nossa vida. É necessário questionar: por que criar esse novo aplicativo? Qual problema ele pretende solucionar? Qual é a solução digital que o app irá propor e qual o diferencial que ele terá?
A resposta dessas perguntas norteará todo o processo de criação do seu app.
Analise o mercado antes de criar um aplicativo
O universo dos aplicativos é muito vasto: existem bilhões de aplicativos no mundo. Quanto mais e melhor a sua empresa entender este promissor mercado, maiores serão as chances de sucesso.
Logo, a análise do mercado deve ser feita de forma igualmente ampla: verifique se existe outro produto similar no mercado, qual o comportamento da concorrência, pontos positivos e negativos, além de entender o nicho.
O ponto mais importante dessa análise é pensar nos futuros usuários: quem são eles? Qual é o seu padrão de uso de celular? Quais as suas necessidades?
Um olhar atento ao mercado e, principalmente, nos usuários certamente evitará equívocos e será o que sua empresa precisa para criar um aplicativo de sucesso.
Determine o sistema operacional do aplicativo
A seleção do sistema operacional de seu aplicativo é determinante, não apenas para definir como será o desenvolvimento (linguagem de programação utilizada, custos, entre outros fatores), mas também para determinar o público-alvo.
Existem os aplicativos nativos (com código-fonte desenvolvido para uma plataforma específica: Android ou iOS) e os aplicativos híbridos, que atendem tanto ao sistema Android quanto ao iOS com apenas um código-fonte desenvolvido.
Aplicativos nativos
O sistema Android possui um número maior de usuários (a própria Google declarou em 2019 que 2,5 bilhões de pessoas utilizavam Android no mundo, contra 900 milhões de usuários iOS no mesmo período).
Todavia, o iOS tem uma base fiel e mais lucratividade: 21,4 bilhões de dólares em 2020 contra 10,4 bilhões do Android no mesmo período, segundo pesquisa do site Business of Apps.
Aplicativos híbridos
Uma alternativa são os apps híbridos que rodam nos dois sistemas: em geral, eles têm o desenvolvimento menos custoso, no entanto, podem encontrar limitações em termos de funcionalidade e design.
Então, a escolha da melhor abordagem para desenvolvimento do seu aplicativo (nativo ou híbrido) e também da linguagem de programação a ser usada depende das funcionalidades do projeto.
Não há uma abordagem ou linguagem de programação melhor que a outra, mas sim as mais adequadas para a realidade de cada projeto. Para fazer a escolha certa, conte com o apoio de especialistas em desenvolvimento de aplicativos.
Planeje o investimento
Para colocar em prática uma ideia de aplicativo, há custos com a contratação de uma equipe de desenvolvimento, identidade visual, aquisição de usuários e outros investimentos de acordo com o nicho de atuação.
Portanto, planeje cuidadosamente os seus gastos para evitar surpresas.
Além disso, também é importante notar que a publicação dos apps nas respectivas lojas não é gratuita: sendo uma taxa única de 25 dólares para a Play Store (Android) e 99 dólares anuais para a App Store (Apple).
Monetização
Os aplicativos exigem investimento e, como qualquer outro investimento, o objetivo é que a empresa obtenha um retorno. E para que um aplicativo ofereça esse retorno há diversas formas de monetização:
Anúncios, freemium (mistura de recursos gratuitos e pagos), assinatura, download pago, presença de publicidade, paywalls: todos esses são recursos possíveis para monetizar os apps e gerar receita, além de, é claro, aplicativos fornecidos pela empresa para melhorar a experiência do seu cliente, fidelizá-lo e/ou fazê-lo comprar mais.
Dê atenção ao design
A experiência do cliente é decisiva: é interessante que o aplicativo não seja só estéticamente bonito, mas também amigável e funcional para o usuário.
A parceria com os times de UX (trabalhando na experiência do usuário) e UI (trabalhando na criação de interfaces funcionais) é essencial nesse quesito, portanto, selecione fornecedores que possuem bons profissionais de UX e UI.
Desenvolva seu aplicativo
Esse é o momento da criação de um app em que as ideias se concretizam, onde a parte técnica ganha destaque e dá forma às ideias já alinhadas anteriormente.
Atualmente, há vários tipos de ferramentas para desenvolver um app: a programação nativa, frameworks para programação, outros apps e softwares focados em facilitar o desenvolvimento com abordagens “low-code” e “arraste e solte” (drag-and-drop) para criar as interfaces.
Nessa fase serão desenvolvidas e testadas as funcionalidades de seu aplicativo, como geolocalização, uso da câmera, entre outras.
Selecione a estratégia de desenvolvimento condizente com sua expectativa, prazo e orçamento, contando com o apoio de um fornecedor confiável.
Se a sua empresa não conta com um time de desenvolvedores, existe a possibilidade de terceirizar com uma empresa capacitada.
Lançamento e manutenção
O lançamento do app não é o suficiente para que seja bem-sucedido: é preciso que tenha uma estratégia de divulgação adequada junto ao seu público-alvo.
Algumas ações de marketing possíveis são: anúncios pagos, vídeos explicativos do app, envio de releases para portais de notícias, uso de ASO (otimização de buscar nas lojas de aplicativos), influencers, entre outras iniciativas de marketing digital.
E, por fim, não se esqueça que seu aplicativo deve estar constantemente atualizado para manter o engajamento de seus usuários.
Agora que você já sabe o que sua empresa precisa para criar um aplicativo, continue se aprofundando no tema. Assine agora a nossa newsletter para receber em primeira mão mais conteúdos como esse.